Artes Futuristas

Artes plásticas

Em 1910, Marinetti, Umberto Boccioni, Luigi Russolo e Carlo Carrà criaram o “Manifesto dos pintores futuristas”, extremamente marcante porque determina que todas as relações com as artes antigas e tradicionais deveriam ser rompidas, assim como os museus e bibliotecas deveriam ser destruídos.

A pintura tentava representar a velocidade, o dinamismo, o espírito da sociedade industrial; para isso os pintores costumavam tentar desmaterializar a imagem e criar a impressão de que o que está sendo visto é algo em movimento real, usando cores vivas, contrastes, sobreposições de imagens e repetições de traços e formas.

Na escultura essa ideia teve menos resultado, pela dificuldade de representar movimento em uma figura estática; para facilitar foram feitas experiências com vidro e papel, mas não tiveram muita visibilidade; a obra mais conhecida é Formas Únicas na Continuidade do Espaço (1913), de Umberto Boccioni, que tenta passar a ideia de movimento e força.

(Pintura)Dinamismo de um automóvel, Luigi Russolo

(Escultura) Formas Únicas de Continuidade no Espaço, Umberto Boccioni (1913)

Música

A música Futurista, assim como as outras artes, deveria expressar o pensamento da nova sociedade moderna, que reverenciava as maquinas e seu dinamismo.

Para isso, artistas de outras áreas se aproximaram da música, o maior exemplo sendo o pintor italiano Luigi Russolo. Russolo criou o manifesto "A arte dos ruídos" onde dizia que a musica já tinha atingido uma complexidade tão grande que o próximo passo lógico em sua evolução seria a incorporação de sons como estouros, explosões, sussurros, sons de materiais como a madeira e o metal, vozes de animais e de homens, gritos e gemidos, sendo essa transformação um reflexo das paisagens sonoras ruidosas, barulhentas, do início do século XX.

Para dar mais ênfase em sua teoria, Russolo inventou os instrumentos conhecidos como "Intonarumori" ou cornetas (foto), usados para gerar esse tipo diferente de som, esse ruído.

(foto) Luigi Russolo (à esquerda) e as cornetas, um de seus instrumentos experimentais.

Teatro

Em 1915, Marinetti, Emilio Settimelli e Bruno Corra assinaram o "Manifesto do teatro futurista sintético", onde propunham um teatro rápido, simultâneo, ilógico, que incluísse a tecnologi para a interação com o publico, para que assim se tranformasse de teatro de atos para um "teatro de atimos" que valorizasse a beleza da velocidade. Defendiam as representações de apenas 2 ou 3 minutos, com pequeno ou nenhum texto, poucos atores e vários objetos em cena.

Esse manifesto, na verdade, foi publicado 4 anos depois de este conceito ter chegado ao publico, o que ocorreu quando um jornal abriu concurso para que seus leitores enviassem peças com no máximo 50 linhas, que seriam publicadas. Apesar deste novo tipo de teatro trazer a possibilidade de que peças inteiras pudessem ser publicadas em um folhetim, por exemplo, a contribuição e repercussão desse campo da arte no futurismo foram quase nulas.

Cinema

Para os futuristas, o cinema era naturalmente