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Humor Na Sala De Aula De língua Portuguesa

Artigo: Humor Na Sala De Aula De língua Portuguesa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/5/2013  •  3.481 Palavras (14 Páginas)  •  824 Visualizações

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II ENCONTRO INTERINSTITUCIONAL DO PIBID- III ENCONTRO INSTITUCIONAL DO PIBID

HUMOR NA SALA DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA: ANÁLISE

LINGUÍSTICA DO SERIADO CHAVES

Autora: Eveline Rosa PERES (Professora da Rede Municipal de Rio Grande/ Tutora

PIBID Língua Portuguesa/ FURG/sob a coordenação da Profª. Drª. Rosely Dinis S.

Machado)

Co-autores: Angela RIZZO; Daniela Bortoli TOMAZI; Israel La BANCA; Luciene

ROCHA; Roberta Borges BITTENCOURT (Graduandos em Letras PIBID/

FURG/Língua Portuguesa)

EIXO TEMÁTICO: Relatos de experiências em oficinas e salas de aula.

RESUMO

O presente trabalho nasce do anseio de levar à sala de aula de língua portuguesa algo

que faça parte do cotidiano dos alunos e que possa gerar reflexões sobre a língua e

tornar as aulas mais produtivas. Também justifica-se por deter-se sobre um discurso

pouco valorizado na escola que é o discurso humorístico. Devido à grande

popularidade que o seriado Chaves alcançou no Brasil, tendo mais de 20 anos de

exibição e ao enorme número de pessoas, de várias idades, que assistem a essa

série, a escolhemos como objeto de análise. Temos o objetivo de analisar, juntamente

com os alunos do 6º e 7º anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora

Zenir de Souza Braga, Rio Grande/RS, como se dá, linguisticamente, a produção do

humor no famoso seriado e, com isso, contribuir para uma melhor percepção do

funcionamento da língua, atentando para as marcas lingüísticas de ambiguidade,

principais desencadeadoras do efeito cômico. Para efetuar esse estudo, nos

amparamos nas seguintes teorias: Enunciação e Gêneros Discursivos. O trabalho será

desenvolvido em uma sequência didática,que tem a duração prevista de oito encontros

distribuídos em seis etapas,que culminará com uma exposição das análises

desenvolvidas no Mural da Escola. Espera-se, com esse estudo, aumentar a

percepção dos alunos sobre os usos criativos da língua que fazemos e ao que somos

expostos no nosso dia-dia.

Palavras- Chaves: Humor; Seriado Chaves; Ensino de Língua Portuguesa.

II ENCONTRO INTERINSTITUCIONAL DO PIBID- III ENCONTRO INSTITUCIONAL DO PIBID

INTRODUÇÃO

O que nos faz rir? Por que gostamos dessa sensação de riso coletivo que

compartilhamos ao assistir a um filme de comédia, um teatro cômico, ao ir ao circo, ao

ler uma narrativa engraçada? O que torna determinada situação engraçada?

Todos esses questionamentos nos surgiram ao observar que, independente de

crença, convicção política, gosto musical, todas as pessoas que conhecemos gostam

de dar uma boa risada. Rir alivia tensões, traz sensações boas de alegria, desestressa

e, rir junto, aproxima as pessoas.

Partindo desses questionamentos e constatações, pensamos que a sala de aula, por

ser um espaço de intenso convívio social- afinal, uma turma tem que se “aturar” por no

mínimo um ano letivo- também pode ser um espaço de compartilhar alegria e nada

como um bom texto- escrito, visual, audiovisual, sonoro, para estreitar os laços de

companheirismo de uma turma.

O ensino de língua portuguesa é marcado historicamente por uma tradição

gramaticista que sufoca qualquer possibilidade de criação do aluno. No entanto, de

uns vinte anos para cá, com os avanços dos estudos sobre gêneros discursivos vem

aumentando o número de propostas que priorize Aumentar a percepção dos alunos

sobre os usos criativos que fazemos da língua e que somos expostos no nosso dia-

dia sem nos darmos conta da riqueza de sentidos que esses usos possuem.m a

leitura e a produção textual, tendo em vista (ou tentando ter) a realidade, o contexto no

qual o aluno está inserido. É pensando no contexto do aluno, e na complexidade que

isto envolve, pois uma escola é composta de vivências e realidades sociais bastante

heterogenias, que buscamos um ponto que possa ser comum para toda uma turma,

tendo como objetivo criar um espaço onde se possa pensar criticamente sobre a

língua, que chegamos a proposta dessa sequencia didática.

Na introdução de sua obra Humores da Língua, Possenti (1996, p.17), diz-nos o

seguinte:

“o que eu gostaria de fazer analisando piadas é descrever as chaves lingüísticas que

desencadeia o nosso riso.”

Na página 27 da mesma obra, o autor sugere, para demonstrar hipóteses ou princípios

de análises lingüísticas, ao invés de utilizar exemplos criados apenas para demonstrar

um fato linguistico, os especialistas poderiam escolher uma piada correte. Possenti

defende que, com isso, os alunos poderiam ter um exemplo autêntico e se envolverem

em situações concretas

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