A Industrialização Durante a República Velha
Por: Vitor Zanela • 6/6/2018 • Resenha • 593 Palavras (3 Páginas) • 400 Visualizações
DEAN, Warrem. A Industrialização Durante a República Velha. IN: O Brasil Republicano, TOMO III. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 1989.
Vitor Luiz Zanela.
A Industrialização da República Velha
A ideia de uma revolução industrial iniciou-se com um processo de aglomeração de capital e desenvolvimento de habilidades. O primeiro processo industrial foi registrado na Inglaterra e posteriormente espalhando-se pela Europa do Norte e Estados unidos através da disseminação de funcionários especializados, produtos e maquinários. Durante este processo, o Brasil participava exportando matéria-prima e gêneros alimentícios.
O processo de industrialização no Brasil iniciou-se com a abolição da escravidão surgindo à manufatura. A abolição foi aceita pelos proprietários de terras somente quando foram convencidos da viabilidade da mão-de-obra imigrante nas fazendas. O inicio da economia assalariada no Brasil ocorreu com o avanço dos sistemas de exportação de café. Este sistema influenciou no sistema de industrialização brasileira, pois a grande demanda de café incentivava o cultivo em grandes áreas férteis atraia trabalhadores rurais. Os lucros gerados através do café permaneceram na área através de investimento em estradas de ferro, docas, bancos e sociedades comerciais. Com a ampliação de seus negócios os cafeicultores geraram novos lucros que puderam ser empregados na compra de maquinários.
A vinda de imigrantes influenciou o sistema de industrialização, os imigrantes, em sua maioria jovem do sexo masculino, trouxeram técnicas e habilidades manuais que raramente se encontravam no Brasil. Com o desenvolvimento mais rápido e o estimulo a especialização a economia de exportação se multiplicou, trazendo melhorias para o meio urbano para deixar o Brasil mais atraente para novos imigrantes. O plano de ação do governo priorizou o favorecimento da indústria, pois era crescente desproporção de poder e riqueza comparada a países da Europa do Norte, Estados Unidos e Japão. Os favores de governo para beneficiar a indústria deram origem um curso inflacionário que inicialmente era favorável, mas com o aumento do custo das importações e a permissão para que os estados tributassem indiscriminadamente os produtos manufaturados acabou atrapalhando a exportação de mercadorias.
O carvão vinha sendo como principal matriz energética da industrialização, no entanto, a falta de um carvão de qualidade era um problema para as indústrias. O desenvolvimento de energia hidrelétrica supriu as necessidades do carvão, se tornando junto com as estradas de ferro essenciais para o desenvolvimento econômico. A implantação de um sistema industrial necessitou maquinário e mão-de-obra qualificada para opera-las, aonde geralmente quem vinha para vender o maquinário acabava ficando para operá-lo até a primeira guerra mundial acabar com o sistema comercial do mundo.
Em torno da década de 1890 reconheceu-se que a procura interna era superior ao que poderia ser fornecida pelas importações somada ao alto custo do transporte marítimo possibilitou a produção nacional de manufaturas das quais existiam matéria-prima. A necessidade de derrubada de grandes áreas de mata virgem para o cultivo de café tornou-se proveitoso para as serrarias o emprego da madeira e a disseminação da cultura do algodão tornaram-se grandes setores da indústria brasileira. Os rebanhos bovinos e suínos também proporcionavam vantagens de custo em artigos de couro, sabão, velas banha, carnes enlatadas e laticínios. Outro setor afetado pela importação de maquinários foi o siderúrgico, mas que mesmo com o aumento significativo na quantidade de material extraído a maioria do material ainda era importado em forma de chapas e trabalhado conforme necessidade.
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