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Sant Na Terra

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Por:   •  1/5/2014  •  742 Palavras (3 Páginas)  •  374 Visualizações

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“Certa vez, um compadre meu disse que não estava conseguindo dormir direito, porque toda noite quando ele fechava os olhos escutava um barulho de alguma coisa muito pesada rolando pela escada, pegando velocidade, passando rápido pelo corredor e derrubando todas as panelas da estante, que ficava enfrente deste, ao bater contudo nela.

Ele disse que quando escutava isso, dava um pulo da cama, pegava a lanterna e ia ver o que estava acontecendo e, toda vez, quando chegava na cozinha, estava tudo no lugar, como ele mesmo tinha deixado antes de ir dormir. E isso se repetia a cada 2 dias, sem falhar.

Até que certa vez, num susto desses, ele me ligou de madrugada e eu fui correndo pra casa dele acudir. E do mesmo jeito que ele tinha falado tudo estava no lugar. Daí, ele me chamou pra posar lá naquela noite e eu tive que aceitar.

Quando ‘deu’ umas onze horas da noite o compadre me gritou e eu, que estava no quarto do lado do dele, dei um pulo da cama e fui ver o que ele queria. Ele me perguntou se eu tinha escutado alguma coisa, eu disse que não, e ele falou que tinha acabado de escutar as panelas caindo na cozinha. “Então vamos lá” eu falei pra ele e com muito custo ele concordou.

De novo as coisas na cozinha estavam como antes... Daí eu dei um grito: “na casa onde tem Deus só quem tem ele pode ‘entrá’, que a Mãe Maria nos proteja, e o resto vai se ‘daná’!”.

“Depois disso, meu compadre não ouviu mais nenhum barulho à noite, e eu fiquei sem entender o que se passou por ali.”

O dinheiro emprestado

Há mais ou menos 100 anos atrás perto de Santa Bárbara tinha um senhor conhecido por Anjo, que tinha uma fazenda perto da cidade e trabalhava com engenho de moer cana. Ele produzia açúcar, rapadura, moça branca, entre outros derivados da cana.

Mas, sempre enquanto trabalhava, vivia a xingar sem motivo, como se tivesse que amaldiçoar tudo para que alguma coisa desse certo. Desgraça era a sua palavra “preferida”.

Um dia, quando seus negócios não iam muito bem, danou a dizer que precisava arrumar um dinheiro emprestado para melhorar a situação na sua fazenda. O senhor Anjo ficou muito nervoso e disse que iria conseguir esse dinheiro de qualquer forma: “nem que seja com o capeta!”

Passou-se um tempo, e Anjo ainda passava por dificuldades em sua fazenda e como já era de seu costume, continuava a praguejar tudo o que via.

Nesse tempo, apareceu um homem montado em uma mula, que se aproximou e parou perto do engenho onde Anjo moía as canas que plantava na fazenda. Então, ele chegou perto do fogo (do engenho) acendeu um cigarro com um cavaco de pau verde, depois falou que queria beber garapa, pegou um copo, se serviu com garapa quente e bebeu sem assoprar. Então o homem foi direto ao assunto:

_ O senhor vive pedindo um dinheiro emprestado comigo e hoje eu vi para emprestar um dinheiro para o Senhor.

_ Não, eu não quero dinheiro emprestado.

_Quer sim, o senhor me chama todos os dias!

Quando o homem que chegou se convenceu que o dono do engenho não queria o dinheiro emprestado dele, disse:

_

...

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