Trabalho Introdução e Análise ao Antigo Testamento
Por: maiknascimento • 3/6/2022 • Artigo • 1.899 Palavras (8 Páginas) • 267 Visualizações
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Seminário Teológico do Nordeste - STNe
1° Ano I Semestre
Disciplina: Introdução e Análise ao Antigo Testamento
Docente: Rev. Jefté Alves de Assis
Discente: Michel Gebin do Nascimento
Trabalho: Artigo sobre Inspiração, Autoridade e Implicação do Antigo Testamento
Teresina - PI
Abril 2022
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Michel Gebin do Nascimento
Introdução e Análise ao Antigo Testamento
Trabalho: Artigo sobre Inspiração, Autoridade e Implicação do Antigo Testamento
Trabalho apresentado pelo aluno Michel Gebin do Nascimento solicitado pelo Prof. Rev. Jefté Alves de Assis em cumprimento às exigências da disciplina de Introdução e Análise ao Antigo Testamento do 1º ano.
Teresina - PI
Abril 2022
Ao início de nosso estudo, muito antes de argumentos ou críticas, precisamos analisar o ponto de vista que analisaremos esse artigo. Se entendemos que as Sagradas Escrituras são apenas escritos de gênero humano, então, precisamos tratá-la como muitos outros documentos que tem fundamentado várias outras religiões, ou seja, de forma literária, totalmente humana, e negando toda e qualquer manifestação sobrenatural contido no Antigo Testamento. Porém, se temos a compreensão que o Antigo Testamento foi inspirado por Deus, usando homens como instrumentos para revelar a Sua verdade, dessa forma analisaremos esse artigo de forma diferente. Sendo assim, tudo que parece ser inconsistente na explicação humana sobre o Antigo Testamento, se torna satisfatório quando a Escritura Sagrada é revelada e explicada através da própria Escritura. Nosso propósito nesse artigo é apresentar alguns pontos que comprovam a inspiração, a autoridade e a implicação do Antigo Testamento. Vejamos:
- A INSPIRAÇÃO:
Surgem algumas perguntas sobre qual teria sido o processo exato por que Deus inspirou as Sagradas Escrituras, e se de fato elas foram inspiradas e escritas pelo próprio Deus. Ou será que foi apenas intuição religiosa? Ou, Influência sobre a personalidade dos autores para que eles produzissem a mensagem? Ou, influência sobre as ideias dos autores independente de sua personalidade? Precisamos entender que Deus trabalhou em conjunto com os autores a fim de inspirar os escritos Sagrados. Chamamos isso de Teoria da Inspiração Verbal-plenária. As palavras “verbal” e “plenária” descrevem o significado específico que essa teoria dá a inspiração.
“Verbal” refere-se às palavras das Escrituras. Significa que a inspiração de Deus estende-se a cada palavra escolhida pelo autor. Deus permitiu que os autores expressassem sua própria personalidade enquanto escreviam, mas o Espírito Santo guiou o processo de modo que o produto final transmitisse fielmente o significado desejado por Deus.
“Plenária” significa “cheia” ou “completa”. A inspiração plenária afirma que a inspiração de Deus estende-se por todas as Escrituras, de Gênesis a Apocalipse. Deus guiou os autores tanto quando eles registravam detalhes históricos, quanto nas ocasiões em que discutiam questões doutrinárias. Portanto, podemos afirmar que Deus inspirou toda a Bíblia, mesmo que compreendemos que os autores tiveram uma certa liberdade para escrever de acordo com seu estilo e personalidade, podemos afirmar que todas as palavras contidas nas Escrituras Sagradas foram inspiradas por Deus. Podemos afirmar isso em várias partes da Bíblia:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2°Tm. 3.16-17
“...sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” 2°Pe. 1.20-21
Porém, vamos nos deter ao Antigo Testamento que é o tema proposto nesse trabalho. A Confissão de Fé de Westminster produz em seus documentos, argumentos que confessam a inspiração Divina do Antigo Testamento. No capítulo I seção II da Confissão de Fé de Westminster afirma que os trinta e nove livros do Antigo Testamento foram todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e prática.
A Confissão de Fé Westminster cita o Antigo Testamento como sendo inspirado por Deus para serem regra de fé e prática, não apenas para ser um processo de relativo conhecimento, ou alguma percepção das coisas divinas. Mas para conhecer a Deus verdadeiramente, sua lei, seus atributos, sua obra, como deve ser adorado, sua vontade para a salvação - para que as Sagradas Escrituras se tornem a estrutura da nossa cosmovisão. Para que a visão de que temos de nós mesmos, da sociedade, do mundo, da história, nossa conduta, nossas decisões - tudo deve estar estrelaçado com um conceito correto e integrado sobre Deus.
“Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens, reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na Palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comuns às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras da Palavra, que sempre devem ser observadas.” Confissão de Fé de Westminster, Capítulo I Seção VI.
O Antigo testamento com frequência se refere às comunicações verbais do Senhor. As expressões: “O Senhor disse a Moisés”, “O Senhor Falou a Moisés”, “Assim diz o Senhor”. Os profetas tinham a consciência clara de transmitir as próprias palavras de Deus. Isaías começa sua profecia com as palavras: “Ouvi, ó céus, e dai ouvidos ó terra, porque fala o Senhor (Is. 1.2). Jeremias chega a dizer: “Então Jeová estendeu a sua mão e me tocou na boca” (Jr. 1.9).
Os apóstolos referiam-se as sua próprias palavras e as palavras do Antigo Testamento como Palavras de Deus. Paulo diz explicitamente que ele dava instruções não com palavras de sua própria escolha, mas com palavras que o Espírito ensina (1°Co. 2.13). na Espístola aos Hebreus muitas palavras do Antigo Testamento são citadas, não como palavras de autor humano, mas como palavra de Deus.
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