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Trabalho De Pesquisa

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Por:   •  4/6/2013  •  650 Palavras (3 Páginas)  •  607 Visualizações

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Paradigmas atuais da Educação: A Educação em busca de si mesma

Resumo: Vivemos hoje um tempo de vacuidade ideológica, em que a busca pelos meios de vida substituiu em parte a procura pelos fins mais elevados. O que vigora, muitas vezes, nas escolas é uma tendência de se formular um currículo insípido e nebuloso: insípido quando voltado para conteúdos utilitaristas sem vínculos com ideais de qualquer tipo; nebuloso quando postula a formação do caráter da juventude ao mesmo tempo em que nega – pelo exemplo social e até de alguns educadores – o valor absoluto dos princípios do espírito.

Aristóteles já ensinava que o primeiro passo, para se definir o currículo é idealizar um modelo de Estado que se deseja erigir. Uma sociedade baseada em ambições explicitamente bélicas, como a de Esparta, possuía um projeto educacional dedicado a enrijecer os músculos, desenvolver a coragem e embotar a liberdade individual, o que ajudava a estabelecer uma disciplina militar absoluta, ao passo que o ideal ateniense de vida – sintetizado na busca de três valores do espírito humano: o Bom, o Belo e o Verdadeiro – pedia um currículo centrado no desenvolvimento da ética, da estética e da ciência. Ora, a mesma antiga reflexão aristotélica é um dos grandes desafios para a nossa geração. Que tipo de sociedade, desejamos edificar? Que tipo de currículo educacional nos ajudará a chegar lá?

As utopias podem e devem cumprir um papel importante no desenvolvimento social, especialmente no tocante à educação. Se formos capazes de manter em nossas mentes a visão de uma sociedade que no futuro seja pacífica, colaborativa, plural, justa, sustentável e democrática, com abundância simultânea de meios, oportunidades e liberdades para todos, saberemos como iniciar a construção de um currículo competente, e teremos a coragem de assumir um posicionamento mais nítido na defesa dos princípios que consolidam o caráter do indivíduo.

Ninguém é perfeito, mas a busca sincera pelo aperfeiçoamento mental, intelectual, é uma força integradora e transformadora que atua de modo decisivo sobre o consciente e o inconsciente dos jovens mais sensíveis de cada geração.

Se quisermos perseguir (ainda que apenas perseguir) esse tipo de sociedade ideal, teremos de estimular na juventude algumas das seguintes características:

Autoconhecimento – Não por acaso, Sócrates, um dos pais da Filosofia Ocidental, dedicou décadas de sua vida ao dístico metafísico gravado no pórtico do Templo de Apolo, em Delfos: “Homem, conhece-te a ti mesmo.” O famoso pensador ateniense esforçava-se por contagiar a juventude de seu tempo com um objetivo de vida bastante singular: o de sentir, saborear e experimentar a própria essência – utilizando a intuição – tangenciasse o seu Eu profundo ou Espírito. Sócrates conhecia os benefícios que adviriam aos seus pupilos se esses alcançassem esse tipo de experiência transcendente: “Há em cada ser humano uma luz interior que, se invocada, ordenará em cosmos e felicidade, o caos doloroso”, ensinava o filósofo.

Nessa mesma linha socrática de pensamento, pode-se dizer que a inabilidade da sociedade moderna em conhecer-se a si mesma é geradora do grande vazio existencial, responsável por tanta frustração e ansiedade. O nosso ego físico-mental-emocional é, por sua natureza, centrífugo, extrovertido.

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