CRÔNICA - O GIGANTE DESCONHECIDO

O GIGANTE, ATÉ ENTÃO, DESCONHECIDO...

Neste Domingo de Novembro, decidi contar essa história inédita, cheia de fatos alegres e, outros não tão alegres, dos quais vieram lições de aprendizado até aqui...

Em 1987, uma linda jovem (de 29 anos, goiana, com uma vida profissional estabilizada, oriunda da datilografia), em uma viagem para o casamento de uma amiga em MG, conhece um jovem trabalhador (de 26 anos, destemido, aventureiro, que sustentava sua mãe e seus irmãos, como caminhoneiro), e então, começa o envio de cartas de um para o outro, que resulta em uma paixão avassaladora, cuja jovem larga tudo para viver este grande amor e o jovem assume o relacionamento sério.

Em 1989, o casal começa a residir em MG com juras de amor, para toda a vida; em Junho, de 1990, a jovem engravida do 1º fruto deste amor, e por trâmites do destino, o real protagonista desta história nasce prematuro, faltando 2 semanas para completar 7 meses de vida. Para muitos que olhavam, este bebê não passaria do 1º mês de vida, pois nasceu com falta de ar oxigênio no cérebro, do tamanho de uma caixa de sapatos; com esta realidade, a família materna fez uma corrente de orações por um longo período, e este ato resulta na resposta de vida para o bebê, quando começa a ganhar peso, e após 45 dias de UTI Neonatal, ganha alta e começa a viver em casa, com os pais e familiares mais “corujas” do mundo.

Em 1993, o casal observando o seu herdeiro, já com 3 anos (o qual posicionava os pés como uma bailarina e batia os joelhos um no outro, impossibilitando o assentar perfeito), descobre que o seu 1º fruto possui Paralisia Cerebral e, por isso, precisa passar por cirurgias sérias para ter uma melhor qualidade de vida. O protagonista começa a enfrentar as circunstâncias desagradáveis de sua vida, passando pelas cirurgias e com 45 dias de pós cirúrgico, o sangue do local operado coagula, parando a cicatrização; nisto, os pais correm e os médicos dão 2 opções: “Ou esprememos o sangue coagulado ou teremos que amputar a perna”. A mãe prefere ouvir os gritos do filho ao espremer a coagulação.

O gigante desta história, cresce com dificuldades para locomover, pois lhe falta o equilíbrio corporal, dependendo assim, numa escola pública sem qualquer especialização, de colegas para o levarem ao banheiro, os quais nem sempre tinham conscientização. Mas, o campeão tem uma inteligência incrível e nunca perdeu a força de vontade para viver. Em meio à dificuldades físicas e frustrações psicológicas (por querer jogar bola, correr, andar de bicicleta, e não poder), ele tirava força disso tudo e começou a conquistar as suas realizações pessoais; ele sempre foi rodeado de pessoas agradáveis, conseguiu tratamento no Sara Kubistchek, em Brasília, do qual ganhou uma bengala para a locomoção independente, formou-se na pré-escola, no fundamental e no ensino médio, sendo esta conquistada em 2008.

Em Fevereiro de 2008, o guerreiro, agora jovem, decidido a mudar de vida e encontrar uma explicação, para tudo que viveu até aquele momento, querendo apagar o vazio e a falta de sentido que existia em seu coração, resolveu conhecer o DEUS que sua mãe lhe falava, que morava no céu, e sendo assim, foi ao Arena Jovem, ao convite de uma amiga e vizinha, e sentiu o quão grande é o amor que DEUS tinha por ELE, entregou seu coração e sua vida