Uma Nordestina na Terra dos Kiwis
Por: Letícia Paes • 7/8/2019 • Artigo • 389 Palavras (2 Páginas) • 266 Visualizações
Uma nordestina na terra dos Kiwis // A Sociedade
Decidir sair da sua “zona de conforto” já é complicado e quando essa ação envolve morar do outro lado do mundo, longe da família e dos amigos, a decisão se torna mais difícil ainda. Fazendo dois anos agora em agosto de 2019, em um cenário de grandes belezas naturais, com um povo acolhedor e um estilo de vida muito diferente, uma nordestina – acostumada com temperatura média de 28°C – desembarca de mala e cuia na busca por mais oportunidades na terra do “Senhor dos Anéis” e encontra uma temperatura de 9°C.
Hoje, depois de muita água passar sob a ponte e novas descobertas serem feitas, podemos chegar a um fato: quando um povo quer, ele – e só ele – muda um país.
“Aotearoa” (nome māori para a Nova Zelândia e que significa "terra da longa nuvem branca") é um país com uma população de mais de 4.8 milhões de habitantes (um pouco maior que a Região Metropolitana do Recife), e é considerado o segundo melhor país para se morar do mundo.
A população não é perfeita, muito longe disso. Tem inúmeros defeitos, mas também tem muito mais comprometimento e participação direta nas ações dentro da comunidade. O paradoxo entre as duas sociedades vai além do ambiente econômico, e passa pela – tão falada atualmente – consciência social.
A atual gestão pode ser descrita como social-democrata e progressista (tem como coligação partidária o Partido Trabalhista e o Partido Verde). Por se tratar de país visionário, apoia causas como: o movimento operário, a manutenção de um bem-estar social que forneça segurança e condições para os menos favorecidos, casamento homoafetivo e a liberalização do aborto.
Como nem tudo são flores, em 15 de março de 2019, na cidade de Christchurch, um atentado terrorista que abalou todo o país e fez com que uma lei pró-desarmamento fosse aprovada em tempo recorde (menos de 1 mês depois já estava aprovada). Essa lei proibe o porte e a posse de rifles de assalto e semi-automáticas estilo militar em todo o território.
Mesmo assim, o país não para de surpreender a quem chega e vem com boas intenções. Para aqueles que estão dispostos a agregar pontos positivos e estão empenhados em mudar a imagem do brasileiro junto ao mundo, a Nova Zelândia os espera de braços abertos.
Leticia F. Paes // leticiafpaes@gmail.com
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