Sacramentos
Por: EduAlessandroS • 6/9/2015 • Trabalho acadêmico • 4.077 Palavras (17 Páginas) • 1.059 Visualizações
INSTITUTO DIOCESANO DE TEOLOGIA DOM VEREMUNDO TÓHT
SACRAMENTOS
ALUNO:
EDUARDO ALESSANDRO DA SILVA
CURSO DE SACRAMENTOS
Prof. PE. SANDRO ELY DE OLIVEIRA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
- OBJETIVOS
- Os sacramentos da iniciação cristã
- O Sacramento do Batismo
- O Sacramento da Confirmação
- O Sacramento da Eucaristia
- Os Sacramentos da Cura
- O Sacramento da Penitência e da Reconciliação
- A Unção dos Enfermos
- Os Sacramentos da Missão
- O Sacramento da Ordem
- O Sacramento do Matrimônio
- Conclusão
- BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
Para entender melhor o sobre sacramentos devemos compara-los com a vida natural, na ordem da graça. Nascemos para vida pelo batismo, e nós fortalecemos com a confirmação, continuemos a vida com o alimento que nós fortalecendo com o alimento que é a Eucaristia. E perdemos a graça pelo pecado e tentamos nos recuperamos com o sacramento da penitência, e com a Unção dos enfermos se preparamos a viagem que acaba no céu. Para igreja e para sociedade, temos os sacramentos da Ordem sacerdotal, que institui os ministros da igreja, e também o do matrimônio que com os filhos perpetua a sociedade humana e faz a igreja crescer quando estes são regenerados pelo batismo.
Mostrar o significado de sacramento e a sua eficácia na nossa vida como bens espirituais para chegarmos a uma vida de santidade.
Pelos sacramentos da iniciação cristã - Batismo, Confirmação e Eucaristia - são colocados os fundamentos de toda a vida cristã. "A participação na natureza divina, que os homens recebem como dom, mediante a graça de Cristo, apresenta certa analogia com a origem, o desenvolvimento e a sustentação da vida natural. Os fieis, de fato, renascidos no batismo, são fortalecidos pelo sacramento da confirmação e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia. Assim, por efeito destes sacramentos da iniciação cristã, estão em condições de saborear cada vez mais os tesouros da vida divina e de progredir até alcançar a perfeição da caridade" (CIC 1212; DCN 1-2).
Quando nascemos para mundo precisamos de um registro para ser um cidadão, para Deus precisamos nascer através do sacramento do batismo, ao sermos batizados, recebemos a vida sobrenatural a graça santificante que preenche o vazio espiritual do pecado original. “o batismo é o primeiro e o principal sacramento para o perdão dos pecados: une- nós a Cristo morto e ressuscitado e nos da o espirito santo” (CIC 985; Catecismo Romano). “o batismo constitui o nascimento para vida nova em Cristo.” (CIC 1277; Catecismo Romano). “O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o protótipo da vida do Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, e somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão. O Batismo é o sacramento de regeneração pela água na palavra" (CIC 1213; Catecismo Romano 2,2,5). Sabemos que o ser humano é privado de alimento, bebida, e oxigênio por certo tempo, morre fisicamente. Mas se está batizado, entra na vida eterna. A morte física é um mal, mas principalmente para outros que continuem vivos. Para aquele que morre, significa simplesmente que chega antes ao céu, supondo que não tenha cometido o suicídio espiritual de morrer em pecado mortal. Não há como fugir a esta necessidade absoluta do batismo. “quem não nascer da agua e do espirito santo, não pode entrar no reino de Deus, disse Jesus a Nicodemos” (Jo 3,5). E ordenou aos seus apóstolos: Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo. Aquele, porem, “que não crer será condenado” (Mc 16, 15-16).
“Pelo sacramento da Confirmação” os fieis são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de forças especiais do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras “(CIC 1285; LG 11)”. A igreja requer que a pessoa esteja devidamente prepara para renovar as promessas de batismo e possa “melhor assumir as responsabilidades apostólicas da vida crista” (CIC 1309). Os adultos que não tenham sido confirmados podem sê-lo com facilidade falando com pároco. Tanto que nos casos de jovens como de adultos, é necessário um padrinho, ou madrinha, indiferentemente, contanto que não seja pai ou mãe do confirmando, que tenha feito dezesseis anos, seja católico praticante e confirmado, e esteja disposto a fazer tudo que esteja ao seu alcance para que o afilhado chega a vida católica plena. O catecismo da igreja católica recomenda que seja o mesmo padrinho do batismo, “para marcar bem a unidade dos dois sacramentos” (CIC 1311) A confirmação produz também na nossa alma um aumento dessa fonte de vida básica que e graça santificante. Deus não pode aumentar o que está presente; por isso, quem vai receber o sacramento a confirmação deve fazê-lo em estado de graça.
