A Monitorização Cardiovascular
Por: jessicacoelhoss • 15/6/2023 • Relatório de pesquisa • 713 Palavras (3 Páginas) • 111 Visualizações
MONITORIZAÇÃO CARDIOVASCULAR:
Tanto os anestésicos quanto a cirurgia podem impor alterações agudas na atividade cardíaca. A monitorização por eletrocardiografia contínua ao longo do periop fornece informações para o manejo do paciente
Embora tenha os mesmos princípios de funcionamento da ECG-padrão de 12 derivações utilizado na cardiologia, a cardioscopia empregada na anestesiologia possui algumas peculiaridades:
- Raramente se usa os sistemas de 12 derivações, sistemas mais utilizados: de 3 ou de 5 canais
- Pele limpa antes da aplicação dos eletrodos
- Aplicar preferencialmente: em áreas planas, pouco musculosas e longe de proeminências ósseas ou de pregas de pele
- Músculos conduzem bem os sinais de ECG, mas sua contração pode gerar interferências. Já os ossos são maus condutores, porém impõem menos interferências
Em contraste com o ECG padrão, o posicionamento das derivações dos membros é feito no tronco do paciente, a fim de reduzir artefatos por eventual movimentação dos membros e facilitar a instalação e manejo dos cabos → TENDÊNCIA: desvio do eixo cardíaco para a direita, aumento na voltagem das derivações inferiores e eventualmente, perda de ondas Q inferiores
ECG padrão:
[pic 1]
Eletrodos dos membros formam o plano frontal!
SISTEMA DE 3 CANAIS:
- Possui apenas os cabos de RA, LA e LL
- Ao avaliar as diferenças de potencial entre um par de eletrodos e utilizar o terceiro eletrodo como terra, esse sistema consegue monitorizar uma derivação bipolar por vez (DI, DII ou DIII)
- Adequado para o seguimento da FC e detecção de arritmias mais simples (que não necessitem da avaliação das derivações precordiais)
- INADEQUADO para monitorização do segmento ST e detecção de isquemia = mais em avaliados pelas derivações precordiais laterais
A fim de atenuar tal limitação foi proposto o uso de derivações bipolares modificadas (CS5, CB5, CM5, CC5) – são usados os mesmos três canais, mas com eletrodos colocados em posições diferentes → no sentido de maximizar o tamanho das ondas P para monitorização de arritmias e a fim de aumentar a sensibilidade para detecção de anormalidades no segmento ST
- Estudos demonstram: essas derivações podem ser tão sensíveis para detecção de isquemia intraop quanto a derivação V5 padrão = a melhor opção em pacientes de risco é o uso de sistemas de 5 ou mais canais!
SISTEMA DE 5 CANAIS:
[pic 2]
- Monitoriza, simultaneamente sete derivações (DI, DII, DIII, aVR, aVL e aVF) e uma derivação precordial, geralmente posicionada em V5
- Confere capacidade de vigilância mais ampla em diversas áreas do miocárdio
- Derivações mais sensíveis para detecção de alterações isquêmicas do segmento ST = V4 e V5
- Monitorização simultânea de múltiplas derivações precordiais: não recmendada pela maioria das diretrizes, pois aumentaria a incidência de falsos positivos e iria requerer modificações na maior parte dos equipamentos disponíveis
- Diante disso, costuma sugerir o segumento concomitante de DII e uma derivação precordial: V4 ou V5 (quando se deseja detectar isquemia) ou V1 (quando se deseja detectar arritmias)
[pic 3]
[pic 4]
FILTROS:
- Todos os monitores utilizam filtros para limitar as faixas de frequências captadas
- Intervalo inferior dessa faixa = sinais elétricos oriundos de movimentos ou da respiração (< 0,5 Hz)
- > 40Hz = artefatos oriundos de corrente elétrica, eletrocautério, fasiculações e tremores
- Quanto mais ampla a faixa de frequências captada pela ECG = maior a precisão diagnóstica e MAIOR a susceptibilidade a artefatos
- Quanto menor = menor susceptibilidade a artefatos e menor capacidade diagnóstica
- A fim de encontrar equilíbrio entre capacidade diagnóstica e depuração de artefatos, alguns monitores têm disponibilizado diferentes faixas de filtros de frequência dependendo do proposito desejado
- MONITORIZAÇÃO: 0,5-40Hz
- DIAGNÓSTICO: 0,05-130Hz
ISQUEMIA MIOCÁRDICA:
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