Auto Da Barca
Pesquisas Acadêmicas: Auto Da Barca. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: josemonthomaz • 24/9/2014 • 1.628 Palavras (7 Páginas) • 386 Visualizações
Biografia
Gil Vicente nasceu por volta de 1465 em Portugal. Viveu em Lisboa, amado por duas vezes teve 5 filhos, sendo dois deles que organizariam suas primeiras complicação de suas obras.
Gil Vicente foi um dos principais animadores dos sirões da corte durante 3 décadas representando mais de 40 autores. Foi considerado um autor de transição entre a idade media e o renascimento, muitas obras foram desenvolvidas a partir do teatro medieval, que pregava valores religiosos. Outros apontam uma concepção humanista, tomando posições criticas. Em 1531 defendou os cristões novos, à quem tinha atribuído a responsabilidade pelo terremoto de Santarém e no “Auto da India” Duas obras são classificadas em três grupos: obras de emoção farsas e comédias porem os críticos defendem os seguintes títulos: Autos de Moralidade, Autos Cavalheirescos e Pastores, farsas e alegorias de temas. Mas encontra-se um mesclado de tipos em apenas uma obra.
Foi um Gênio da dramaturgia capaz de encontrar soluções para as necessidades. Foi considerado verdadeiro criado do teatro nacional de Portugal, por este motivo suas obras possuem valores inestimáveis.
Morreu em um local desconhecido por volta de 1538 aos 71 anos, não foi uma data comparada mas deixa-se de encontro referencias aos seu nome nos documentos da época.
Contexto históricos:
Época do humanismo, movimento cultural idealizado pelos "Humanistas", com tais características: decadência do feudalismo e fortalecimento do poder real; nascimento do mercantilismo; desenvolvimento da burguesia e valorização da nobreza; grandes navegações e estabelecimento das rotas comerciais e crises religiosas (Teocentrismo x Antropocentrismo). Com o Renascimento, a literatura amadure e sofre influência grega e latina. Até mesmo a linguagem passa por um processo de latinização onde se transforma e se sofistica.
Em Portugal, fatos importantes da época foram: Revolução de Avis (1383-1885); desenvolvimento das artes e das letras; solução ultramarina, onde ocorreu a conquista das terras africanas, descoberta e ultrapassagem do Cabo das Tormentas, chegada à Índia; descobrimento do Brasil, ocasião que Portugal vira um império poderoso; nomeação de Fernão Lopes para a Guarda-mor e cronista-mor ; volta de Sá de Miranda da Itália (1527).
Tivemos muitas mudanças ocorridas e na literais onde temos a substituição da cultura medieval para a nova maneira de enxergar o homem e a vida.
Na poesia desaparecem as cantigas e as figuras do trovador, substituídas por uma nova técnica de criação poética e um novo campo de trabalho para o poeta.
Na prosa as novelas permanecem, porém com novos gêneros.
No teatro as representações medievais, foram enriquecidas com novos elementos cênicos, temas modernos, elevando- se à categoria de arte graças ao trabalho de Gil Vicente.
Escola Literária.
Humanismo.
O Humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o renascentismo, a partir dai o ser humano passou a ser valorizado, inclusive, foi nesta época que surgiu a burguesia.
Com o aparecimento desta classe social foram surgindo cidades e muitas pessoas passaram a sair dos campos para habitar estas cidades como consequência o feudalismo acabou desaparecendo. Foram criadas novas leis e o poder passou a ser concentrado na mão da burguesia, foi por esse motivo que o status econômico passou a ser muito valorizado.
As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. Na religião o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.
Também ocorreram manifestações, e o teatro foi a manifestação onde ficava mais evidente as características desta época. Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, apresentando mais de 40 obras, das quais eram divididas em autos (peças teatrais com o assunto principal que era a religião) e farsas (peças cômicas e curtas com enredo baseado no cotidiano).
Resumo da obra:
Clássico da literatura, o livro "Auto da Barca do Inferno" consegue se mostrar contemporâneo, ele retrata a sociedade portuguesa do século XVI e ao mesmo tempo temas atuais, com uma sátira à sociedade.
Escrita em 1517, o Auto é uma peça teatral, dividida em cenas e atos. O cenário é um porto onde encontram- se duas barcas, uma guiada pelo diabo para o inferno e outra guiada pelo anjo para o paraíso, sendo deles a decisão de quem entra cada barca.
Análise dos Personagens.Trechos para comprovar as características das personagens.
Explicar o título da obra...auto...peça de.....
Os personagens desta obra são divididos em dois grupos: as personagens alegóricas e as personagens-tipo. No primeiro grupo temos o Anjo e o Diabo, representando o Bem e o Mal, o Céu e o Inferno. Esses personagens são os que julgam as almas, considerando seus pecados em vida. No segundo grupo temos os personagens restantes, tais como o Fidalgo (representando a nobreza exploradora e arrogante), o Onzeneiro (usuário, correspondente aos banqueiros de hoje), o Sapateiro (os artesãos, que hoje corresponderiam a um misto de industrias e comerciantes), o Parvo (bobo), o Frade (Frei Babriel), a Brísida Vaz (prostituição), o Judeu (Semifará), os juízes Corregedor e Procurador (a magistratura corrupta) , o Enforcado e os Quatro Cavaleiros.
Nessa análise das personagens cada uma representa uma classe social, profissão ou uma crença. Com o surgimento dos personagens, vemos que todos têm elementos simbólicos que representam os seus pecados na vida e demonstram que os personagens não tem arrependimento por eles.
Os símbolos cênicos de cada personagem são:
Anjo ou o Arrais do Céu: Fala pouco e só se manifesta quando necessário e raramente utiliza argumentos irônicos e apenas espera as das poucas almas puras que no final acabam sendo escassas.
Diabo ou o Arrais do Inferno: É aquele que tem a voz ativa durante toda a encenação, e faz com que o embarque à Barca do Inferno pareça
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