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Jorge Amado

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Por:   •  5/4/2014  •  318 Palavras (2 Páginas)  •  523 Visualizações

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JORGE AMADO

(1912-2001)

Jorge Amado é poeta, sim senhor. Por certo, publicou um livro de poesias no início de sua carreia de escritor: A ESTRADA DO MAR, em 1938. Livro raríssimo. Estou à busca dele e não encontro em parte alguma. Deve estar na Casa de Jorge Amado, suponho. Já pedi a uma pessoa para buscar, mas nada...

Mas ele escreveu poemetos e os encaixou na voz de seus personagens.

Mais do que isso: sua prosa é poética. “Poesia em prosa”, já escreveram sobre ele.

Quem chegou mais perto da poesia dele foi a fotógrafa Maureen Bisiliat, na edição de suas fotos em volume extraordinariamente belo — BAHIA AMADA AMADO ou O AMOR À LIBERDADE & A LIBERDADE NO AMOR (Empresa das Artes, patrocínio da Unisys, 1996). Livro de grandes proporções, encadernado em um branco superior, título em relevo. Beleza pura! E as fotos impressionantes.

Maureen escolheu textos das obras de Jorge Amado. Alguns, indiscutivelmente poéticos. Valemo-nos de alguns para esta primeira homenagem ao escritor baiano-universal. Quem tiver os poemas originais de A estrada do mar, que nos socorra!

Grandes canoas imóveis sobre a água parada.

Os saveiros, velas arriadas, dormiam na escuridão.

(em JUBIABÁ)

SEARA VERMELHA

O vento arrastou as nuvens, a chuva cessou e sob o céu novamente limpo crianças começaram a brincar. As aves de criação saíram dos seus refúgios e voltara a ciscar no capim molhado. Um cheiro de terra, poderoso, invadia tudo, entrava pelas casas, subia pelo ar. Pingos de água brilhavam sobre as folhas verdes das árvores e dos mandiocais. E uma silenciosa tranqüilidade se estendeu sobre a fazenda, as árvores, os animais e os homens.

Apenas as vozes álacres das crianças, pelos terreiros, cortavam a calma daquele momento:

Chove, chuva chuverando

Lava a rua do meu bem...

Vestidas de trapos sujos, algumas nuas, barrigudas e magras, as crianças brincavam de roda.

Farrapos de nuvens perdiam-se no céu de um azul claro onde primeiras e leves sombras anunciavam o crepúsculo.

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