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Como Escrever Corretamente

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Por:   •  12/10/2014  •  358 Palavras (2 Páginas)  •  344 Visualizações

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Não sabe como escrever uma palavra? É com S ou com Z? Para esse tipo de dúvida, tão comum em português, deve-se entender que a língua tem, basicamente, dois sistemas de escrita: regular e irregular.

Muitas vezes, as grafias não podem ser explicadas por nenhuma regra, pois é a origem da palavra ou a tradição de uso que justificam a forma de escrever. Por exemplo, a palavra "hoje" é escrita com "h" devido à etimologia do termo, pois a forma latina é "hodie".

Em outras situações, no entanto, é possível prever a grafia, porque se pode "adivinhar" sua forma. Por exemplo: a palavra "português", que é escrita com "s" e não com "z". Logo, as outras palavras do mesmo grupo, como "francês", "japonês" ou "norueguês", são também escritas assim, com S!

Os adjetivos que indicam lugar de origem são escritos com "s" e não com "z". Verifique: português, portuguesa, portugueses, portuguesas, francês, francesa, franceses, francesas, norueguês, norueguesa, noruegueses, norueguesas, finlandês, finlandesa, finlandeses, japonês, japonesa, japoneses, japonesas... Amplie a lista e confirme a regra!

Para finalizar, vamos pensar nos casos de regularidades contextuais. Mas o que é isso, afinal? Vejamos um bom exemplo. Quando o som é nasal, na escrita podemos indicá-lo de diversas maneiras: "camponês", "canto", "anã", "linha".

A regularidade é chamada de contextual porque depende da posição da letra na palavra ou sílaba. No caso da nasalização, analise a tabela a seguir.

Ocorrência de nasalização Regularidades

homem, tatuagem, homenagem, triagem, tiragem, amém, também, ninguém Em posição final de palavra, a nasalização do ditongo /ei/ é marcada na escrita com “m”.

banda, cantar, andou, brincava, mansa, camponês, também Em posição final de sílaba, a nasalização é marcada com “n”. Atenção: antes das letras “p” e “b”, o som nasal é representado por “m” e não “n”.

anã, manhã, sã, vilã Em posição final, a vogal nasal é marcada com til.

linha, galinha, minha, tinha, latinha O dígrafo “nh” também é marca de nasalidade (representa um fonema consonantal nasal).

Então? Não é bom constatar que sabemos mais do que imaginávamos? É bem produtiva a compreensão das regularidades do sistema de escrita, não é verdade? Se descobrirmos o princípio que gera uma grafia, podemos inferir muitas outras formas relativas ao mesmo princípio... A nossa memória agradece!

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