A Santa Eucaristia conclui a iniciação cristã. Os que foram elevados à dignidade do sacerdócio régio pelo Batismo e configurados mais profundamente a Cristo pela Confirmação, estes, por meio da Eucaristia, participam com toda a comunidade do próprio sacrifício do Senhor (CIC 1322). "A Eucaristia é fonte e ápice da vida cristã" (SC 47; CIC). Todos os demais sacramentos se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa (CIC 1324). Na Última Ceia: Mc 14,22-25; Mt 26,26-29; Lc 22,15-20; 1 Cor. 11,23-25. A exegese costuma distinguir duas tradições: a tradição de Pedro (Mc e Mt) e tradição de Paulo (Lc e 1 Cor). A Eucaristia é o “mistério da fé” e a síntese dos mistérios da nossa fé. A finalidade da Eucaristia é fazer a Igreja, construir a Igreja, realizar a comunhão com a Trindade e a humanidade. É o Sacramento da presença de Cristo e é o que distingue dos outros sacramentos; com isso, ela não é uma mera e devota recordação, mas a presença efetiva e eficaz do Senhor morto e ressuscitado, que quer atingir todos os homens. Este sacramento tem um tríplice significado: o primeiro, diz respeito ao passado, enquanto comemora a paixão do Senhor, que foi um verdadeiro sacrifício (corpo imolado, sangue derramado); o segundo, diz respeito ao efeito presente, ou seja, à unidade da Igreja, no qual os homens são e estão reunidos por meio desse Sacramento; o terceiro, diz respeito ao futuro, pois esse sacramento é prefigurativo da bem-aventurança divina, que se realizará na vida eterna; e por isso se reza após as palavras da consagração: “Anunciamos Senhor a vossa morte e proclamamos a vossa Ressurreição. Vinde Senhor Jesus! A Eucaristia é, antes de tudo, um sacrifício: Sacrifício da Redenção e, ao mesmo tempo, Sacrifício da Nova Aliança. O celebrante enquanto ministro daquele Sacrifício, é o verdadeiro Sacerdote, que opera um ato sacrifical, que reconduz os homens a Deus. Todos aqueles, porém, que participam da Eucaristia, embora não sacrifiquem com o celebrante, oferecem com ele, em virtude do sacerdócio comum, os seus sacrifícios espirituais representados no pão e no vinho, desde o momento em que eles são apresentados no altar. O pão e o vinho, apresentados no altar são consagrados para que se tornem verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo entregue e o Sangue derramado do próprio Cristo. Assim, em virtude da consagração as espécies do pão e do vinho apresentam, na verdade, de modo sacramental e incruento, o próprio sacrifício cruento e propiciatório que Cristo ofereceu na Cruz ao Pai pela salvação do mundo. Só Ele, portanto, entregando-se como Vítima propiciatória, num ato de suprema doação e imolação, reconciliou a humanidade com o Pai. Pela celebração da Eucaristia nós nos unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos (1Cor 15,28). Em sua palavra, a Eucaristia é o resumo e a suma de nossa fé: "Nossa maneira de pensar concorda com a Eucaristia, e a Eucaristia, por sua vez, confirma a nossa maneira de pensar" (Santo Irineu, 4,18,5; CIC 1326-1327). Para participar da Eucaristia devemos: Estar consciente do que estamos para fazer, Estar em jejum ao menos uma hora antes, Estar sem pecados graves. A Eucaristia deve ser considerada como ação de graças e de louvor ao Pai, como memorial sacrifical de Cristo e do seu corpo e como presença de Cristo pelo poder de sua palavra e do seu Espírito (CIC 1358). Jesus disse: "Eu sou o pão vivo, descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna... permanece em mim e eu nele" (Jo 6, 51.54.56; CIC 1406). A Igreja recomenda vivamente que os fieis recebam a Santa Comunhão toda a vez que participam da celebração da Eucaristia; impõe-lhes a obrigação de comungar pelo menos uma vez por ano (CIC 1417). Visto que Cristo mesmo está presente no Santíssimo Sacramento do altar, é preciso honrá-lo com o culto de adoração. A visita ao Santíssimo Sacramento é uma prova de gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração para com Cristo, nosso Senhor (CIC 1418). As crianças se preparam para a Eucaristia durante três anos. Os adultos também devem fazer esta preparação, mas de maneira mais empenhativa, procurando adotar atitudes e comportamentos que coadunem coma Eucaristia que estão se preparando para receber.
