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LINGUAGEM E SUAS TECNOLOGIAS

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Por:   •  21/9/2013  •  6.507 Palavras (27 Páginas)  •  562 Visualizações

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Universidade Anhanguera UNIDERP

Serviço Social – 1º Periodo

LINGUAGEM E SUAS TECNOLOGIAS

Manaus - Am

CRISTIANE SILVA MALVEIRA

LINGUAGEM E SUAS TECNOLOGIAS

Trabalho desenvolvido para obtenção de nota parcial na disciplina de Leitura e Produção de Texto, ministrado pelo Professor Dr.Luiz Roberto Wagner na Uniiversidade Anahanguera UNIDERP – Polo Manaus.

Manaus-Am

Introdução

As questões de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (LP e LB, respectivamente) foram formuladas basicamente a partir de textos, priorizando a atividade de leitura. A prova, com dez doze questões (seis voltadas a LP e seis destinadas a LB), foi organizada em torno detextos

– uma charge, dois trechos informativos e sete excertos literários extraídos das oito obras indicadas para este vestibular. As questões contemplam:

- nas proposições de LP: a) leitura e compreensão, requerendo do candidato capacidade de estabelecer relações intertextuais, relações semânticas entre elementos do texto (no plano da referenciação e da sequenciação), de realizar inferências e sínteses, de reconhecer o significado de palavras e expressões no contexto; b) fatos gramaticais, vistos em seu funcionamento no texto, associados tanto à significação quanto à estrutura, nos níveis fonético-fonológico, morfológico, sintático e textual/discursivo.

- nas proposições de LB: enredo dos romances, estilos de época, gêneros literários, caracterização de personagens, foco narrativo, recursos estilísticos, contextualização sócio histórica dos autores e das obras, incluindo as escolas literárias. Procurou-se propor um conjunto de questões que testassem diferentes níveis de leitura, desde o reconhecimento de informações explícitas nos textos, passando por inferências de informações implícitas, até o estabelecimento de relações intertextuais e contextuais; bem como a capacidade do candidato de reflexão acerca dos usos linguísticos em diferentes níveis de formalidade.

Concepções e estratégias de leitura: o que dizem as teorias

Há quase meio século, as pesquisas acadêmicas sobre o ensino de língua portuguesa/língua materna (LP/LM) dedicam boa parte de suas produções em analisar processos, concepções e estratégias de leitura que ocorrem no ambiente escolar. Pautadas em discussões sobre leitura e o fracasso no desempenho escolar, muitas dessas discussões, em cada momento histórico, apontam diferentes motivos para a “crise na leitura”. No início da segunda metade do século passado, esta “crise” poderia seranalisada a partir da problemática da democratização do ensino, que não contou com uma verdadeira e séria reorganização da escola para acolher alunos oriundos de diferentes classes sociais; o acesso aos meios de comunicação,principalmente a televisão, que colaborou para o afastamento do texto verbalescrito e com baixo desempenho dos leitores, especialmente no contexto escola

Segunda metade da década de 70 e nas décadas de 80 e 90, as concepções de língua/linguagem e as concepções e estratégias de leitura desenvolvidas pela escola foram atacadas e acusadas de não permitir com que os estudantes desenvolvessem adequadamente um diálogo significativo com o texto lido; e mais recentemente, as preocupações estão voltadas para as análises e a proposição de materiais didáticos que contemplem atividades de leitura que permitam a interação entre leitor-texto-autor levando em consideração o contexto de produção do texto na construção de significados e sentidos para o que é lido.

1.1. Leitura é extração de significado do texto

Nesta concepção, o texto é a essência da leitura, pois ele parece reunir todo o conhecimento acumulado pela humanidade. Todo o significado do lido “depende [exclusivamente] . Ao leitor cabe o papel de, passivamente, “mergulhar” no texto e captar, por meio da decodificação das letras, sílabas, palavras e frases, as evidências apresentadas (KLEIMAN, 1989). Privilegia-seum modelo de leitura com processamento definido como ascendente (bottom-up). Isto é, o leitor constrói o significado da leitura com base nas informações visuais do texto, fazendo pouca leitura nas entrelinhas (KATO, 1986). Nesse sentido, parece que para essa concepção “bom texto” é aquele que contém muitas informações; bom leitor é aquele que é capaz de extraí-las, para assim aumentar seu repertório de conhecimentos.

1.2. Leitura é atribuição de significado ao texto

Contrariamente à concepção de leitura anteriormente apresentada, esta põe o leitor como pólo mais importante da leitura. Desta forma, a qualidade do ato da leitura não depende da qualidade do texto, mas da qualidade da reação do leitor (LEFFA, 1996) frente ao texto lido. processamento descendente (top-down), em que o leitor faz mais uso de seus conhecimentos linguísticos e enciclopédicos para estabelecer o(s) significado(s) apresentado(s) no texto. Harris e Hodges apud Meurer (1988, p. 264) conceituam o processamento descendente como um “processo de uso de expectativas e experiências pessoais com a finalidade de reagir a um texto e construir a compreensão”. Assim, a leitura é interpretada como um “procedimento de levantamento de hipóteses” (LEFFA, 1996, p. 14), ou como definiu Goodman (1987, p. 11), “um jogo de adivinhações psicolinguístico”. O que o leitor utiliza do texto é o mínimo necessário para avaliar as hipóteses.

1.3. Leitura é interação entre o texto e o leito Segundo Kleiman (1993), na concepção interacionista, para compreender o ato da leitura, é preciso considerar o papel do leitor, suas expectativas e conhecimentos prévios, e o papel do texto, sua forma e conteúdo. Ou seja, torna-se evidente que o leitor faz uso do processamento ascendente (bottom-up) e do descendente (top-down )simultaneamente, um complementando o outro. Nesse sentido,leitor apoia-se nas informações visuais (conhecimentos veiculados pelo texto) e não-visuais (conhecimentos prévios do leitor): parece haver, portanto, uma espécie de harmonização entre o que já faz parte do repertório do leitor com as informações advindas do texto.

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