Feminicídio: Mulheres indefesas ou homens violentos?
Por: Castro.laari • 18/9/2018 • Dissertação • 306 Palavras (2 Páginas) • 122 Visualizações
O feminicídio caracteriza-se pela perseguição e morte intencional de pessoas do sexo feminino e se configura quando é comprovada que as causas da morte foram pelo simples fato do indivíduo ser mulher.<br>
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De modo geral, o feminicídio pode ser considerado uma forma extrema de misoginia, ou seja, ódio e repulsa às mulheres ou contra tudo o que seja ligado ao feminino. <br>
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Um caso que chocou o país foi o de Stefhani Brito, de 22 anos. Que foi carregada morta por horas na garupa de uma moto e abandonada às margens da Lagoa da Libânia, em Fortaleza. O seu ex companheiro já havia sido acusado de diversas agressões contra a vítima e é apontado como sendo o autor do crime.<br>
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Trata-se de um crime de ódio. O conceito surgiu na década de 1970 com o fim de reconhecer e dar visibilidade à discriminação, opressão, desigualdade e violência contra as mulheres, que, em sua forma mais aguda, termina em morte. Essa forma de assassinato não constitui um evento isolado e nem repentino ou inesperado; ao contrário, faz parte de um processo contínuo de violências, cujas raízes misóginas caracterizam o uso de violência extrema. Inclui uma vasta gama de abusos, desde verbais, físicos e sexuais, como o estupro, e diversas formas de mutilação e etc.<br>
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Nomear e definir o problema é um passo importante, mas para coibir o crime é fundamental conhecer as características dos feminicídios, construindo um entendimento de que se tratam de mortes decorrentes da desigualdade de gênero e que, muitas vezes, o assassinato é o desfecho de um histórico de violências. Com isso, os feminicídios são considerados mortes evitáveis – ou seja, que não aconteceriam sem a conivência institucional e social às discriminações e violências contra as mulheres. Outro aspecto importante, neste contexto, é a responsabilidade do Estado que, por ação ou omissão, compactua com a perpetuação destas mortes.
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