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FAMÍLIA E EDUCAÇÃO: TRABALHO DE MÃOS DADAS

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Por:   •  13/4/2013  •  Tese  •  2.409 Palavras (10 Páginas)  •  609 Visualizações

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FAMÍLIA E EDUCAÇÃO: TRABALHO DE MÃOS DADAS

Atualmente, vive-se numa época em que a desintegração dos valores são os maiores obstáculos para o ser humano. Valores como a ética e cidadania estão sendo banidos e deixados muitas vezes de fora da formação do indivíduo. As instituições sociais como a família e a escola não podem deixar isso continuar a acontecer sem fazer nada para mudar essa situação. É preciso uma integração dessas duas instituições, com objetivos comuns e com pessoal responsável e metodologias adequadas para se tentar resgatar esses valores tão importantes na formação do caráter das crianças, pois as atitudes não nascem conosco, elas são adquiridas no processo de integração do indivíduo com a sociedade.

Quando nascemos à formação da criança é estimulada pela mãe, é nela que este se molda, se espelha, se descobre e começa a se identificar com o grupo ao qual pertence, onde terá contato com a cultura e as crenças de cada grupo. Segundo a linha de alguns estudiosos, como Freud, dizia que a criança passa por vários estágios psicossexuais de desenvolvimento, como o estagio oral, que ocorre no primeiro ano de vida da criança, que é a fase do engolir, chupar, morder, cuspir, onde ocorre também o sentimento de dependência. Em seguida vem o estagio anal, esse ocorre no segundo ano de vida da criança, onde a mesma consegue adiar o alivio das tensões anais e alguns outros aspectos; O estagio fálico, por volta do terceiro ao quinto ano de vida, onde acontece o complexo de Édipo; a fase da latência que é do sexto ao décimo primeiro ano, algo que está em desenvolvimento, e por ultimo o estágio genital, que ocorre na adolescência em diante, que é a superação do narcisismo pelo altruísmo, que nada mais é do que a importância do amor do seu próximo. E na visão de Piaget e kohlberg, a criança passa por fases de desenvolvimento orgânico e experiências sociais.

Como vimos na disciplina do Processo Educativo no Contexto Histórico, até o final da Idade Média, a criança era considerada pela sociedade como um “adulto em miniatura”, pois seu modo de se vestir, brincadeira e até mesmo o trabalho realizado era igual ao destinado aos adultos.

Ao longo dos tempos, começam ocorrer um processo de transformação social, cultural, política e econômica, havendo uma mudança de adaptação do meio rural para o meio urbano, dando inicio a urbanização.

É na modernidade que a família e a escola se tornaram as principais instituições educativas. Vão surgindo valores e mudanças de papéis, pois a criança passa ter um papel importante para as famílias e escola, passando a ter uma infância e a ser vista e tratada como criança, tornando-se amada e paparicada, deixando de lado os hábitos de mini adultos, onde a sociedade começa a visar o desenvolvimento e formação dessa criança, considerando os aspectos afetivos, sociais e cognitivos, à qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania, devem estar fundamentadas em alguns princípios básicos para que ela possa viver com dignidade.

Segundo Durkheim, vivemos em uma sociedade capitalista, que nada mais é que um organismo biológico, onde cada um corresponde a uma instituição social, no qual os papéis deveriam criar e estabelecer leis para que os indivíduos a cumprissem, assim desenvolveriam um estado de harmonia social e consequentemente o progresso da sociedade. Para Weber, a sociedade moderna se caracteriza pela complexidade das relações sociais, exigindo para o seu funcionamento o aperfeiçoamento de organizações racionais e burocráticas. E para Marx, a desigualdade social só será superada quando os trabalhadores se unirem para modificar as relações sociais. Mas de acordo com o texto “A Criança”, existe grandes desigualdades sociais presentes em nosso cotidiano, onde algumas crianças são protegidas de todas as maneiras, recebendo de suas famílias e da sociedade em geral todos os cuidados necessários ao seu desenvolvimento e a maioria enfrentam um cotidiano bastante adverso, que as conduz desde muito cedo a precárias condições de vida, ao trabalho infantil, ao abuso e exploração por parte de adultos.

A escola pode auxiliar no processo de inserção da criança na sociedade, através de uma educação libertadora e humana, embasando conceitos e valores de transformação de mundo, preparando a criança para trabalhar no coletivo e individualmente, sendo capaz de transformar suas futuras gerações, ensinando que para viver em sociedade, temos que compreender que existem regras, direitos e deveres que devemos seguir e cumprir.

A escola transmite ao aluno a opinião ética da sociedade, uma vez que muitas coisas que consideramos corretas ou de nosso direito não são bem aceitas pela sociedade. Ela também nos transporta ao outros lugares sem nem mesmo sair do lugar, fazendo com que não venhamos a ficar presos em um só pensamento.

A escola deve enfatizar e resgatar a participação da família, na educação das crianças de forma efetiva e presente, considerando que os pais se tornem participativos e cooperativos para a preparação do educando, para que este possa ser inserido e agir na sociedade mais ampla e global, de forma positiva e produtiva para ele e para a sociedade em que convive; junto com a família, devem caminhar para que possa haver uma troca de conhecimentos, físico, intelectual, emocional, e social.

A orientação ao educando precisa estar voltada para estratégias que irão possibilitar cada um deles a assumir efetivamente os valores humanos como consciência e responsabilidade para que seja agente de transformação na realidade em que vive. Sendo assim, a instituição escolar com toda a sua equipe possui uma grande tarefa, a de não deixar que o ambiente escolar seja expectador dos problemas sociais; o pleno exercício da cidadania inclui a prática do ato educativo e requer a participação ativa e compromissada dos cidadãos.

Concluímos que educar com foco na diversidade é um desafio constante por parte tanto dos professores como das instituições de ensino. As práticas escolares são insuficientes. A realidade é que a sociedade quer enxergar somente aquilo que deseja, o que torna os obstáculos ainda mais difíceis. A formação de professores críticos e reflexivos, de intelectuais engajados e capacitados para construção da cidadania na sala de aula é um desafio emergente e imprescindível em qualquer tentativa consequente de transformação da escola, buscar uma educação de qualidade, uma escola para todos, tem sido um dos grandes desafios encontrados por todos aqueles que trabalham com a formação dos profissionais da educação. Novas perspectivas começam a ser discutidas para que possamos construir uma escola de

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