Turning Tables
Por: sobrevivictor • 6/5/2015 • Trabalho acadêmico • 650 Palavras (3 Páginas) • 415 Visualizações
1- A partir da concepção foucautiana de sociedade disciplinar e das reflexões históricas de Aries, discuta a emergência histórica da instituição escolar e seus propósitos . A partir desta reflexões , discuta ainda qual a função da escola hoje, considerando as suas potencialidades e os seus limite.
O surgimento da instituição escolar dar-se no início da modernidade, por volta do século XV, porém outras formas de se ministrar aulas já eram praticadas no período medieval, onde a infância não era considerada, e as crianças eram vistas como dependentes nos primeiras anos de vida e depois já passavam pra vida adulta, sem ter adolescência, diferente dos tempos atuais. Sendo assim crianças e adultos se reuniam juntas para serem educadas, sem preocupação disciplinar, e sem acomodações amplas, nessa época a educação tinha o papel de formação moral e cognitiva.
Haviam os "contratos de aprendizagem " que ocorriam com algumas crianças, que por volta dos sete anos , eram entregues para outras famílias das quais eram dadas uma serie de tarefas, e a transmissão da educação era com o contato continuo com os adultos, nesse momento de dependência e fragilidade, já eram inserido os "conhecimentos necessários " para a maturidade e nesse caso as crianças eram mais vigiados, para garantir maior produtividade e desempenho.
Os medievais viam a unidade de alunos, onde a aprendizagem se parecia mais com trabalho do que educação, assim o preparo para o trabalho não se dava como nos dias atuais, tendo sua própria instituição de especialização em uma área de trabalho, e tudo ocorria na prática.
Já no século XV, houve certa repugnância às misturas de idades, e ao longo do século foi designado um mestre para cada um dos novos grupos de idades diferentes , gerando a estrutura das classes escolares da modernidade.
A escola moderna tem seu ápice na era industrial, onde a escola era um elemento essencial para o sistema capitalista, e os sujeitos eram disciplinados com o intuito de que se tornarem dóceis e produtivos, sendo necessário para a segurança e o resultado positivo a pontualidade e a obediência explícita ao encarregado. Foucault cita em um jornal no século XIX, que as ordens dadas pelos mestres eram cumpridas rigorosamente antes mesmo de se terminar a fala. Para maior eficiência do controle de atividades a pratica punitiva, como os castigos corporais, eram aplicados, podendo haver cunho político e social interessado no comportamento disciplinar.
O castigo corporal foi visto como um problema e foi mascarado com outras formas de punir e de exercer o poder, de uma forma que sequer poderia ser notada sua presença. A partir destas experiências vividas cabe pensar o homem como ser que vive e assume a posição de sujeito do conhecimento e não mais o objeto do conhecimento. Segundo Foucault o poder reprime e exclui os indivíduos, sendo esse seu aspecto negativo, porem submete os indivíduos a produzirem e a criarem mais, sendo esse seu lado positivo, o ideal seria ter um poder que tornassem os indivíduos ao mesmo tempo criativos, produtivos, e integrados no seu meio, com oportunidades iguais.
Ao invés de disciplinar e controlar é necessário instigar o pensamento critico, dando espaço para o desenvolvimento de indivíduos atentos e criadores e não os moldando na direção de uma norma particular.
Este controle minucioso de alunos garante que indivíduos saiam da escolas dóceis e prontos para o mundo capitalista, sem questionamentos e pensamento próprio, sendo o papel do professor apenas o de instruir o aluno e a partir daí ele próprio formula o seu posicionamento, tendo um maior aproveitamento do conhecimento, e sim aprendendo e não memorizando para obter notas , assim as provas recebem o valor do professor para se avaliar como educador e avaliar o campo de conhecimento do aluno.
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