LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL
Artigo: LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: victoriabulhoes • 3/3/2015 • 2.764 Palavras (12 Páginas) • 269 Visualizações
LEITURA: DO CONCEITO ÀS ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS DO ENSINO
INTRODUÇÃO
A leitura tem importância fundamental na vida das pessoas. A necessidade de muita leitura está posto entre todos, no entanto propicia a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do conhecimento. Para umas atividades prazerosas para outros, um desafio a conquistar. Compreender que a técnica da leitura garante um estudo eficiente, quando aplicada qualitativamente.
O que é ler? Como formar leitores? Por que muitos estudantes, apesar dos esforços da escola, continuam a não gostar de ler? Que práticas podem ajudar a criar o desejo de ler?
Etimologicamente, ler deriva do latim “lego/legere”, que significa recolher, apanhar, escolher, captar com os olhos. Nessa reflexão, enfatizamos a leitura da palavra escrita. No entanto, entendemos, com Luckesi (2003, p. 119) que “[...] a leitura, para entender o seu pleno sentido e significado, deve intencionalmente, referir-se a realidade. Caso contrário, ela será um processo mecânico de decodificação de símbolo. Todo ser humano é capaz de ler e lê efetivamente. Tanto lê o conhecedor dos signos lingüísticos/ gramaticais, quanto o” não letrado”, que observando a natureza, prevê o sol ou a chuva. É fundamental, o desejo de ler, para quem está envolvido no ensino da leitura e na formação de leitores, no entanto a leitura se torna um habito tão incorporado que parece algo natural. Para formar leitores precisaríamos apenas tornar nossos alunos e alunas capazes de ler?
O objetivo maior ao proceder á leitura de uma determinada obra, consiste em “[...] aprender entender e reter o que está lendo.” (MAGRO, 1979, p.09). Por conseqüente, inquestionalmente, a leitura é uma prática que requer aprendizagem para tal e sem sombra de dúvida, uma atividade ainda pouco desenvolvida e não interessante para muitos estudantes. Nesse particular, SALOMON (2004, p 54) enfatiza que “a leitura não é simplesmente o ato de ler. É uma questão de habito ou aprendizagem [...]”. Além do incentivo e a promoção de espaços permanentes de leitura, é preciso criar o prazer para este oficio.
Neste artigo, aborda-se as diversas teses e teorias sobre a temática da leitura, centrada na premissa da leitura como ação social. Estamos diante de um processo complexo, que pode ser estudado sob vários ângulos. E tarefa difícil? Mesmos didaticamente? Isolar esquematizar, perceber onde se manifesto determinado conceito, estabelecer os limites de cada um. O ato da leitura não se efetiva em ações, na bagagem de conhecimentos armazenados, motivações, analise,criticas do leitor. A leitura é uma experiência e encontra-se submetida a diversas variáveis que não podem deixar de ser verificadas ao se tentar teorizá-la.
CULTIVANDO O PRAZER DA LEITURA
A leitura constitui-se numa pratica social utilizada com diferentes funções. Muitas vezes o que leva á leitura é a necessidade. Necessidade de obter orientações especifica sobre alguma questão ou assunto, ou necessidade de obter ou ampliar informações sobre algum tema e também, a necessidade de estar informado em relação aos acontecimentos da realidade cotidiana. Logo há praticas de leitura associadas á resolução de questões praticas e a questões de busca de informação. Ao observamos que, ao adotar certas praticas e metodologias, estamos dando continuidade a antigas concepções de informação de leitores.
Até meados do século XIV, não existiam praticamente livros de leitura nas nossas escolas. Para o ensino e a pratica da leitura eram usadas as mais distintas fontes. Relato de viajantes, autobiografias e romances, indicam que a base para tais como documentos de cartório e cartas. Em alguns casos a constituição do Império (e a lei de 1827, a primeira lei brasileira que trata especificamente de instruções publica), o código criminal é a Bíblia serviam como manual de leitura nas escolas.
Com a implantação da Imprensa Régia, em 1808, começou a impressão regular dos livros no Brasil, Mas tanto na escola quanto nas demais instâncias sociais, eram raros os objetos disponíveis para leitura e, conseqüentemente, poucos os leitores.
A partir da segunda metade do século XIX, começaram a surgir livros de leitura destinados especificamente as series inicial de escolarização, mas alguns ainda eram expressos na Europa.
Ainda no século XIX, apareceram outras series de livros de leitura, descendo-se a obra de Felisberto de Carvalho, utilizada em todos os pais até meados de nosso século. A expansão da escolarização se tornou uma das metas do governo republicano, instalando em 1889. Mas, apesar de varias reformas de ensino e da definição de novos métodos e teorias educacionais, o dia-a-dia escolar em geral não se distanciava muito da quela vivido pelas gerações anteriores. A palmatória e outros castigos físicos norteavam a ação educacional. O professor não dava aulas de acordo com a concepção atual, mas sim tomava a lição cada criança lia em voz alta um texto de seu livro, gerando grande angustia nos alunos.
Às vezes, Rousseau exagera quando afirma que os livros são “instrumental de tortura, acoites da infância”, além de aborrecidos. ”Odeio os livros”, apenas ensinam a falar daquilo que se não conhece. (ROUSSEAU, 1990 a, p. 200)
A leitura na escola ganhou uma nova abordagem em relação a seu papel e também a maneira de exercitá-la. Não bastar oferecer ás crianças livros em quantidade. Precisam perceber sentir de verdade que a leitura é um elemento essencial para a vida.
“Ser leitor é sentir-se comprometido com seu estar no mundo e com a transformação de si, dos outros, das coisas: é acreditar que se apreende o mundo quando se compreende o faz ser como é” (Foucambert, 1994).
Concordamos com os conceitos do autor, ser leitor que os avanços inerentes ao processo de construção de conhecimentos dependem muito de nossas intervenções. Professores e alunos precisam estar juntos nesse processo que envolve re-descobertas e inúmeras possibilidades.
Durante o período de estagio na Escola Municipal Ginásio Santa Rosa, constata se que o numero significativo de alunos principalmente nas series iniciais, no que diz respeito à leitura, compreensão e a interpretação, não compreende o que lê, conseqüentemente tem dificuldade de apropriar-se do conhecimento traduzido pela leitura e também criticamente frente ao que se lê.
Pois as atividades constantes de leitura nas salas de aula estão cada vez mais distantes e com isso, vários alunos apresentam enormes
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