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A Fuga de Cérebros

Por:   •  10/6/2021  •  Dissertação  •  407 Palavras (2 Páginas)  •  167 Visualizações

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[A fuga de cérebros no Brasil é o retrato de uma sociedade anti-intelectual?]

O anti-intelectualismo é um fenômeno caracterizado pela aversão à intelectualidade, ao pensamento erudito, às grandes formulações científicas, à presença dos intelectuais e a seu ofício. Pode derivar de várias esferas do social, mas tem, em geral uma raiz: a sensação de que a intelectualidade atrapalha o andamento do social ou é dispensável. Tendo isso em mente é notável que uma das consequências de uma sociedade anti-intelectualista é a fuga de cérebros, processo em que pesquisadores e estudantes migram de países com condições de pesquisa e desenvolvimento precárias para países onde esses se encontram favoráveis.

No Brasil vive-se uma realidade econômica desfavorável. Equivocadamente, em vez de aumentar os investimentos em Ciência e Tecnologia, como instrumento para superar a crise, os investimentos têm sido cortados. Por conta da falta de valorização em educação que se encontra no país anti-intelectualista, que não vê que a educação, a pesquisa e o desenvolvimento são fatores que levam países a se desenvolverem, ainda mais durante a atual revolução industrial. Universidades e centros de pesquisas tentam dar continuidade aos seus projetos. Apesar disso, muitos foram interrompidos por fatores de congelamentos de gastos e pela possibilidade da PEC para o congelamento de gastos na educação. Os jovens pesquisadores desencantados começam a emigrar para países onde a Ciência e Tecnologia são valorizadas.

Porém, há alguns projetos como Ciência sem Fronteiras que ilustram que o país tenta investir em educação e até atrair cérebros para o país. Uma vez que estimulam o intercambio de pesquisadores e estudantes para lugares onde há melhores condições de aprendizado, de modo a retornar ao país trazendo a inovação e o conhecimento vindo do exterior. Semelhante ao modelo proposto pelo monarca Mutsuhito durante a Era Meiji, a qual propunha a modernização da indústria e do setor bélico do Japão para enfrentar os problemas vividos na época, o que trouxe muitos benefícios para o país até então feudal, modernizando-o.

Portanto, atualmente vários países, principalmente os que não valorizam o intelecto, encontram-se num processo de perda de pensadores que poderiam valorizar o país com inovações em setores econômicos, dentre eles o Brasil. Seja pela falta de verbas, seja pelo intercambio fornecido pelo estado ou pelas universidades, a fuga de cérebros é algo preocupante para o desenvolvimento de uma nação, já que há a possibilidade de perda da oportunidade de haver inovações nacionais, benéficas a economia e a sociedade, e leva ao aumento de desigualdades mundiais.

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