A Escola Secundária Matias Aires A Escrava Isaura
Por: zk_carol • 8/11/2022 • Bibliografia • 1.235 Palavras (5 Páginas) • 100 Visualizações
Escola Secundária Matias Aires
A Escrava Isaura
Autor: Bernardo Guimarães
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Nome: Ana Carolina De Almeida Costa Marques
Nº 01
Turma: 10º3
Disciplina: Literatura Portuguesa
Professora: Célia Silvério
Índice:
- Biografia do autor
- Sinopse da Obra
- Análise da Obra
- Personagens
- Importância do livro
- Reflexão Final
Biografia do autor:
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães nasceu em Ouro Preto, em Minas Gerais, no Brasil, a 15 de Agosto de 1825. Faleceu na mesma cidade, no dia 10 de Março do ano de 1884. Era filho de Joaquim da Silva Guimarães e de Constança Beatriz de Oliveira. O magistrado, jornalista, professor, romancista e poeta é o patrão da Cadeira nº 5 da Universidade Brasileira de Letras, por escolha de Raimundo Correia. Dos 4 aos 16 anos viveu em Uberaba e em Campo Belo, mergulhando nas paisagens que mais tarde descreveria nos seus romances e em alguns poemas. Antes dos 17 anos, estava de volta a Ouro Preto, onde finalizou os estudos de preparação como era denominada a formação básica na época. Aprofundou-se em Direito na Faculdade de Direito de São Paulo, onde se tornou amigo de Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, com os quais planeou a publicação de uma das suas obras, chamada “As três liras”. Em 1875 publicou o romance que melhor o situaria na campanha abolicionista e viria a ser a mais popular das suas obras: “A escrava Isaura”. Dedicando-se inteiramente à literatura, escreveu ainda quatro romances e mais duas coletâneas de versos. A visita de D. Pedro II a Minas Gerais em 1881 foi um motivo para o Imperador prestar uma expressiva homenagem a Bernardo Guimarães, a quem tanto admirava.
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Sinopse da Obra
Isaura era uma escrava com a pele branca e foi criada como uma filha na família em que exercia as suas funções. Esta foi protegida durante um longo período de tempo pela «matriarca», que prometeu que após a sua morte seria liberta. No entanto, esse último desejo não lhe foi concedido e Isaura tornou-se proprietária de Leôncio, um jovem sem carácter. Mesmo assim, Isaura apaixonou-se por ele, mesmo sendo casado.
A beleza da jovem presa despertou paixões em várias personagens, para além de Leôncio, tal e qual como o jardineiro Belchior o feitor da fazenda e até o irmão de Malvina, esposa de Leôncio, que acabam por fazer propostas à rapariga.
O pai da escrava, um homem livre chamado Miguel, reúne a enorme quantia que foi pedida pelo pai de Leôncio para libertá-la, contudo, o vilão encontrou uma maneira de não cumprir a promessa do pai, fingindo luto pela sua morte. Inconformada com a situação, Malvina retorna para a casa dos seus pais, o que deixou Leôncio livre para atormentar Isaura.
O pai de Isaura, Miguel, decide então fugir com a filha para o nordeste do país. Os dois instalaram-se em Recife e assumiram outros nomes. Na nova cidade, Isaura conhece Álvaro, um homem por quem se apaixonou e é correspondida. Ele ficou a saber que ela é uma escrava que tinha fugido da pior maneira quando a levava a um baile e um estudante denunciou-a à frente de todos. Isaura é obrigada, então, a assumir tudo, Álvaro, todavia, defende a amada.
Análise da Obra
Uma vez que “A Escrava Isaura” se trata de uma obra romântica, o seu enredo segue à letra todos os acordos de uma escola literária. A construção das personagens, por exemplo, obedece às fórmulas do género: Isaura, a protagonista, é extremamente elaborada, portadora de todo o tipo de virtudes e de uma beleza que acompanha essa nobreza de carácter. Para além disso, é uma menina muito persistente e não aceita nenhum tipo de cavalheirismo até encontrar o homem que chega a amar. O mesmo vale para Álvaro, o seu companheiro. Os vilões, por sua vez, são dotados exclusivamente de características negativas, sendo incapazes de ter gestos bondosos. Personagens como o Belchior, que tem todo o tipo de defeitos físicos, refletem também na sua constituição física as suas falham de carácter. O amor também é construído de acordo com as convenções românticas. Isaura e Álvaro apaixonam-se à primeira vista, assim como costumava a acontecer nas publicações literárias da época. Relativamente à linguagem, a adjetivação é utilizada de forma intensa e elaborada. As descrições das personagens são abundantes, bem como quanto da natureza que as cerca, outro valor vinculado ao romantismo. Além disso, o romance apresenta um foco narrativo na terceira pessoa. Embora seja contraditório que o símbolo da literatura abolicionista brasileira fosse uma escrava branca e educada, esse elemento torna-se compreensível quando se reflete sobre o público que acompanhava esse tipo de romance. Desse modo, mesmo entrando em conflito com o perfil dos escravos africanos, o enredo do livro teve um grande impacto para uma parte específica da sociedade.
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