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Jorge Amado - Biografia

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Por:   •  26/5/2013  •  1.217 Palavras (5 Páginas)  •  1.012 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Falar de Jorge Amado é falar, sem sombra de dúvida, de um dos maiores e mais traduzidos escritores brasileiros do século XX. Para além de escritor, Jorge Amado foi também jornalista e político. Este trabalho pretende resumir a vida e obra do escritor. Jorge Amado tratou de temas até então não abordados, de um Brasil extremamente exótico e sensual representado nos seus personagens, através seus costumes revelados na cultura local da Bahia, as suas comidas, seus cheiros e ervas. A sensualidade e sexualidade marcaram a sua obra numa época em que abordar estes temas eram tabus e causavam frisson.

VIDA E OBRA.

Jorge Amado nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, município de Itabuna, Bahia, no dia 10 de agosto de 1912. Filho do fazendeiro de cacau, João Amado de Faria e Eulália Leal Amado. Passou a infância na cidade de Ilhéus, onde aprendeu as primeiras letras. Cursou o secundário no Colégio Antônio Vieira em Salvador. Aos 12 anos foge do internato e vai para Itaporanga, em Sergipe, onde morava sua avó. Passou os anos da sua adolescência no meio do povo, tomando conhecimento da vida popular que iria marcar fortemente sua obra de romancista.

Começou com 14 anos a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da "Academia dos Rebeldes", grupo de jovens que, juntamente com o "Arco e Flecha" e o "Samba", desempenharam importante papel na renovação das letras baianas. Comandados por Pinheiro Viegas, figuraram na Academia dos Rebeldes, além de Jorge Amado, os escritores João Cordeiro, Dias da Costa, Alves Ribeiro, Edison Carneiro, Valter da Silveira, e Clóvis Amorim.

Em 1927, com apenas 15 anos, ingressou como repórter no "Diário da Bahia" e também escrevia para a revista "A Luva". Aos dezenove anos publicou seu primeiro romance "O País do Carnaval". Nessa época já estava no Rio de Janeiro, em contato com nomes importantes da literatura. Foi redator chefe da revista carioca "Dom Casmurro", em 1939.

Em 1933 lança seu segundo livro "Cacau". Depois vieram vários romances que retratavam o dia a dia da cidade de Salvador, entre eles "Mar Morto", 1936 e "Capitães de Areia", 1937, que retrata a vida de menores delinquentes, sendo na época proibido pela censura do Estado Novo.

Politicamente comprometido com ideias socialistas foi preso duas vezes, uma em 1936 e outra em 1937. Exilado, viveu em Buenos Aires, França, Praga e em vários outros países com democracias populares. Entre suas obras adaptadas para a televisão, cinema e teatro estão "Dona Flor e Seus Dois Maridos", "Gabriela Cravo e Canela", "Tenda dos Milagres" e "Tieta do Agreste".

Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro, por São Paulo, tendo participado da Assembléia Constituinte de 1946 e da primeira Câmara Federal posterior ao Estado Novo. Nessa condição, foi responsável por várias leis que beneficiaram a cultura. De 1946 a 1958, escreveu "Seara Vermelha", "Os Subterrâneos da Liberdade" e "Gabriela, Cravo e Canela".

Suas obras foram traduzidas para 48 idiomas. Muitas se viram adaptados para o cinema, o teatro, a televisão, dentre estão: "Dona Flor e Seus Dois Maridos", "Gabriela Cravo e Canela", "Tenda dos Milagres" e "Tieta do Agreste".

não só no Brasil, mas também em Portugal, França, Argentina, Suécia, Alemanha, Polônia, Tchecoslováquia (atual República Tcheca), Itália e EUA.

É representante da segunda fase do Modernismo no Brasil, voltada aos romances regionalistas. No entanto, a obra de Jorge Amado é dividida pelos críticos literários em:

• 1: romances da Bahia ou proletários que retratam a vida na cidade de Salvador, como é o caso de Suor, O país do Carnaval e Capitães da areia.

• 2: romances ligados ao ciclo do cacau, que correspondem aos livros Cacau e Terras do sem fim.

• 3: crônicas de costumes, começadas com Jubiabá e Mar Morto e estendendo-se por Gabriela, cravo e canela.

Jorge Amado foi casado com a escritora Zélia Gattai (1916-2008), que aos 63 anos começou a escrever suas memórias. Tiveram dois filhos, João Jorge, sociólogo e autor de peças para teatro infantil, e Paloma, psicóloga, casada com o arquiteto Pedro Costa. É irmão do médico neuropediatra Joelson Amado e do escritor James Amado.

Participou do movimento da frente popular da Aliança Nacional Libertadora. Foi exilado na Argentina, no Uruguai, em Paris, em Praga e ainda morou em diversos países. Recebeu vários prêmios, títulos honoríficos. Foi membro correspondente da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de nº 23.

Jorge Leal Amado de Faria faleceu no dia 6 de agosto de 2001. Seu velório foi

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