Adolescência Identidade X Confusão de Papéis
Por: Anderson Piva • 15/2/2022 • Trabalho acadêmico • 688 Palavras (3 Páginas) • 190 Visualizações
Acadêmico: Anderson Piva
Adolescência: Identidade X Confusão de Papéis
Desde os primórdios, a adolescência tem sido considerada uma etapa da vida dos seres humanos com algumas peculiaridades físicas e psicológicas. Por meio disto, a partir da atividade proposta, e dos textos de apoio subsequentes atrelados a Revista do Conselho Federal de Psicologia/Adolescência podemos discorrer o seguinte texto ligados à adolescência e seus aspectos históricos, psicológicos, culturais e sociais:
A partir do século XIX, com o avanço científico da medicina, mais especificamente da Psicologia, muitos autores desenvolveram teses na qual tentaram de alguma maneira encontrar uma definição formal para o que é a adolescência, e quais são suas características e impactos sociais.
Nesse período, por exemplo, o psicólogo norte americano Stanley Hall definiu a adolescência como uma etapa fortemente conturbada e vinculada às emergências da sexualidade. Por meio disso, a mesma ficou claramente estereotipada e estigmatizada negativamente.
Entretanto, em 1976 o psicanalista alemão Erik Erikson introduziu uma ideia mais naturalista e universal sobre a adolescência. O mesmo afirmava na sua teoria que este período da vida é caracterizado por grandes choques de realidade, pois a pessoa passa a duvidar de tudo o que acreditava anteriormente. E que no geral, esses acontecimentos se devem às mudanças sofridas pelo corpo, principalmente em termos hormonais e de aparência e as crises de personalidade que isso gera. Já que para ele, os adolescentes se preocupam demais com a imagem que passam para os outros, e estão em constante conflito entre o que foram até o momento e o que serão no futuro, sendo bastante influenciáveis por terceiros. Além disso, o autor acreditava que se os jovens passarem essa fase com tranquilidade conseguirão construir uma sólida identidade. Mas caso contrário, estarão sempre fingindo ser o que não são.
Essa tese foi muito aceita e compartilhada pela comunidade de psicologia, e foi incorporada pela cultura ocidental através dos meios de comunicação de massa.
No Brasil, com relação a isto, Aberastury e Knobel (1981) foram um marco histórico no estudo da adolescência na perspectiva psicanalítica. De acordo com os próprios, a adolescência é um momento crucial na vida do homem e constitui a etapa decisiva de um processo de desprendimento, destacando esse período como um período cheio de contradições, momentos confusos e dolorosos. Afirmando ainda que adolescência é o momento mais difícil da vida do homem.
Partindo para os aspectos históricos e sociais, pode-se afirmar que os jovens da sociedade contemporânea estão totalmente expostos a todas as consequências produzidas pelo mundo globalizado e pelo modelo capitalista vigente. Como já dito anteriormente é um fato histórico que os adolescentes são amplamente influenciáveis. Assim, na sociedade atual, com a explosão dos meios de comunicação, os mesmos se veem pressionados a incorporar determinados estereótipos que podem ser gravemente prejudiciais tanto para a saúde física como para a saúde mental.
Da mesma forma, verifica-se que o jovem não é algo que se molda naturalmente. Mas sim, que suas características surgem nas relações sociais.
Além disso, essa pressão social percorre todos os aspectos da vida do adolescente, que em meio a toda esta confusão precisa tomar decisões extremamente importantes relacionadas ao seu futuro como cidadão, estudante e mercado de trabalho.
Para tanto, um ambiente familiar sólido, com pais presentes e responsáveis pode ser um fator crucial para que o jovem se sinta seguro, acolhido e responsável em sua tomada de decisão, deixando a adolescência o menos turbulenta possível.
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