A Arte De Argumentar - Resumo
Artigos Científicos: A Arte De Argumentar - Resumo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafahdp • 29/9/2014 • 906 Palavras (4 Páginas) • 1.512 Visualizações
Saber argumentar é, em primeiro, lugar saber integrar-se ao universo do outro. É também obter aquilo que queremos, mas de modo cooperativo e construtivo, traduzindo nossa verdade dentro da verdade do outro.
Além do alinhamento de pontos de vista, existem ainda os processos de manipulação. No espaço privado, acabamos gerenciando mais informação e menos relação. No espaço público, até mesmo por motivo de sobrevivência social, as pessoas procuram, com maior ou menor sucesso, gerenciar, além da informação, a relação.
No plano da vida pessoal, não é diferente. Nós nunca estamos diante de pessoas prontas e também não somos pessoas prontas.
Argumentar é a arte de convencer e persuadir. Convencer é saber gerenciar informação, é falar à razão do outro, demonstrando, provando. Persuadir é saber gerenciar relação, é falar à emoção do outro. Mas em que convencer se diferencia de persuadir? Convencer é construir algo no campo das idéias.
Muitas vezes, conseguimos convencer as pessoas, mas não conseguimos persuadi-las.
A primeira tarefa da retórica clássica tinha natureza heurística1. A retórica, ao contrario da filosofia da época, trabalhava, pois, com a teoria dos pontos de vistas ou paradigmas, aplicados sobre os objetos de seu estudo.
Os métodos retóricos da exploração da verossimilhança e dos diferentes pontos de vista sobre um objeto ou situação têm sido o motor que vem impulsionando o grande avanço moderno da ciência e da tecnologia.
Na sociedade em que vivemos, somos moldados por uma infinidade de discursos: discurso científico, discurso jurídico, discurso político, discurso religioso, discurso do senso comum etc. Entre todos os discursos que nos governam, o mais significativo deles é o discurso do senso comum.
A primeira condição da argumentação é ter definida uma tese e saber para que tipo de problema essa tese seja resposta.
Uma segunda condição da argumentação é ter uma ”linguagem comum” com o auditório. É preciso desenvolver a capacidade da audiência empática. É preciso prestar atenção também ao som da voz do outro! É por meio da voz que expressamos alegria, desespero, tristeza, medo ou raiva.
O auditório é o conjunto de pessoas que queremos convencer e persuadir. É preciso não confundir interlocutor com auditório. O auditório são os leitores do jornal ou os telespectadores em suas casas.
Auditório universal é um conjunto de pessoas sobre as quais não temos controle de variáveis. São homens e mulheres de todas as classes sociais, de idades diferentes, diferentes profissões, diferentes níveis de instrução e de diferentes regiões do país.
Auditório particular é um conjunto de pessoas cujas variáveis controlamos. Trata-se de pessoas jovens, do sexo feminino, com o mesmo nível de escolaridade.
Ao iniciar um processo argumentativo visando ao convencimento, não devemos propor de imediato nossa tese principal, a idéia que queremos ”vender” ao nosso auditório. Essa tese preparatória chama-se tese de adesão inicial.
Essas técnicas compreendem dois grupos principais: os argumentos quase lógicos e os argumentos FUNDAMENTADOS NA ESTRUTURA DO REAL.
Retorsão: Denominamos retorsão a uma réplica que é feita, utilizando os próprios argumentos do interlocutor.
Ridículo: O argumento do ridículo consiste em criar uma situação irônica, ao se adotar, de forma provisória, um argumento do outro, extraindo dele todas as conclusões, por mais estapafúrdias que sejam.
Diremos então: janela é uma abertura na parede em uma altura superior ao solo.
Ao iniciar um processo argumentativo visando ao convencimento, não devemos propor de imediato nossa tese principal, a idéia que queremos ”vender” ao nosso auditório.
Essa tese preparatória chama-se tese
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