Apostila Introdução Ao Visual Merchandising
Artigos Científicos: Apostila Introdução Ao Visual Merchandising. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: silvana.s • 17/3/2015 • 9.684 Palavras (39 Páginas) • 984 Visualizações
VISUAL MERCHANDISING
Prof. Silvana Souza
2013
Índice
Introdução
1. História do Visual Merchandising
2. Conceitos Gerais
2.1. Marketing
2.2. Marketing de Varejo
2.3. Merchandising
2.4. Visual Merchandising
3. Objetivos do Visual Merchandising
4. Tipos e Fases de Compra/Venda
5. Processo de decisão – comportamento do consumidor
6. Definições do Espaço
6.1. Os Hipermercados
6.2. As Cadeias Especializadas
6.3. As Lojas Populares
6.4. As Lojas de Departamento
6.5. Os designers e as marcas de Luxo
6.6. As Multimarcas
6.7. As Butiques
6.8. As Megastores
6.9. Pop-up Store ou Guerrilla Store
6.10. As Flagships
7. Calendário: Datas comemorativas e promocionais
8. Recursos Visuais
8.1. Cores: cartelas e tendências
9. Composição e técnica de exposição de produtos
9.1. Classificação das exposições
10. Tipologia e classificação das Vitrines
10.1. Manequins
11. Layout e Circulação
12. Iluminação
13. Som
14. Aroma
15. Movimento
Bibliografia
Introdução
Segundo o POPAI (Point-Of-Purchase Advertising Institute), 71% das decisões de compra dos consumidores, são feitas no ponto de venda, número que mostra claramente o quanto o visual merchandising pode ser importante no momento da visita do cliente a um espaço comercial. Uma vez dentro de um negócio, a ideia é que o consumidor permaneça no espaço o maior tempo possível, para que conheça as mercadorias e produtos gerando compra e renda para o negócio. Expor os produtos de maneira adequada, harmônica e de fácil acesso não só induz a compra, como cria toda a ambientação de caráter estético ao negócio.
O Visual Merchandising, portanto, atua no ponto de venda, no exato momento em que o cliente fica frente a frente com o produto. É uma prática que envolve variadas ações dentro do espaço comercial e que inclui não só a produção da vitrine, mas a do mobiliário e de toda a comunicação visual da loja, atendimento, objetos, iluminação, etc.
As informações que seguem o ajudarão no entendimento de como essas técnicas funcionam, detalhe por detalhe, e como se utilizar delas da melhor maneira possível dentro de cada situação que aparecer.
1. História do Visual Merchandising
As interpretações dos estudiosos são variadas quanto o surgimento de um estudo aprofundado relacionado ao comercio, mas vestígios dessas técnicas podem ser percebidos desde as feiras medievais (em torno de 500 a. C.) e que podem ser vistas até hoje. As feiras de rua tinham a melhor forma de exposição dos produtos, tão próximas do consumidor que estes podiam escolher facilmente os produtos que lhes interessava.
Entre todas as feiras medievais, as mais importantes aconteciam em Champanhe, pois ligavam a Itália aos países baixos, acabando por atrair mercadores de toda Europa. Esses comerciantes se deslocavam de uma região a outra, comercializando produtos como especiarias, tapeçarias, artesanato e alguns alimentos. Eles foram responsáveis pelo desenvolvimento econômico do continente.
Com o passar do tempo, esses comerciantes foram se adaptando, encontrando imóveis onde pudessem manter seu comércio sem precisar deslocar-se continuamente.
Os primeiros comércios físicos propriamente ditos que existiram não proporcionavam muito interesse ao consumidor. Na verdade eles existiam apenas como necessidade. Até o século XVIII, o cliente entrava em pequenos armazéns, onde de trás de um balcão o vendedor o atendia, providenciando o que fosse solicitado. O cliente não podia tocar, ver de perto ou sentir o produto antes de adquiri-lo.
O surgimento da concorrência fez com que essa logística fosse aos poucos substituída por detalhes importantes, como produtos mais próximos do cliente, uma fachada que chamasse o consumidor, vitrines...
A Exposição Internacional de 1851, em Londres, foi o primeiro evento em que arquitetura das lojas e de suas vitrinas foi considerado um savoir-faire. Durante os cento e quarenta dias em que esteve aberta ao público, foi visitada por mais de seis milhões de visitantes e teve de lucro cento e oitenta e seis mil libras.
Chamada "A Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria das Nações do Mundo", sua importância se dá pois pela primeira vez artistas, arquitetos, cientistas e comerciantes exibiram, discutiram e promoveram seus produtos. A Grande Exposição Universal de Londres foi um marco histórico para o visual merchandising pois reunia em um só lugar todos os conhecimentos que no século XX dariam origem ao mecanismo de consumo atual. Hoje, vários países mostram a importância do visual merchandising em exposições e livros comemorativos.
A partir dos anos 1950, o aumento do padrão de vida, a explosão da natalidade e o desenvolvimento do trabalho feminino e suas consequências sobre o poder aquisitivo e consumo causaram uma evolução rápida no contexto socioeconômico mundial. Entre o consumo do inicio dos anos 1950 e o megaconsumo visto nos tempos atuais, podemos visualizar uma rápida evolução que teve início com o pós-guerra, com base na recuperação dos mecanismos de produção e de investimentos nas infraestruturas, que prosseguiu até meados de 1970. A fabricação em massa de produtos de grande consumo tornou-se uma prioridade e permitiu o nascimento da “sociedade de consumo”. Mas as estruturas de um
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