Guerra De Canudos E O Pré Modernismo

A obra “ Guerra de Canudos” retrata história do confronto entre o Exército Brasileiro e o Arraial de Canudos, composto por jagunços, sertanejos pobres, miseráveis e fanáticos religiosos, liderados por Antônio Conselheiro, que afirmava ser um enviado de Deus que deveria liderar o movimento contra as diferenças e injustiças sociais, era também um crítico do sistema republicano.

O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários, não concordavam com o fato dos habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam também que Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia, então providências foram tomadas contra ele e seus seguidores, o Exército foi mandado para Canudos. A Guerra de canudos significou a luta e resistência das populações marginalizadas do sertão nordestino. Embora derrotados, mostraram que não aceitavam a situação de injustiça social que reinava na região.

Era retratado o baixo rendimento das famílias que não possuíam o que comer e passavam fome. A região do agreste ficava muito tempo sem receber chuvas, o que impedia a agricultura e matava o gado. Os governantes e políticos da região não davam importância aos apelos das populações carentes, e espalhavam a violência pela região. A população pobre, em sua grande maioria, não tinham acesso ao emprego em função da seca e da falta de oportunidades em outras áreas da economia, era comum a existência de beatos que arrebanhavam seguidores prometendo uma vida melhor.

A Guerra de Canudos apresenta relação com o período literário Pré-Modernista, onde ambos denunciam a realidade do Brasil com seus conflitos políticos, sociais e econômicos, mostra a terra, o homem e a sua luta, a miséria do homem do campo é apresentada de forma chocante. São marcados por um nacionalismo crítico-amargo.