Graciliano Ramos

Biografia de Graciliano Ramos

1º Pessoa: Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, no sertão de Alagoas, um dos 15 filhos de uma família de classe média, filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Vivia sob o regime das secas e das surras que seu pai lhe dava, o que o fez alimentar, desde cedo, a ideia de que todas as relações humanas são regidas pela violência. Dois anos depois se mudou com a família para a Fazenda Pintadinho, em Buíque, sertão de Pernambuco, onde permaneceu até 1899.

2º Pessoa: Em 1905 se mudou para Maceió, onde estudou por um ano no Colégio Quinze de Março. Quando retornou àquela cidade fez o segundo grau, mas não cursou faculdade. Em 1914 foi ao Rio de Janeiro, onde pôde intensificar sua carreira jornalística. Depois de um ano retornou a Palmeira dos Índios, pois soubera que seus três irmãos haviam morrido em decorrência da febre bubônica. Lá se tornou comerciante, deu continuidade à carreira de jornalista e ingressou na política. Tornou-se prefeito e exerceu mandato por dois anos de 1928 a 1930.

3º Pessoa: Em 1933 retornou a Maceió para ocupar o cargo de diretor da Instituição Pública de Alagoas, conhecendo então Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Jorge Amado. Em 1936, sob a acusação de ser subversivo, foi preso pela ditadura Vargas, sofrendo várias humilhações, experiências que foram reveladas em sua obra “Memórias do Cárcere”.Em 1945, depois de libertado, fixou-se no Rio de Janeiro e não mais voltou ao Nordeste, época então que se consagrou como um dos maiores romancistas brasileiros, considerados por muitos o sucessor de Machado de Assis. Nesse mesmo período filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro.

4º Pessoa: Graciliano escreveu obras infantis, contos e crônicas. Em 1953, é internado na Casa de Saúde e Maternidade S. Vitor, e vem a falecer, vitima de câncer, no dia 20 de março. Em 1963 é assinalada a passagem do 10º aniversário de seu falecimento, através da imprensa da exposição Retrospectiva das obras de Graciliano Ramos, em Curitiba, e da Exposição Graciliano Ramos realizada na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, em 20 de maio.

5º Pessoa: O romance "Vidas Secas" foi sua obra de maior destaque. É considerado o melhor ficcionista do modernismo e o prosador mais importante da segunda fase do Modernismo. Suas obras embora tratem de problemas sociais do Nordeste brasileiro, apresentam uma visão crítica das relações humanas, que as tornam de interesse universal. Seus livros foram traduzidos para vários países. Seus trabalhos "Vidas Secas", "São Bernardo" e "Memórias do Cárcere", foram levados para o cinema. Recebeu o Prêmio da Fundação William Faulkner, dos Estados Unidos, pela obra "Vidas Secas". Outras obras dele: Angústia, A Terra dos Meninos Pelados, História de Alexandre, Dois Dedos, Infância, Insônia, Viagem, Linhas Tortas, Viventes das Alagoas.