Pelos sacramentos da iniciação cristã o homem recebe a vida nova de Cristo. Ora, esta vida nós a trazemos "em vaso de argila” (2 Cor 4,7 ). Agora, ela ainda se encontra "escondida em Cristo em Deus" (Cl 3,3). Estamos ainda em nossa morada “terrestre” (2 Cor 5,1), sujeitos ao sofrimento, à doença e à morte. Esta nova vida de filho de Deus pode se tornar debilitada e até perdida pelo pecado (CIC 1420). O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, ele que remiu os pecados do paralítico e restitui-lhe a saúde do corpo (Mc 2,1-12), quis que sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramento da Penitência e o sacramento da Unção dos Enfermos (CIC 1421).
Através do sacramento da Reconciliação o homem recompõe, restabelece, através da penitência, da confissão dos pecados e da absolvição da Igreja, pelo ministério dos sacerdotes ordenados, a comunhão rompida pelo pecado. Esta comunhão tem uma dimensão Teologal nas relações com Deus, uma dimensão Eclesial, já que todo pecado fere também à Igreja e uma dimensão Pessoal e social, dado que a transgressão do pecado rompe a harmonia da pessoa consigo mesma e com os outros. O remédio deste sacramento é a misericórdia de Deus, que perdoa e reconcilia pelo ministério da Igreja, desde que o homem se aproxime deste sacramento com verdade e sinceridade. O Senhor instituiu o sacramento da penitência quando, ressuscitado dentre os mortos, soprou sobre os Seus discípulos dizendo: “Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados lhes serão perdoados e àqueles a quem os retiverdes lhes serão retidos” (Jo 20, 22-23). O texto de Mt 16, 18-19 apresenta o poder de ligar e desligar. Ou seja, ligar a pessoa ao processo de conversão para depois desligá-la já restituída. Este sacramento chama-se também Sacramento da Conversão, pois realiza sacramentalmente o convite de Jesus à conversão (Mc 1,15), o caminho de volta ao Pai (Lc 15,18), do qual a pessoa se afastou pelo pecado (CIC 1423). Chama-se sacramento da Penitência porque consagra um esforço pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação do cristão pecador (CIC 1423). É chamado sacramento da confissão porque a declaração, a confissão dos pecados diante de um sacerdote é o elemento essencial desse sacramento. Num sentido profundo esse sacramento também é uma confissão, um reconhecimento e louvor da santidade de Deus e de sua misericórdia para com o homem pecado. Também é chamado sacramento do perdão porque pela absolvição sacramental do sacerdote, Deus concede o perdão e a paz. É chamado, ainda, sacramento da Reconciliação porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia: "Reconciliai-vos com Deus” (2 Cor 5,20). Quem vive o amor misericordioso de Deus está pronto a responder ao apelo do Senhor: “Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão" (Mt 5,24; CIC 1424). O pecado é antes de tudo uma ofensa a Deus, uma ruptura da comunhão com ele. Ao mesmo tempo é um atentado à comunhão com a Igreja. Por isso, a conversão traz simultaneamente o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, o que é expresso e realizado liturgicamente pelo sacramento da Penitência e da Reconciliação (CIC 1440). Só Deus perdoa os pecados (Mc 2,7). Por ser o Filho de Deus, Jesus diz de si mesmo: "O Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra" (Mc 2,10) e exerce esse poder divino: "Teus pecados estão perdoados!" (Mc 2,5; Lc 7,48). Mais ainda: em virtude de sua autoridade divina, transmite esse poder aos homens (Jo 20, 21-23) para que o exerçam em seu nome (CIC 1441). A vontade de Cristo é que toda a sua Igreja seja, na oração, na sua vida e sua ação, o sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que “ele nos conquistou ao preço de seu sangue". Mas confiou o exercício do poder de absolvição ao ministério apostólico, encarregado do “ministério da reconciliação" (2 Cor 5,18). O apóstolo é enviado " em nome de Cristo", e " é o próprio Deus" que, através dele, exorta e suplica: " Reconcilia-vos com Deus" ( 2 Cor 5,20; CIC 1442). Os atos do penitente são: o exame de consciência e a contrição (a dor interna, na alma do pecado cometido seguido da resolução de, no futuro não mais pecar), a confissão dos pecados (acusação verdadeira dos pecados) e a satisfação (reparar o mal cometido). Esta satisfação chama-se também penitência porque se refere ao ato de reparar o mal através da penitência ou sacrifício (esforço espiritual de mudança de comportamento) (CIC 1450-1460). .
