FILME CAPITALISMO: UMA HISTÓRIA DE AMOR

O filme documentário “Capitalismo: Uma História de Amor” (2009), dirigido por Michael Moore, tem como ponto de partida a crise das hipotecas suprime em 2007, nos Estados Unidos e a crise financeira americana, na transição do governo de George W. Bush para o atual presidente americano, Barack Obama. A principal causa dessa crise foi a falta de liquidez bancária, ou seja, para cada dólar emprestado o banco deveria ter um dólar em “cash money”, o que não ocorreu.

No filme, o próprio sistema capitalista nos faz cair por si só. Onde, muitas famílias adquirem empréstimo no banco para visar cada vez mais dinheiro, mas é entrelaçado aos juros levando a uma bolha imobiliária americana que fazem com que se torna impossível o adimplemento por inteiro, fazendo com que percam seus imóveis por não quitação da hipoteca.

Em compensação, o governo permitiu que as empresas transnacionais continuassem a manufaturar, promovendo demissões em massa e bonificando generosamente seus executivos de alto escalão. Em meio a este processo, o trabalhador acaba sendo forçado a reinvestir seus ganhos no sistema que o explora, porque precisa de crédito para ter poder de compra e acaba sujeito a taxas de juros altíssimas, fazendo com que o ônus do neoliberalismo recai, sobre a classe trabalhadora. Por fim, bancos e grandes empresas, faziam escondidos seguros de vida de seus funcionários e esperavam a sua morte para lucrar com esses seguros que não eram repassados para as famílias dos mortos. Com isso, as empresas que os compram, deseja que os empregados morram segundo as projeções da apólice. Aparentando querer nosso bem, as corporações possuíam segundas intenções, pretendendo sempre tirar proveito por traz das “oportunidades” que são garantidas, visando dominar o mercado e controlar indiretamente a vida da sociedade.

Diante dos expostos, os mais atingidos pela crise, mais especificamente foram os proprietários que houveram suas casas hipotecadas, e os operários que tiveram suas fábricas fechadas sem receber os seus direitos trabalhistas. Enquanto os bancos foram ressarcidos de todas as perdas na crise através de transferências vultosas de dinheiro oriundas do Governo americano. Logo os capitalistas que defendem a liberdade sem intervenção governamental, foram os que mais receberam ajuda do governo.

O filme exalta a democracia e diz que ela é a solução para o capitalismo, onde uma sociedade democrática tende a andar conforme os ditames do povo. Desse modo, se faz necessário que a prática realmente seja democrática, que o povo saiba os importantes valores e princípios que um Estado tende a possuir para a prosperidade e, com isso, conseguir mediante sua qualificação, escolher representantes que realmente não ficarão de olhos vendados para o coletivo e com foco no capitalismo.