ANALISE DO LIVO CAPITÃES DA AREIA - JORGE AMADO
Pesquisas Acadêmicas: ANALISE DO LIVO CAPITÃES DA AREIA - JORGE AMADO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabigab • 5/11/2013 • 4.206 Palavras (17 Páginas) • 1.339 Visualizações
ANÁLISE LITERÁRIA
Observações iniciais dos alunos :
Os personagens são fictícios. Jorge Amado foi para o trapiche, dormiu lá com os garotos de rua, para poder pegar a riqueza de detalhes. Não se sabe ao certo se houve realmente que seja alguma característica real em relação ao enredo, uma inspiração para com os personagens, sabemos somente, que os personagens não existiram.
O Personagem Padre José Pedro apesar de aparecer em muitos momentos, foi caracterizado como secundário, por não fazer parte do bando, já que o núcleo dos personagens, como intitulado o livro são os Capitães.
A linguagem e a idéia do livro, é inovadora para a época. Digamos que um tanto quanto inédita, inusitada, original e corajosa. Coloca tabus em pauta, misturando um português formal, com gírias, palavras de baixo calão, e dialetos da cultura local, a fim de que o objetivo de chamar a atenção seja alcançado da burguesia ao cortiço.
O livro foi proibido e queimado em praça pública em Salvador – BA como forma de repressão, em 1937 após a instalação do Estado Novo.
A obra não relata datas. Porém, alguns fatos e pistas, nos indicam uma provável data dos “acontecimentos” :
- O livro foi publicado em 1937.
- A história se passa nos anos de epidemía de bixiga (varíola) na Bahia.
- O grevista Raimundo (O Loiro) pai de Pedro Bala, morreu em uma greve trabalhista a favor dos direitos dos trabalhadores das docas de Salvador.
- Pedro Bala tem 15 anos, quando a história acontece.
- Os assuntos em pauta, principalmente no fictício Jornal da Tarde, eram a realidade da falta de assistência com menores, e abstinência na segurança pública, (já que garotos de 11 anos, furtavam uma casa inteira) e maus tratos para com menores de idade, delinquentes, órfãos e pobres. (Essa foi a maneira que o autor usou para chamar a atenção para esse importante ponto social, mesmo que partindo de um ponto fictício. Já que ninguém se importava com isso, Jorge Amado pôs em manchete de jornal, para mostrar que esse assunto era importante sim, baseado na conclusão popular de que somente assuntos importantes chegavam as manchetes de jornal).
- Iniciou-se uma maior preucupação em relação a crianças de rua, marginalizadas, jovens infratores, órfãos, e internos em reformatórios.
A epidemia ocorreu no ano de 1919
As greves trabalhistas entre os anos :1917-1919
Quando o pai de Pedro morreu, ele tinha 5 anos de idade. Conclui-se que em 1919, Pedro tenha cinco, e em 1929 foi quando ocorreram os fatos narrados no enredo, ele teria a idade “atual” 15 anos.
Indentificação da Obra
Autor : Jorge Amado (1912 – 2001)
Obra : Capitães da Areia (romance)
Edição : 1ª edição
Editora : Companhia das Letras
Local e Data de Publicação : Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro – RJ, 1937.
Escola Literária : se insere na Segunda Fase do Modernismo Brasileiro, foi quando o Brasil viveu a Revolução de 30.
Estrutura da Obra
Assunto : Capitães da Areia, conta o cotidiano de garotos de rua, e aborda tabus da época, (e ainda atuais) como maus tratos em reformatórios, padres praticarem a caridade com a “classe baixa”, religião, sexo, e descaso com os principais direitos básicos da criança e do adolescente.
Narrador : O livro é narrado na terceira pessoa. O narrador se comporta de maneira indiferente, criando e narrando fatos sem se envolver diretamente a eles.
Tempo : A obra apresenta tempo cronológico, conforme o trecho "É aqui também que mora o chefe dos Capitães da Areia, Pedro Bala. Desde cedo foi chamado assim, desde seus 5 anos. Hoje tem 15 anos. Há dez anos que vagabundeia nas ruas da Bahia." O tempo psicológico correspondente às lembranças e recordações constantes na narrativa. A fala de Zé Fuinha (...) "Quando terminaram, o preto bateu as mãos uma na outra, falou:
- Teu irmão disse que a mãe de vocês morreu de bexiga...
- Papai também...
- Lá também morreu um...
- Teu pai?
- Não. Foi Almiro um do grupo."
Espaço : Salvador – BA.
Ambiente : Boa parte do livro se passa em um trapiche sujo e velho, que foi
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