"Pela sagrada Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus" (LG 11; CIC 1499). A enfermidade e o sofrimento sempre estiveram entre as preocupações mais graves da vida humana. Na doença, o homem experimenta sua impotência, seus limites e sua finitude. Toda doença pode fazer-nos entrever a morte (CIC 1500). A enfermidade pode levar a pessoa à angústia, fechar-se sobre si mesma, e às vezes até ao desespero e à revolta contra Deus. Mas também pode tornar a pessoa mais madura, ajudá-la a discernir em sua vida o que não é essencial, para voltar-se àquilo que é essencial. Não raro, a doença provoca uma busca de Deus, um retorno a ele (CIC 1501). A compaixão de Cristo para com os doentes e suas numerosas curas de enfermos de todo o tipo (Mt 4,24) são um sinal evidente de que " Deus visitou o seu povo" ( Lc 7,16) e que o Reino de Deus está bem próximo. Jesus não só tem poder de curar, mas também de perdoar os pecados (Mc 2,5-12): ele veio curar o homem inteiro, alm e corpo; é o médico de que necessitam os doentes (Mc 2,17). Sua compaixão para com todos aqueles que sofrem é tão grande que ele se identifica com eles: "Estive doente e me visitastes" (Mt 25,36). Seu amor e predileção pelos enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção toda especial dos cristãos para com todos os que sofrem no corpo e na alma (CIC 1503). A Igreja crê e confessa que existe, entre os sete sacramentos, um sacramento especialmente destinado a reconfortar aqueles que são provados pela enfermidade: a Unção dos Enfermos (CIC 1511). A Unção dos Enfermos não é um sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte. Portanto, tempo oportuno para receber a Unção dos Enfermos é certamente o momento em que o fiel começa a correr perigo de morte por motivo de doença, debilitação física ou velhice (CIC 1514).
O Batismo, a Confirmação e a Eucaristia são sacramentos da iniciação cristã. Funda a vocação comum de todos os discípulos de Cristo, vocação à santidade e à missão de evangelizar o mundo. Conferem as graças necessárias à vida segundo o Evangelho nesta vida de peregrinos a caminho da Pátria (CIC 1533). Dois outros sacramentos, a Ordem e o Matrimônio, estão ordenados à salvação de outrem. Contribuem-se também para a salvação pessoal, é através do serviço aos outros. Conferem uma missão particular na Igreja e servem para a edificação do Povo de Deus (CIC 1534). Os que recebem o sacramento da Ordem são consagrados para ser, em nome de Cristo, “pela palavra e pela graça de Deus, os pastores da Igreja" (LG 11). “Por sua “vez,” os esposos cristãos, para cumprir dignamente os deveres de seu estado, são fortalecidos e como que consagrados por um sacramento especial” (GS 48,2).
A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é, portanto o sacramento do ministério apostólico. Comporta três graus: o Episcopado, o presbiterado e o diaconato (CIC 1536). O povo eleito foi constituído por Deus como “um reino de sacerdotes e uma nação santa" (Ex 19,6). Mas dentro do povo de Israel, Deus escolheu uma das dez tribos, a de Levi, colocando-a a parte para o serviço litúrgico (Nm 1,48-53). Um rito próprio consagrou as origens do sacerdócio das antigas alianças (Ex 29,1-30; Lv 8 ). Os sacerdotes são aí constituídos para intervir em favor dos homens em suas relações com Deus, a fim de oferecer dons e sacrifício pelos pecados (Hb 5,1; CIC 1539). Instituído para anunciar a palavra de Deus e para restabelecer a comunhão com Deus pelos sacrifícios e pela oração, este sacerdócio continua, não obstante, impotente para operar a salvação. Precisa, por isso, repetir sem cessar os sacrifícios, e não é capaz de levar à santificação definitiva (Hb 5,3; 7,27; 10,1-4), que só o sacrifício de Cristo poderia operar (CIC 1540). No serviço eclesial do ministério ordenado, é o próprio Cristo que está presente à sua Igreja enquanto Cabeça de seu Corpo, Pastor de seu rebanho, Sumo Sacerdote do sacrifício redentor, Mestre da Verdade. A Igreja expressa isto dizendo que o sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age “in persona Christi Capitis" - "na pessoa de Cristo" - ( LG 10; 28; SC 33; CD 11; PO 2; 6; CIC 1548). Pelo ministério ordenado, especialmente dos Bispos e dos presbíteros, a presença de Cristo como chefa da Igreja se torna visível no meio da comunidade dos fieis ( LG 21 ; CIC 1549). A tarefa do sacerdócio ministerial não é apenas representar Cristo - Cabeça da Igreja - diante da assembléia dos fieis; ele age também em nome de toda a Igreja quando apresenta a Deus a oração da Igreja (SC 33) e, sobretudo quando oferece o sacrifício eucarístico (LG 10; CIC 1552). O candidato ao sacerdócio, depois do curso colegial, tem necessidade de cursar a Filosofia e depois a Teologia, com preparação imediata para o sacerdócio. Cabe ao Bispo conferir o sacramento da Ordem nos três graus (CIC 1600).
