Funções da Linguagem
Por: Karine Mello • 25/1/2016 • Resenha • 972 Palavras (4 Páginas) • 411 Visualizações
Sumário
Introdução
As seis funções da linguagem
Função Referencial ou denotativa
Função Apelativa ou conotativa
Função Emotiva ou expressiva
Função Fática
Função Poética
Função Metalinguística
Conclusão
Referências Bibliográficas:
Introdução
A linguagem é, segundo o dicionário de Língua Portuguesa, sistema de signos, sinais, sons, gestos, etc., suscetíveis de servirem de comunicação entre os indivíduos. Assim, sabemos que a linguagem é de vital importância, afinal, sem ela, não haveria comunicação.
Para nos comunicarmos, enviamos mensagens uns aos outros, seja para informar, instruir, persuadir, emocionar e diversas outras finalidades. Desse modo, a linguagem será diferente dependendo do propósito de seu uso, e se dividirá em seis funções, cada qual com uma característica específica.
As seis funções da linguagem
Função Referencial ou denotativa
Essa função ocorre quando o objetivo do emissor é informar algo, ou seja, ela informa fatos concretos, condizentes com a realidade. Nota-se, portanto, que há um domínio do assunto referido pela mensagem (referente).
A linguagem denotativa seria, então, construída em bases convencionais, elaborada em função de uma certa repetibilidade das normas do código, produzindo informações definidas, claras, transparentes, sem ambigüidades. (CHALHUB,2006)
Por priorizar os fatos concretos, essa função é mais frequente em textos acadêmicos, jornalísticos, correspondências comerciais e documentos oficiais.
Função Apelativa ou conotativa
A função apelativa é orientada para o destinatário, e ocorre quando se tenta persuadi-lo a fazer algo ou quando se tenta chamar a atenção desse destinatário para si com um chamamento, exclamação, súplica, ordem, etc. Por tanto, utiliza-se muito os verbos no imperativo.
É válido observar que conotativo vem do latim conatum e significa tentar influenciar alguém através do esforço.
Por essa função visar convencer alguém a fazer algo, ou chamar a atenção, ela é utilizada em publicidades, como no exemplo a seguir.
[pic 1]
Função Emotiva ou expressiva
Essa função ocorre quando um emissor comunica seus sentimentos e emoções, inquietações e opiniões. Assim, a figura está centrada no “eu”, portanto frequentemente aparece a 1° pessoa.
O que ocorre muito nessa função é o aparecimento de interjeições e sinais de pontuação como exclamação e reticências, assim como onomatopeias. Aparecem adjetivos e advérbios que se referem ao ponto de vista do emissor, e o resultado é um texto subjetivo.
Não sei quantas almas tenho (Fernando Pessoa)
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
[...]
O foco nesse poema é o “eu”, de forma subjetiva ele expressa suas emoções, seus sentimentos. Assim, temos aqui um exemplo de função emotiva.
Função Fática
Essa função tem como objetivo testar o canal pelo qual há comunicação, verificar se o receptor está a receber a mensagem, ou prolongar, reafirmar a comunicação. Nesse caso, são consideradas fáticas: “Como?” “Alô! Como vai?”, “Tudo bem?”, “Entende?”. Essas perguntas funcionam como conexões entre uma expressão e outra.
Conversas ao telefone são sempre fáticas. Outro exemplo que aparece na função fática é a tautologia. Tautologia é o uso de palavras distintas para dizer a mesma coisa, por exemplo, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Função Poética
Nessa função, o enfoque está na mensagem, ou seja, a preocupação maior é esta será transmitida, em lugar de o que será transmitido. Nessa função, há maior preocupação com a estética das palavras, fuga da lógica, da forma habitual, busca por um efeito diferente.
O Corvo (Edgar Allan Poe)
[...]
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
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