Tesouros da Palavra de Deus

Lembra-se dos dramas que eram apresentados nos nossos congressos? Eram lindos não? Certamente você deve ter um preferido e que jamais esqueceu. Retratavam situações do passado, de um ou mais personagens bíblicos e ao final analisando o significado, era possível tirarmos pontos práticos para cada um de nós.

Paulo fez isso aos cristãos da Galácia, havia uma situação ali, de alguns cristãos que eram extremamente apegados as questões da lei, diziam que para se ter o favor divino, era necessário seguir a lei ao pé da letra, mas Paulo sabia que isso não era mais necessário, e para mostrar isso, ele apresentou-lhes um drama simbólico.

Paulo relembrou a eles que o patriarca Abraão teve dois filhos, um que se chamava Ismael e outro Isaque, que Ismael era filho de uma escrava chamada Agar e que Isaque era filho da esposa legitima de Abraão, Sara, que era uma mulher livre. Certamente os Gálatas conheciam as escrituras sabiam que Sara não podia ter filhos e por isso deu sua serva Agar a seu esposo Abraão e então nasceu Ismael, e após isso Agar começou a desprezar Sara, por isso Jeová veio a permitir que Sara também tivesse um filho, no caso Isaque. E posteriormente Ismael passou a perseguir Isaque, por causa dessa perseguição e do desprezo a Sara e Isaque, Abraão acabou expulsando a estes do seu convívio. E como Paulo usou esses acontecimentos? Através desse drama simbólico, vamos entendê-lo através das escrituras, abram, por favor, suas bíblias, convido os a ler comigo Gálatas 4: 24,25.

Como notamos, aqui fala de duas mulheres, que significavam dois pactos, uma delas é Agar que representa ao Israel literal, a nação dos tempos de Paulo, que tinha como capital, Jerusalém, essa nação estava obrigada a servir a Jeová devido ao pacto da lei instituído no monte Sinai mencionado aqui no texto. Eles mesmos haviam aceitado essa lei, transmitida por Jeová através de Moises, e era essa lei que os recordava constantemente da necessidade de fazer sacrifícios, pois, eram pecadores, eram escravos do pecado e da morte. Esses foram aqui representados por Agar. Mas e quem eram os representados por Sara? Vamos ver aqui em Gálatas 4: 26,27.

Como observamos, Sara, a mulher estéril, simbolizava a esposa de Deus, a parte celestial de sua organização e o fato de ser estéril representava o fato de que antes da vinda de Cristo, não tinha filhos ungidos por espírito aqui na terra. O que só aconteceu a partir de pentecostes em 33EC, quando um grupo de cristãos foi ungido com espírito santo e se tornaram como que filhos dessa mulher celestial. Dessa forma foram como que adotamos quais filhos de Deus e se tornaram coerdeiros de Cristo. Um desses filhos espirituais foi o apostolo Paulo, e por isso podia dizer: “ a Jerusalém de cima é livre e ela é nossa mãe”.

Mas agora, o que representavam os filhos dessas mulheres, Ismael e Isaque?  Vamos ver o que nos dizem Gálatas 4; 28-31.

Como já mencionado a Bíblia mostra que Isaque foi menosprezado e perseguido por Ismael e que por isso Abraão o mandou embora. Da mesma forma no primeiro século os filhos da Jerusalém escravizada, os que representavam Agar, a mulher escrava, estavam desprezando e perseguindo aos filhos da Jerusalém de cima, desde que Jesus esteve aqui na terra e proclamou o Reino de Deus, foi perseguido por esses, os lideres Judeus o perseguiram até o ponto de matá-lo. Eles se consideravam como verdadeiros descendentes de Abraão e viam Jesus como um intruso, porem a Bíblia nos mostra que os filhos produzidos pela nação carnal de Israel, representada por Agar, não seriam coerdeiros com Cristo somente pelo fato de serem Judeus, mas que era necessário obediência a Deus e demonstrar fé no senhor Jesus Cristo.