Funções Linguisticas
Trabalho Escolar: Funções Linguisticas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: luanaoliveira • 16/4/2014 • 1.427 Palavras (6 Páginas) • 487 Visualizações
Gênero lírico
A principal característica do gênero em questão é a subjetividade. Por meio da poesia, o autor revela suas impressões ligadas ao mais profundo “eu”, extravasando emoções e sentimentos pela expressão verbal rítmica e melodiosa.
Cultuado desde os tempos da Antiguidade, era representado pelo canto, forma pela qual as composições poéticas eram apresentadas, acompanhadas do som de uma lira – um instrumento musical de cordas mais popular daquela época. A musicalidade era concebida como fonte inspiradora e criativa de todo o sentimentalismo em ascendência.
Tais formas poéticas, umas muito antigas, outras mais modernas, caracterizavam-se por apresentar um determinado número de versos, representadas por uma forma e ritmo específicos, geralmente fixos. Como forma de representá-las, vejamos os exemplos mais comuns:
Soneto – De origem italiana, surgido no século XIII, é um poema composto por quatro estrofes, sendo as duas primeiras com quatro versos (quartetos) e as duas últimas com três (tercetos). Essa forma perpetuou-se por todos os estilos literários, atingindo a contemporaneidade.
Elegia – Originado na Grécia, trata-se de um poema no qual a temática pauta-se pela morte ou outros acontecimentos tristes.
Écloga – poema que retrata a vida bucólica, os acontecimentos ligados à vida pastoril.
Idílio – Retratado sob a forma de diálogos, também traduz a temática campesina.
Ode - É um poema originário da Grécia, exaltando valores nobres sob um tom entusiástico.
Hino – ode destinada à exaltação dos deuses da pátria.
Há que se ressaltar que, além do espírito subjetivo, principal componente da poesia lírica, ela ainda conta com a participação do “eu-lírico”, ou seja, a própria voz que fala no poema, expressa pelas emoções e pelo sentimentalismo, no qual o eu–poético não mantém nenhuma ligação com o artista (o poeta).
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Gênero Dramático
A palavra “drama” vem do grego e significa “ação”, logo, é um acontecimento ou situação com intensidade emocional, a qual pode ser representada. No sentido literário, falar de drama é falar de teatro. Este gênero começou com a encenação em cultos a divindades gregas. A princípio os gregos abordavam apenas dois tipos de peças teatrais: a tragédia e a comédia. Algumas peças são bastante conhecidas e lidas até hoje, por serem marcos da dramaturgia da época: Prometeu acorrentado de Ésquilo; Édipo-rei e Electra de Sófocles; Medéia de Eurípedes e Menandro de Antífanes.
Neste estilo literário o narrador conta a história enquanto os atores encenam e dialogam através das personagens. Quanto aos estilos literários, esta modalidade literária compreende:
• Tragédia: representação de um fato trágico que causa catarse a quem assiste, ou seja, provoca alívio emocional da audiência.
• Comédia: representação de um fato cômico, que causa riso.
• Tragicomédia: é a mistura de elementos trágicos e cômicos.
• Farsa: peça teatral de caráter puramente caricatural, de crítica à sociedade, porém, sem preocupação de questionamento de valores.
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GÊNERO ÉPICO OU NARRATIVO
O gênero narrativo surgiu com os relatos de ações heroicas por volta do século VII a.C. A narrativa épica é feita em versos, num longo poema chamado de epopeia, que ressalta as excelentes qualidades de um herói, protagonista de fatos históricos ou maravilhosos. As epopeias que surgiram na civilização ocidental, na sua maioria, derivam de três obras básicas, que são tomadas como modelos perfeitos: Ilíada e Odisseia, escritas pelo poeta grego Homero (séc. VII a.C.), e Eneida, do poeta latino Virgílio (séc. I a.C.). Em Língua Portuguesa, o exemplo máximo da épica é Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões. Neste poema épico, o poeta relata as grandes conquistas do navegador português Vasco da Gama, que simboliza o povo lusitano dominando os mares no século XVI.
É notável nos textos épicos, a participação do sobrenatural na vida dos humanos. É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacionalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses tomam partidos e interferem nas aventuras dos heróis, ajudando-os ou atrapalhando-os.
O herói era considerado um ser superior aos seres comuns que o rodeavam. Tinha qualidades físicas e caráter que o colocavam em um plano superior ao da raça humana. Para os gregos, o herói era um semideus. Todos os povos têm necessidade de heróis que são capazes de tudo para praticar o bem e salvar a população do mau, do terror, daquilo que mais angustia a todos. Hoje, continuamos a seguir a tradição trazida pelos gregos; temos nossos heróis, nossos semideuses, de caráter incontestável e aí está para manter-nos a salvo.
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As antigas epopeias, como já vimos, são narrativas em forma de versos. Sua estrutura é fixa e um tanto singular em relação aos outros gêneros. Ela apresenta os elementos essenciais da narrativa (enredo, narrador, personagens, espaço e tempo) em versos de tamanhos regulares (de dez ou doze sílabas), em estrofes grandes (geralmente de oito ou dez versos). Toda essa estrutura é dividida em cinco partes, que marcam não só sua forma, mas também seu conteúdo:
- Exórdio ou proposição: é uma introdução, em que o herói e o tema são apresentados.
- Invocação: faz-se aqui um pedido de inspiração às musas da poesia.
- Dedicatória: o poema é dedicado a alguém (a um rei, a um protetor, a um povo).
- Narração: é o momento da narração propriamente dita. Os fatos são narrados com ênfase nas proezas do herói e nos acontecimentos históricos. É a parte mais longa da epopeia.
- Epílogo: é o fechamento
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