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Resenha Crítica da Obra: “A Escrava Isaura”

Por:   •  10/10/2018  •  Resenha  •  542 Palavras (3 Páginas)  •  1.426 Visualizações

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Universidade Estadual de Santa Cruz

Geraldo Ferraz de Oliveira Júnior

Ana Amélia De Oliveira Lavenere Wanderley

Metodologia do Trabalho Científico

Resenha Crítica da obra: “A escrava Isaura”

Ilhéus, BA

 2018

Resenha Crítica da obra: “A escrava Isaura”

           

            A história se passa na cidade de Campos de Goytacazes, Rio de Janeiro, nos primeiros anos do reinado de D. Pedro II, descrevendo uma parte da escravidão no Brasil, tendo como personagem principal Isaura e como seus sinhôs: Leôncio e Malvina. O livro foi escrito por Bernardo Guimarães em 1875. O romance alcançou uma fama tremenda que foi reconhecido pelo imperador do Brasil, D. Pedro II.

Os pais de Leôncio (Comendador Almeida e Ester) foram sinhôs dos pais de Isaura (Miguel e Juliana). Juliana era uma linda mulata que por muito tempo era a mucama preferida do comendador Almeida, o mesmo tentou inúmeras vezes uma relação mais íntima com a moça, tentativas essas que não obtiveram sucesso, pois, os desejos de Almeida não eram correspondidos. Certo dia, após mais um insucesso com Juliana, o comendador a envia para a senzala como forma de castigo, a ordem dada era que Miguel (feitor) não poupasse punições contra Juliana, entretanto, a relação estabelecida entre o feitor e a mulata não foi de castigo, mas sim de um romance permeado por carícias e presentes, que mais tarde teve como fruto o nascimento de Isaura, rendendo a morte de Juliana na hora do parto.

Depois de um tempo, Ester acaba morrendo, não realizando o seu desejo de libertar Isaura, passando esta missão para a sua nora, Malvina, quem Isaura passa a servir. No decorrer do romance, vários personagens vão se apaixonando por Isaura como foi o caso de Belchior (o jardineiro), Leôncio, André (pajem) e Henrique (irmão de Malvina), que acaba contando para a sua irmã sobre a paixão de Leôncio diante de Isaura, criando um desentendimento na casa e para piorar as coisas, o comendador Almeida acaba falecendo. Diante desta situação, Isaura é mandada para a senzala, na qual passa a viver com as outras escravas.  Até que em certo dia, Isaura encontra o seu pai e já sem opções para a libertação de sua filha, eles resolvem fugir, indo para Recife, Pernambuco.

Já passado dois meses de fuga, Isaura e Miguel são convidados para uma festa, organizada pelo belo, rico e abolicionista, Álvaro, com quem Isaura troca sentimentos de amor. Porém, esse momento de felicidade dura pouco na vida de Isaura com a ida à Pernambuco de Leôncio, na qual está atrás dela para voltar a trabalhar na fazenda, exercendo o seu poder de propriedade diante da escrava.

Este romance me levou à extrema reflexão de como era a vida dos escravos, de como os senhores tinham totais poderes e autoridades com os mesmos, na qual

eles eram forçados para viver em condições hostis, sem nenhum controle da sua própria vida, principalmente em relação às mulheres. Recomendo a leitura deste livro, pois contextualiza mesmo que de maneira romântica um pouco da escravidão no país e o modo que a justiça e a sociedade agiam perante a essa condição de vida.

 

REFERÊNCIAS

GUIMARÃES, B. A escrava Isaura. 28ª edição. São Paulo: Editora Ática, 2002. 134p.

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