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Handebol

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Por:   •  9/3/2014  •  Tese  •  671 Palavras (3 Páginas)  •  237 Visualizações

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Ninguém na clareira ouve os Mordedores chegando por entre as árvores altas.

O retumbante som metálico das estacas das tendas penetrando o barro frio e resistente da

Geórgia abafa os passos distantes — os intrusos ainda estão a uns bons 450 metros de distância à

sombra dos pinheiros que os cercam. Ninguém escuta os galhos estalando sob o ruído do vento norte,

nem os característicos gemidos guturais, tão fracos quanto o ruído dos mergulhões que se escondem

atrás das copas das árvores. Ninguém detecta os traços do fedor de carne pútrida e mofo marinado

em fezes. O forte odor da fumaça de madeira outonal e das frutas que apodrecem na brisa vespertina

oculta o cheiro dos mortos-vivos.

Na verdade, por um bom tempo, nenhum dos colonos do acampamento que ali floresce

rapidamente registra qualquer perigo iminente — a maioria dos sobreviventes está ocupada

erguendo vigas de sustentação improvisadas originárias de objetos encontrados; dormentes de

estrada de ferro, postes telefônicos e pedaços enferrujados de vergalhão.

— Que patético... olhe só para mim — comenta com um suspiro exasperado a mulher esbelta

com o cabelo preso em um rabo de cavalo, agachada desajeitadamente ao lado de um pedaço

quadrado de lona de barraca salpicada de tinta, dobrada no chão no canto noroeste do terreno. Ela

treme dentro de seu volumoso moletom do Georgia Tech, que cobre joias antigas e o jeans rasgado.

O rosto sardento corado, os longos cabelos castanho-escuros pendendo em cachos enredados a

pequenas e delicadas penas, Lilly Caul é uma coleção de tiques nervosos, que vão de enfiar

constantemente mechas soltas de cabelo para trás das orelhas a roer compulsivamente as unhas.

Agora, com a pequena mão, ela aperta com mais força o cabo do martelo e golpeia diversas vezes

uma estaca de metal, apenas roçando a extremidade como se estivesse lubrificada.

— Não tem problema, Lilly, relaxe — diz o homem grande que observa tudo atrás dela.

— Uma criança de 2 anos é capaz de fazer isso.

— Pare de ser tão dura consigo mesma.

— Não sou eu quem está sendo dura. — Ela bate um pouco mais, segurando o martelo com as

duas mãos. A estaca não se mexe. — É essa estaca idiota.

— Você está segurando o cabo do martelo muito em cima.

— Estou o quê?

— Coloque a mão mais para o final do cabo, deixe a ferramenta fazer o trabalho.

Mais marteladas.

A estaca pula do chão duro, sai voando e cai a 3 metros de distância.

— Droga! Droga! — Lilly acerta o chão com o martelo, olha para baixo e suspira.

...

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