Teologia e História: Conceituando a Importância da Formação do Pensamento Teológico
Por: Anderson Junior • 20/10/2022 • Trabalho acadêmico • 1.447 Palavras (6 Páginas) • 140 Visualizações
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
Pensamento teológico ao longo da história..................................................................4
CONSIDERAÇÕES FINAIS 7
REFERÊNCIAS 8
INTRODUÇÃO
A teologia é vista como uma ciência pública, e apresenta-se em vários níveis da sociedade. Sempre esteve presente em todas as culturas e épocas, desde os primórdios da humanidade e acompanha as mudanças sociais. É necessário entender que a teologia não tem como objeto Deus, mas o falar sobre Deus. É com ela que se busca com a exegese de um texto e na história de uma doutrina a relevância contemporânea do significado da religião para a sociedade.
Não deixando de lado a catolicidade da fé, pois está, segundo o dicionário Michaelis significa: conjunto de ideias e crenças de determinada religião. Hoje existe uma multiplicidade de religiões, por isso a teologia não pode ser entendida apenas como cristã. O fenômeno religioso está presente em todas as sociedades ao longo da história.
Com base nesse entendimento este trabalho abordará o tema da importância da presença do pensamento teológico na formação dos líderes religiosos ao longo da história, para isso iniciaremos desde os tempos dos antigos filósofos gregos que cunharam o termo teologia, passando pelo advento do cristianismo até a pluralidade atual em um diálogo aberto com as demais religiões existentes no mundo.
Pensamento teológico ao longo da história
Para compreendermos a teologia, termo equivalente a junção de duas palavras gregas theos e logos, significando o pensamento racional sobre deus/divindade, da natureza divina e seu relacionamento com o mundo e os homens. Necessitamos retornar aos filósofos gregos, pois a origem do termo é atribuída à Hélade (Grécia Antiga), tendo sido utilizado por Platão quando se refere aos mitos. O mito era o modo de explicar o funcionamento do mundo, e muitas vezes de maneira fantasiosa, este foi substituído pela filosofia que se tornou a maneira mais aceita, vista a necessidade de explicar o mundo, a natureza, o cosmos de maneira racional, visto que os metafóricos mitos já não sustentavam-se.
Durante a Idade Média, pelo desenvolvimento do cristianismo o termo foi associado ao contexto dos primeiros cristãos entre os séculos IV e V, com o significado de conhecimento e saber cristão acerca de Deus, e por meio dela estavam preocupados em dizer no que os seus adeptos devem crer e como organizar a vida. Nesse período os estudiosos da religião cristã estavam mais preocupados em sistematizar criticamente as doutrinas bíblicas. Foi nessa época que a política começou a ser vista como parte da vontade divina, pois todos os acontecimentos eram oriundos da determinação divina, logo os que chegavam a posições de lideranças eram considerados aprovados por Deus e porta-vozes do mesmo. No período da escolástica houve uma grande ruptura entre a teologia e a espiritualidade que perpassou vários séculos. A teologia escolástica pode ser definida como tentativa de unir ideias de escritores filosóficos gregos e das Escrituras, dos textos dos pais da igreja e de outras obras cristãs dos primórdios do período medieval, com a finalidade de formar um sistema doutrinário claro e definitivo. A ciência, a partir de Galileu Galilei e o Iluminismo, suplantaram a religião e, já há uns quinhentos anos, se tornou a explicação com maior legitimidade na atualidade.
A Idade Moderna trouxe mudanças significativas também para a teologia, e um movimento marcante foi a conhecida Reforma Protestante, que ocorreu no século XVI. Este movimento lutou contra os dogmas estabelecidos pela Igreja Católica, uma das coisas que esses movimentos criticavam era a cobrança de indulgências, ou seja, a Igreja da época vendia “terrenos no paraíso”. Seu grande expoente Martinho Lutero e suas noventa e cinco teses provocaram profundas mudanças no pensamento teológico.
Neste campo vasto de maneiras para se explicar o homem, a natureza, a sociedade e o mundo, podemos pontuar que a sociedade acabou sendo influenciada pelos discursos, sejam eles mitológicos, teológicos ou científicos. Essas influencias ditam o ritmo da ética e da moral na sociedade, visto que a ética está mais ligada à reflexão acerca das regras e dos comportamentos morais, portanto, seria teórica e com caráter universal, tendo a ver com a consciência acerca do bem, enquanto a moral é ação, pratica em si, e pode ser local e temporal baseada nos costumes e na influição dos pensamentos locais.
Independente da época e da sociedade que se observa, encontraremos em todas as culturas pensamentos éticos e conduta moral que se revelam através de um conjunto de regras. Exemplos que podemos destacar são: o código de Hamurabi (Mesopotâmia), os dez mandamentos (Hebreus), a Sharia (Islã) e as leis do Karma (Budismo). A ética como universal pode ser percebida nas semelhanças dos códigos de culturas distantes, a busca pela verdade e pelo sagrado é comum em todas as religiões. Em sociedades ateístas podemos ainda assim perceber a ética e a moral nas relações interpessoais, para estes o correto e o errado está baseado na razão que deve conferir convicção e comprometimento com o dever.
O bem e o mal, o sagrado e o profano andam lado a lado, entretanto com as mudanças históricas os entendimentos de ambos os termos adquirem significados contextualizados à cultura de origem, fazendo parte do imaginário do homem. Hodiernamente falando, vivemos tempos de secularização, por força do iluminismo a religião recebeu nova configuração e com ela a experiência religiosa também. As vastas descobertas cientificas, bem como a mudança da cosmovisão religiosa para a cosmovisão antropocêntrica contribuíram para que o significado de ética e moral, de sagrado e profano fossem modificadas.
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