Semas restricoez
Por: aline_ligiane • 11/4/2015 • Projeto de pesquisa • 2.725 Palavras (11 Páginas) • 321 Visualizações
QUANDO A TEMPESTADE VEM | 23/02 a 29/02/2015
Introdução
Graças a Deus, por enquanto nós, brasileiros, não sabemos o que é uma tempestade tropical ganhar força e se transformar num furacão. Em 1992, na temporada de furacões do oceano atlântico, o furacão Andrew causou um prejuízo de 38,9 bilhões de dólares, atingindo desde o norte das Bahamas até o sul do estado da Flórida. Os ventos chegaram a 278 km/h. Houve 65 mortes. O furacão destruiu ou danificou seriamente 117 mil casas.
Mas aconteceu algo estranho, que virou notícia na rede de TV CNN: numa das áreas devastadas, 27 casas se mantiveram orgulhosamente de pé, intactas, em meio a um monte de móveis quebrados, peças de banheiro e outros detritos de imóveis.
Todas as 27 casas haviam sido construídas por uma entidade chamada “Habitat para a Humanidade”. Essa entidade foi fundada por um advogado, um matuto do Alabama chamado Millard Fuller. Na época ele era o presidente da organização.
Um repórter da CNN, que voara para cobrir os danos causados pelo furacão Andrew, entrevistou o senhor Fuller diante da câmera: “Como o senhor pode explicar esse fenômeno? As casas da Habitat são as únicas que continuam de pé!”
O sr. Fuller ficou muito feliz de falar num microfone, e respondeu em seu sotaque matuto: “Em primeiro lugar, como uma organização cristã, construímos casas sobre a rocha!”. O repórter olhou para ele sem entender nada, como se o matuto falasse noutra língua. E o entrevistado continuou: “Em segundo lugar, colocamos amor na argamassa. E, finalmente, você precisa entender que as casas foram construídas por amadores. Os carpinteiros profissionais usam um prego a cada 20 centímetros. Nossos voluntários usam um prego a cada 2 centímetros – nem mesmo o furacão Andrew pode derrubar uma casa construída desse jeito!”.
1 – Construir sobre a rocha
O presidente da organização Habitat para a Humanidade disse: “Em primeiro lugar, como uma organização cristã, construímos casas sobre a rocha!”. Ele se referia ao final do Sermão do Monte, quando Jesus disse:
24 — Quem ouve esses meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém ela não caiu porque havia sido construída na rocha. 26 — Quem ouve esses meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem sem juízo que construiu a sua casa na areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu e ficou totalmente destruída. (Mateus 7)
Costumeiramente após ler essas palavras pensamos no seguinte: construir sobre a rocha é basear a vida em Cristo. Isso é bom, e até verdadeiro, mas aqui Jesus está sendo muito específico. Todos tinham ouvido o Semão do Monte. Alguns colocariam aqueles ensinamentos em prática – e isso é construir sobre a Rocha; outros continuariam levando a mesma vida de antes – e isso é construir sobre a areia. Mas à primeira vista não haveria diferença. Poderia ser até o mesmo construtor, fazendo as casas uma do lado da outra. Os moradores por um tempo usufruiriam das casas, comeriam e dormiriam dentro delas com alegria.
A diferença entre uma e outra casa só apareceria na hora da aflição. Na nossa história inicial, só quando o furacão Andrew passasse. Ou seja: somente o fogo da aflição é que prova a qualidade da nossa fé. Até que sopre o vento e caia a tempestade, todas as casas (pessoas) são iguais; somente a tempestade dirá qual alma, qual mente, qual coração, qual vida tem um bom fundamento e qual não tem.
2 – Qualidade e utilidade da fé
No sermão do monte, então, Jesus vem alterar nossos valores, ensinar-nos o caminho da fé genuína. Ou seja, o Sermão do Monte é uma preparação para as angústias e aflições. Pois fé é a virtude para a hora da aflição. Para que existe fé? Para se superar obstáculos! Fé é essencialmente para isso. Sejam conflitos internos do coração do homem, sejam conflitos externos como doenças ou quaisquer outros problemas. Fé existe para a hora da aflição, e somente a hora da aflição deixa claro se temos, ou não, fé genuína.
Mas vamos definir o que é fé, de acordo com Hebreus 11:1:
Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos (e esperamos a ação de Deus) e a prova das coisas que não vemos (ou seja, a fé é aquela certeza que diz: eu confio em Deus, e aquilo que ainda não existe passará a existir, aquilo que não está acontecendo passará a acontecer, aquilo que não é passará a ser).
E a primeira verdade que Jesus irá nos revelar é a de que a hora da aflição é uma hora de bênção, se for recebida com fé.
Jesus irá romper com o conceito de que só tem a bênção de Deus quem já superou a aflição. Ele vai dizer:
Quão abençoados são os pobres em espírito, aqueles que sabem que são espiritualmente pobres! Quão abençoados os que choram! Quão abençoados os que têm fome e sede de justiça! Quão abençoados são os perseguidos por procurarem praticar a justiça!
O pensamento humano natural dirá: coitados, coitadinhos, pobres dos que sabem que são espiritualmente pobres, coitados dos que choram, pobrezinhos dos que têm fome e sede de justiça, coitados dos que são perseguidos por praticarem a justiça.
Para Jesus, essa é a forma errada de ver a vida. Para o Mestre, se na hora da aflição brilhar a fé, o crente estará crescendo em obediência, e acumulando riquezas, recompensa e honra no céu, por toda a eternidade.
Quero lhes contar dois fatos reais que são exemplos de fé, essa virtude que existe para a hora da aflição:
Na comunista China, um pastor ficou preso por 5 anos. Quando soube que sua mulher estava ficando cega, assinou um papel renunciando sua fé para poder ficar ao lado dela. Mas pouco tempo depois ele se sentiu tão culpado que confessou às autoridades a falsidade de sua declaração. As autoridades imediatamente o prenderam para cumprir uma pena adicional de 30 anos.
Um cristão americano perguntou a cristãos chineses: Vocês oram pedindo ma mudança de governo? Eles responderam: Não! Pressupomos que sempre haverá perseguições; pedimos a força para suportá-las.
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