“A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevado, entre os batizados, à dignidade de sacramento, por Cristo Senhor" (CJC 1055S1; CIC 1601). A sagrada Escritura abre-se com a criação do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26-27) e se fecha com as “núpcias do Cordeiro" (Ap 19, 7.9 ). De um extremo a outro, a Escritura fala do casamento e de seu "mistério", de sua instituição e do sentido que lhe foi dado por Deus, da sua origem e do seu fim, das suas diversas realizações ao longo da história da salvação, de suas dificuldades provenientes do pecado e de sua renovação” no Senhor" (1 Cor 7, 39 ), na nova aliança de Cristo e da Igreja ( Ef 5, 31-32; CIC 1602 ). A vocação para o matrimônio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, conforme saíram da mão do Criador. O casamento não é uma instituição simplesmente humana, apesar das inúmeras variações que sofreu no curso dos séculos, nas diferentes culturas, estruturas sociais e atitudes espirituais. Ainda que a dignidade desta instituição não transpareça em toda a parte com a mesma clareza (GS 47,§2), existe, contudo em todas as culturas, certo sentido da grandeza da união matrimonial. “A salvação da pessoa e da sociedade humana está estritamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar" (GS 47, S1; CIC 1603). Deus, que criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação fundamental e inata de todo o ser humano (CIC 1604). O consentimento consiste num "ato humano pelo qual os cônjuges se doam e se recebem mutuamente” (CJC 1057§1). “Eu te recebo por minha mulher" - "Eu te recebo por meu marido" (GS 48). Este consentimento que liga os esposos entre si faz com que os dois “se tornem uma só carne” (Gn 2,24; Mc 10,8; Ef 5,31; CIC 1627). Nenhum poder humano pode suprir esse consentimento (CIC 1628). O Matrimônio estabelece os cônjuges num estado público de vida na Igreja por isso convém que sua celebração seja pública no quadro de uma celebração litúrgica diante do sacerdote ou de testemunha qualificada da Igreja, das testemunhas e da assembléia dos fieis (CIC 1663). O novo casamento de divorciados, ainda em vida do legítimo cônjuge, contraria o desígnio de Deus, que Cristo nos ensinou. Eles não estão separados na Igreja, mas não têm acesso à comunhão eucarística. Levarão vida cristã principalmente educando seus filhos na fé (CIC 1665). O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso o lar é chamado, com toda a razão, de “Igreja doméstica", comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e da caridade cristã (CIC 1666). Os namorados, assim que começarem o namorar, de maneira estável, já podem começar a pensar em se prepararem para o casamento através dos encontros de namorados, de noivos, etc. na própria comunidade religiosa que participam. È só se dirigir na secretaria paroquial e obter as informações desejadas. O processo matrimonial deve estar pronto (acabado) pelo menos 60 dias antes do casamento. Evite correrias de última hora. Não é bom para ninguém, muito menos pra quem quer um casamento abençoado por Deus e pela Igreja.
Cada um dos sete sacramentos exige pela sua própria natureza um compromisso sagrado da Igreja. Exige conversão e novas atitudes de quem os recebem. Exige um comprometimento com a causa da liberdade, da promoção integral da pessoa e da sua salvação. Não se recebe um sacramento para obtenção de status, por pertença, tradição ou superstição, mas sim para se tornar testemunhas do plano original de Deus, em favor do Reino. Hoje os sacramentos devem engajar as pessoas que os recebem, na comunidade local e mais ainda, na Igreja Universal, pois são eles, sinais e instrumentos proféticos, e toda sua ação é integral e libertadora. Quem recebe um sacramento é ungido/a com Cristo para proclamar a Boa Nova: “libertar o cativo, o pobre, instituir um ano de graça do Senhor” (Cf Is 61). Nessa perspectiva se torna participante da santidade de Deus, configurando-se a Jesus Cristo na dinâmica da libertação integral da pessoa, presente na história. Os sacramentos são dons de Deus e por seu filho Jesus Cristo no Espírito Santo, a Igreja sinal visível na história, se compromete a anunciar e realizar as propostas dos evangelhos para a construção do Reino. | |
Bíblia de Jerusalém - Edições Paulinas edição de 1985. |
Com aprovação eclesiástica –CNBB SG- nº 0051/03.
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