HISTÓRIA DA ENERGIA ELÉTRICA EM MARINGÁ
Por: ruandiegopereira • 14/10/2022 • Resenha • 513 Palavras (3 Páginas) • 123 Visualizações
De acordo com Barbosa (2015), entre os anos de 1940 e 1950, Maringá possuía poucos recursos para estruturar o aparato técnico-administrativo e prover a cidade de infraestruturas básicas como saneamento, asfalto e energia elétrica, visto que a cidade só se eleva à categoria de município em 1951, deixando de ser distrito de Mandaguari. Apenas com o primeiro prefeito da cidade, Inocente Villanova Júnior, há uma possível resolução para o problema, a implantação de uma pequena usina diesel-elétrica na cidade. Como demonstrado por Cordovil e Barbosa (2015), nos primeiros anos da cidade a única forma de se ter acesso à energia elétrica era por meio de motores diesel particulares, o que restringia a poucos estabelecimentos no município (VER FOTO 1). A população, de maneira geral, dependia da luz de vela e de lampiões a querosene. Embora o primeiro prefeito maringaense conseguiu, em 1952, a cessão de quatro motores estacionários a diesel, implantando, assim, uma pequena usina diesel-elétrica nas margens do córrego Mandacaru. (VER FOTO 2)
[pic 1]
Figura 1: Motor para fornecer eletricidade em Maringá em 1948.
Fonte: Museu da Bacia do Paraná.
[pic 2]Figura 2: Geradores da Usina Diesel Elétrica.
Fonte: Livro Terra Crua de Jorge Ferreira Duque Estrada / Acervo Maringá Histórica.
A Avenida Brasil era a principal da cidade, pois concentrava os estabelecimentos comerciais; margeava as futuras estações ferroviária e rodoviária, além da Praça Raposo Tavares, por isso foi a primeira via a receber melhorias de infraestrutura, como energia elétrica e iluminação pública (BARBOSA, 2016). (VER FOTO 3)
[pic 3]
Figura 3: Avenida Brasil em 1951.
Fonte: Acervo Maringá Histórica.
Em 1956, a Companhia Paranaense de Energia (COPEL), criada em 1954, instalou-se pioneiramente em Maringá, ampliando, com a adição de alguns motores, a capacidade de geração da usina existente que, todavia, mostraram-se insuficientes para atender à crescente demanda. Assim, durante o dia priorizava-se o abastecimento da área central e de equipamentos essenciais, como os hospitais, enquanto à noite privilegiavam-se locais como o Grande Hotel e o cinema. Os bairros recebiam a iluminação por cerca de 6 a 8 horas, numa espécie de rodízio. Este problema só foi solucionado em 1962, quando a cidade passou a receber energia de alta tensão da Usina Hidroelétrica de Salto Grande, que se apresentou como a solução definitiva para a eletrificação do município (CORDOVIL e BARBOSA,2015).
Como anteriormente mencionado, a solução definitiva para a energia elétrica veio com a chegada da alta tensão da Usina Hidroelétrica de Salto Grande. Os trabalhos de extensão da rede, vinda de Apucarana, iniciaram-se em 1961, e a inauguração da subestação da Copel em Maringá se deu em 1962. Estando o problema de geração resolvido, investiu-se na adequação e expansão da rede de distribuição, sendo quem em 1963 já atendia a zona 1 (primeira a receber os serviços), região do aeroporto, Vila Operária, zona 2, Maringá Velho, zona 4 e zona 5 (CORDOVIL e BARBOSA, 2015).
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Leonardo. 2016. 345 f As redes técnicas sanitárias na estruturação do território: análise da cidade de Maringá-PR, entre 1947 – 1980. Dissertação (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Carlos.
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