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Dadaísmo

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Por:   •  25/3/2015  •  2.530 Palavras (11 Páginas)  •  298 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Como sabemos a História está em constantes mutações e é nas rupturas que encontramos o progresso. Aqui entra o flagelo da 1ª Guerra Mundial, que se intercalou com o movimento artístico chamado Dadaísmo, que nasceu com a discordância entre o mundo bélico e o mundo artístico, sendo das principais caraterísticas a satirização da sociedade, que apesar de curta duração (1916-1922) fizeram-se ouvir! Naturalmente que o estilo dadaísta nasceu no seio da 1ªGrande Guerra, mais propriamente num país neutro (Suíça) onde os artistas se refugiaram da mesma. Zurique aparece como o epicentro deste movimento que rapidamente se expandiu um pouco por todo mundo, muito devido ao dinamismo criado pelas várias áreas que o dadaísmo envolve, como a pintura, escrita, escultura entre outras… Este movimento em nada coincide com qualquer outro estilo até então. Implementando um cunho próprio que em muito se resume à liberdade de criação não seguindo qualquer tipo de norma de convenção, facilitou a rápida atenção do público para os vários acontecimentos, em foco a 1ª Guerra Mundial e a sua conjetura.

1. Origem do Dadaísmo

O Dadaísmo surgiu na Suíça, em 1916, junto a um grupo de artistas e escritores europeus que se abrigaram na neutralidade política daquele país, fugidos da instabilidade e do horror da Primeira Guerra Mundial.

Ao contrário de outras correntes artísticas, o dadaísmo apresenta-se como um movimente de crítica cultural mais ampla, que interpela não somente as artes, mas modelos culturais passados e presentes. Trata-se de um movimento radical de contestação de valores que utiliza variados canais de expressão: revista, exposições e outros. As manifestações dos grupos dada são intencionalmente desordenadas e pautadas pelo desejo do choque e do escândalo, procedimentos típicos das vanguardas de modo geral. A criação do Cabaré Voltaire, 1916, em Zurique, inaugura oficialmente o dadaísmo.

Fundado pelos escritores alemães Hugo Ball e R. Ruelsenbeck, e pelo pintor e escultor alsaciano Hans Arp, o clube literário – ao mesmo tempo galeria de exposições e sala de teatro – promove encontros dedicados à música, dança, poesia, artes russa e francesa. O termo dada é encontrado por acaso em uma consulta a um dicionário francês. “Cavalo de brinquedo”, sentido original da palavra, não guarda relação direta, nem necessária, com bandeiras ou programas, daí o seu valor: sinaliza uma escolha aleatória (princípio central da criação para os dadaístas), contrariando qualquer sentido de eleição racional. “O termo nada significa”, afirma o poeta romeno Tristan Tzara, integrante do núcleo primeiro.

Este movimento é o reflexo da perspectiva diante das consequências emocionais trazidas pela Primeira Guerra Mundial: o sentimento de revolta, de agressividade, de indignação, de instabilidade.

O Dadaísmo é considerado a radicalização das três vanguardas europeias anteriores: o Futurismo, o Expressionismo e o Cubismo. Os artistas desse período eram contra o capitalismo burguês e a guerra promovida com motivação capitalista. A intenção desta vanguarda é destruir os valores burgueses e a arte tradicional.

2. Cabaré Voltaire

O Cabaret Voltaire é um clube noturno, criado em 5 de Fevereiro de 1916, em Zurique (Suíça), dirigido pelo filósofo, poeta e romancista Hugo Ball, e pela sua companheira, a cantora e poeta Emmy Hennings, e com ele surge também, oficialmente, o Dadaísmo, uma vanguarda modernista.

Este espaço dava aos artistas as condições para a liberdade artística e para a experimentação. Formado por um grupo de escritores, poetas e artistas plásticos, dois dele desertores do serviço militar alemão, liberados por Tristan Tzara e Hans Arp.

Cabaret Voltaire também foi o nome da revista criada pelo grupo dadaísta de Zurique, a partir de Maio de 1916, em línguas alemã e francesa.

Embora o Cabaret tenha sido o berço do movimento dadaísta, também contou com artistas de todos os setores da vanguarda, incluindo o futurismo de Marinetti. Marcel Duchamp, na América, continuou o dadaísmo europeu com muito humor e com a proposta de dessacralizar a obra de arte, trouxe objetos do cotidiano para as exposições. Criou um ater ego feminino, Rose Sélavy, e travestia-se em apresentações nas ruas de Nova Iorque.

Em seus desdobramentos mais recentes, encontramos na música industrial uma mescla de futurismo (porém sem mesmo otimismo em relação ao progresso do movimento inicial) com dadaísmo no conjunto Cabaret Voltaire, uma banda britânica da década de 1980, as encenações teatrais em suas performances seguem a proposta Dada.

Todas as noites, neste local, se processa uma orgia de poemas, canções e danças. A poucos metros dali, curiosamente, mora o exilado russo Lênin, que no ano seguinte comandaria a Revolução Soviética. A principal figura do movimento, o romeno Tristan Tzara faz então a leitura do Manifesto do senhor Antipirina e estabelece a negação mais radical das tradições artísticas do Ocidente, em todos os tempos. Outros escritores recitam os seus textos, interrompendo-os com gritos, soluços, cacarejos e cantos bizarros. De vez em quando, um desses artistas ofende os espectadores com pesados insultos e a plateia geralmente reage com indignação.

3. Características do Movimento

Será possível determinar algumas “características”, ou chamar o dadaísmo de “movimento”, quando seus seguidores exorcizavam quaisquer atributos para classificar suas próprias ações? Porque sua única regra era: não observar regras.

Mesmo assim podemos citar algumas características do Dadaísmo, por exemplo: a agressividade verbalizada, a desordem das palavras, a incoerência, a banalização da rima, da lógica, do raciocínio. Faz uso do non-sense, ou seja, da falta de sentido da linguagem, as palavras são dispostas conforme surgem no pensamento, a fim de ridicularizar o tradicionalismo.

4. Arte, Acaso da Natureza

A Primeira Guerra Mundial estava às portas. Pintores, poetas, pacifistas, filósofos e músicos de todas as nacionalidades se reuniam no Cabaret Voltaire, no solo neutro da Suíça. "Eles eram contra a sociedade pequeno-burguesa decadente, contra autoridades na política e na Igreja e, de maneira não pouco significativa, contra o aparato da arte estabelecida", como explica Raimund Meyer, responsável pela exposição Dada Global, de 1994, em Zurique.

Dada é espatifar aquilo que até então era válido, quer dizer, não mais utilizar a tinta

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