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GENEROS DO UNIVERSO INFANTIL E SUAS CARACTERÍSTICAS

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Por:   •  15/6/2014  •  2.123 Palavras (9 Páginas)  •  523 Visualizações

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GENEROS DO UNIVERSO INFANTIL E SUAS CARACTERÍSTICAS:

Gênero é a expressão estética de determinada experiência humana de caráter universal: a vivência lírica, cuja expressão essencial é a poesia (forma geradora), que apresenta como subgeneros (forma básica) a elegia, o soneto, a ode, o hino, o madrigal, etc...; a vivência épica, cuja expressão é a prosa, a ficção (forma geradora), que apresenta como subgeneros (forma básica) o conto, o romance, a novela, a literatura infantil; e a vivência dramática, cuja expressão básica é o diálogo, a representação, isto é, o teatro (forma geradora), que apresenta como subgeneros (forma básica) a farsa, a tragédia, a ópera, a comédia, etc...;

As formas básicas de ficção diversificam-se em categorias: ficção científica, romance policial, novela de aventuras, romance de amor, narrativa satírica, paródia, biografia, romance histórico, etc.

A literatura infantil pertence ao gênero ficção (abrange toda e qualquer prosa narrativa literária), ocupando um lugar específico, pois se destina a um leitor especial, em formação, em processo de aprendizagem inicial da vida, isto justifica o caráter pedagógico (conscientizador) e a ênfase em seu caráter lúdico.

Há formas narrativas que vêm desde o início dos tempos, que pertencem ao gênero da ficção, definidas como formas simples, são elas:

Fábulas - são pequenas histórias que transmitem uma lição de moral, seus personagens são geralmente animais, que representam tipos humanos, tais como: o egoísta, o ingênuo, o espertalhão, o vaidoso, o mentiroso e afins...

A origem da fábula perde-se na mais remota antiguidade; nascida no Oriente.

No ocidente a fábula foi reinventada pelo grego Esopo (séc. VI a.C.) e no (séc. I a.C.) foi aperfeiçoada por Fedro (um escravo romano) que enriqueceu-a com estilos.

Leonardo da Vinci descobriu e reinventou a fábula no séc. XVI, já no séc. XVII, La Fontaine reinventou-a introduzindo a mesma em definitivo na literatura ocidental, pois sua primeira coletânea de fábulas data de 1668.

Aqui no Brasil, Monteiro Lobato (séc. XX) foi o responsável pela recriação das fábulas.

As fábulas se dividem em duas partes:

Na primeira parte encontramos a história o que de fato aconteceu;

Já na segunda parte nos deparamos com a moral, ou seja, com o significado da história.

As fábulas se caracterizam por se apresentar como um gênero no qual o comportamento (devido e indevido) se mostra de uma forma explicita, atuando sobre o leitor no ponto de vista onde predomina a ética, sendo considerada assim uma leitura crítica e prazerosa, a um só tempo.

A fábula nos leva a dois mundos o imaginário, o narrativo, fantástico; e o real, o dissertativo, temático.

A fábula é um “estudo sério sobre o comportamento humano”, a ética e a cidadania

Exemplos: "O lobo e o cordeiro”, "O leão e o rato", "O pastor e o rei", "A cigarra e a formiga", "A coruja e a águia", "A galinha dos ovos de ouro", "A raposa e as uvas", etc.;

Apólogo - tipo de narrativa que dá vida aos seres inanimados, transformando-os em personagens da estória, normalmente se apresenta em forma de prosa; concentram-se em situações reais; possuem uma força imaginativa elevada; prima pela perfeição, apresenta um ideal nobre, princípios elevados, ao que se refere ao moral, apresenta um ensinamento de vida através de situações semelhante as reais, fala de qualquer tipo de lição de vida, independente desta ser utilizada pela grande maioria como o modo correto de agir;

Parábola - trata de questões religiosas e lições éticas, narrativa que se utiliza de situações e pessoas para comparar a ficção com o real e consequentemente transmitir uma lição de sabedoria (a moral da história); tem como característica ser protagonizada por seres humanos; possui sempre uma razão moral; tem sido largamente utilizada para ilustrar lições de ética; gênero muito comum na bíblia sagrada; leva-nos à refletir sobre o comportamento humano e a fazer uma análise crítica da nossa conduta;

Exemplo: "A Parábola do Cachorrinho"

Alegoria - é uma narrativa em prosa ou em verso, sem limites textuais, que utiliza sentidos duplos e figurados, de fácil compreensão.

Exemplos clássicos de alegorias: "O mito da caverna na República de Platão", "O mito de Orfeu e Eurídice", etc.

Os ditos populares são alegorias contextualizadas: "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.", "Mais vale um pássaro na mão que dois voando.", "Casa de ferreiro, espeto de pau.", etc.;

Mito - forma narrativa repleta de símbolos, encontrada pelos antigos, para explicar coisas que até então eles não compreendiam, por exemplo, os fenômenos da natureza; são histórias de deuses, semideuses e heróis dotados de poderes sobrenaturais, que se misturam as nossas características reais e humanas; faz uso de uma grande mistura de religião e ciências, para explicar a origem do mundo e do homem;

Exemplo: "Percy Jackson e os olimpianos"

Lenda - narrativa muito antiga, escrita em verso ou prosa, portanto, um texto breve onde os fatos reais e históricos são usados como pano de fundo para criar a fantasia, o imaginário; vem garantido sua sobrevivência ao longo dos anos através da tradição oral; de acordo com (C. Cascudo) apresenta quatro características inerentes aos contos populares - antiguidade, persistência, anonimato e oralidade.

Exemplos: "Mãe d'água", "mula sem cabeça", "Boto", "Curupira", etc.;

Conto Maravilhoso - é um texto que narra acontecimentos fantásticos, onde as situações se sucedem num espaço regido por leis diferentes das reais, por isso, geralmente são iniciados por uma expressão que indica tempo impreciso/indefinido, tais como - "Era uma vez...", "Há muito tempo...", "Muitos e muitos anos atrás...", a sequência de fatos se passam em florestas, palácios, reinos e lugares afins; apresentam um ou mais personagens do bem e um vilão (bruxas, monstros, seres mágicos, gigantes, dragões, etc...) para chamar a atenção para aspectos da condição

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