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Exercicio De Analise De Texto

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Por:   •  27/8/2013  •  581 Palavras (3 Páginas)  •  6.844 Visualizações

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Tenho vindo a dizê-lo repetidas vezes: trata-se de uma mera vingança da sociedade, mas não traz qualquer solução para os problemas sociais e económicos que levam ao crime. Daí que considere que é inaceitável a pena de morte. De facto, uma tal penalização em nada repara o sofrimento da vida ou da família; em nada serve de castigo exemplar, pois, se o fosse, bastava ter havido um só executado; em nada segue o exemplo dado pelos paí­ses civilizados, em que tem sido transformada em prisão perpétua sem que isso represente um aumento das respectivas taxas de criminalidade; em nada reduz um direito da socie­dade, pois se não foi ela que deu a vida ao criminoso, também não será ela que tem o di­reito de lha retirar; em nada simboliza um gesto da humanidade, de amor ao próximo e de fraternidade, cuja carência está, psicologicamente, na base de qualquer crime violento. Em nada se pode basear a defesa de tão repugnante, vil, odioso e chocante procedimento como a pena de morte.

Manifesto Anónimo

1. Identifique o problema sobre o qual o texto toma posição.

Problema: A pena de morte é aceitável?

2. Identifique a tese central do autor.

Defende – se a tese de que a pena de morte é injustificada sob todos os ângulos: não defende a sociedade con­tra o crime, não está de acordo com a moral nem com o direito.

3. Explicite os argumentos apresentados.

Argumento que critica a ideia da pena de morte como reparação do sofrimento:

A pena de morte é legítima apenas se a pena de morte reparar o sofrimento. Mas a pena de morte não repara o sofrimento. Logo, a pena de morte não é legítima. (Muitas pessoas tendem a usar, como primeira premissa, a afirmação "Se a pena de morte repara o sofrimento, então a pena de morte é legítima", o que torna o ar­gumento inválido, um caso da falácia da negação do antecedente.)

Argumento que critica a ideia da pena de morte como castigo exemplar:

Se a pena de morte fosse um castigo exemplar, então bastaria uma execução para prevenir crimes susceptíveis de pena de morte. Ora, já se deram e continuam a dar execuções. Logo, é falso que as execuções previnam crimes susceptíveis de pena de morte. Logo, é falso que a pena de morte seja um castigo exemplar.

Argumento baseado no progresso civilizacional:

Os países mais civilizados substituem a pena de morte pela prisão perpétua, sem a desvantagem do aumento de crimes. Devemos seguir os países mais civilizados na substituição da pena de morte pela de prisão perpétua. Ora, os países mais civili-

zados substituem a pena de morte pela prisão perpétua e sem desvantagens. Logo, devemos, como os países mais civilizados, substituir a pena de morte pela prisão perpétua.

Argumento baseado nos princípios do direito:

Se não foi a sociedade que deu a vida ao criminoso, também não é ela que tem o direito de lha retirar. Não foi a sociedade que deu a vida ao criminoso. Logo, a so­ciedade não tem o direito de retirar a vida ao criminoso.

Argumento baseado nas condições da boa cidadania

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