Linguistica

Ao motivar o aluno a refletir produtivamente sobre a linguagem, as práticas desenvolvidas pelo professor devem ser ancoradas numa língua real ou numa língua idealizada?

Devemos sempre motivar aos nossos alunos uma língua idealizada, aquela em que está acerca de nossa realidade e, além disso, buscar compreender as variedades existentes.

Em nosso meio escolar devemos colocar os alunos em práticas que os ajudem a construir enunciados com as mais diferentes normas de uso da língua. Deve-se explorar a bagagem que o aluno já traz do meio em que vive, para que possamos explorar e auxiliar no seu desenvolvimento.

Guimarães Rosa fez uma construção agramatical com o pronome se, para ele não está errada esta construção desde que a pessoa entenda o contexto, pois muitos professores exploram essa análise sintática e não motivam os alunos para que eles percebam as várias construções da nossa língua e ficam limitando-os.

Martha Medeiros – Vende frango-se é uma construção agramatical, pois não leva em conta a gramática internalizada, então o aluno tem que ser motivado a entender não somente o que as gramáticas normativas impõem, mas sim seu significado que vai além.

Para Said Ali ele propõe uma análise bem minuciosa sobre o verbo, e sendo que isso foi há mais de cem anos, mas ainda os livros didáticos continuam a ensinar o que está na gramática normativa não abrindo espaço para a gramática internalizada.

No caso do livro do EJA – “Por uma vida melhor”, ele traz a importância da bagagem cultural dos alunos, pois as maiorias dos alunos já estão numa idade mais avançada e que não pode levar seus estudos enquanto mais jovens adiante, portanto eles devem ser levados à reflexão das diversas formas de nossa língua.

A língua está em constante mudança não devemos descriminar aquele aluno que fala “errado”, mas ensinar que a fala é diferente da escrita, e que ainda só é válido a norma culta como a padrão que devem ser seguidos por todos os falantes de Língua Portuguesa e que estimulem a ler e a escrever corretamente.

Em nossa língua há muitas variantes, tanto regional como social e que muitos se sentem desprestigiados em relação ao outro, portanto a língua idealizada está dentro do nosso cotidiano, porque ainda devemos tomar como modelo para poder levar o aluno ao conhecimento para que ele possa usar adequadamente a cada situação em que esteja