MÉTODOS DE SEPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MACROMOLÉCULAS
Por: Andreza Dias • 13/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.346 Palavras (6 Páginas) • 159 Visualizações
[pic 1]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FACULDADE DE BIOTECNOLOGIA
FISICO-QUÍMICA
DOCENTE: LUIZ GUILHERME
DISCENTE: ADRIELLE MACEDO
Belém/2017
MÉTODOS DE SEPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MACROMOLÉCULAS
Difusão
- Discrição da difusão:
Está associada ao movimento browniano aleatório das moléculas em determinada solução. De um ponto de vista termodinâmico, a entropia do sistema deve aumentar ou a energia livre diminuir, acompanhado por uma certa distribuição da concentração de soluto. A realização desta distribuição é a difusão de soluto, e o transporte líquido de matéria por difusão ocorrerá sempre que houver um gradiente de concentração. Em seguida, quando este gradiente é abolido, e a concentração está completamente uniforme, não haverá nenhum fluxo líquido adicional de matéria. Para uma difusão unidimensional, a relação entre fluxo de difusão e gradiente de concentração é expresso pela primeira lei de Fick:
[pic 2]
Onde D é o coeficiente de difusão da substância. Para entender mais profundamente qualquer processo descrito, esta equação não será suficiente. Precisa-se de uma equação que descreva a concentração como uma função de espaços simultâneos, entre posição e tempo, seguindo algumas distribuições de concentração iniciais com t=0. Isso sugere que temos que procurar a solução para alguma equação diferencial, dadas as condições e limites iniciais. Utilizando os princípios da conservação de massa. Considerando uma fina placa de espessura [pic 3] e a seção transversal A perpendicular à direção do fluxo. Com a massa em fluxo interno durante um tempo ([pic 4]), temos que, [pic 5], enquanto que para a massa em fluxo externo, temos que, [pic 6] então a variação de massa ([pic 7]) é:
[pic 8]
- Coeficiente de Difusão e Coeficiente de Fricção
Para a definição do coeficiente de difusão, utiliza-se:
[pic 9]
Onde N é a constante de Avogrado e n a densidade do soluto. Já para a definição do coeficiente de fricção, utiliza-se
- Difusão com Células
Uma das questões de maior interesse para biólogos é como a difusão acontece dentro do citoplasma ou núcleo de uma célula. Tal informação é vital para entender o metabolismo e os processos reguladores, por exemplo, saber quão rápido os “segundos mensageiros” podem viajar da membrana de uma célula ao DNA no núcleo. Isso é possível atualmente, para fazer
tais quantificações por várias técnicas, sendo a photobleaching ou fotobranqueamento, uma das mais aceitas e respeitadas na contemporaneidade.
Sedimentação
Imagine uma molécula de soluto em uma solução que é mantida em um sistema mecânico giratório, ou rotor. Deixando de lado o momento e as perturbações aleatórias que a molécula recebe das proximidades e a conta para esta difusão, podemos dizer que existem três forças agindo sobre esta molécula. Se o rotor gira com uma velocidade angular [pic 10] (radianos por segundo), a molécula sofrerá uma força centrífuga proporcional ao produto da sua massa(m) com a distância (r) do o centro de rotação, [pic 11], onde [pic 12] é chamado de coeficiente de sedimentação, que é proporcional ao peso molecular multiplicado pelo fator de flutuabilidade. Em seguida, como resultado dessas forças, a molécula adquire velocidade v através da solução, onde haverá uma resistência denominada força de fricção que é dada por:
[pic 13]
Onde [pic 14]é o coeficiente de fricção. Nessas circunstâncias, a molécula inicialmente em repouso começará a se movimentar com velocidade suficiente para fazer a força total agir desde o zero.
[pic 15]
Após várias mudanças na fórmula, como por exemplo a adição da constante de Avogrado para deixar a equação em bases molares e o reorganizando-a, colocando parâmetros moleculares de um lado da equação e as medidas experimentais para o outro, temos:
[pic 16]
- O limite de movimento na sedimentação será definido por três subconjuntos:
- Determinação do Coeficiente de Sedimentação;
- Interpretação do Coeficiente de Sedimentação;
- Cálculo do M de s e D;
- Análise das Misturas no Limite de Movimento na Sedimentação.
Para I, temos que:
[pic 17]
Para II, sabe-se que o coeficiente de sedimentação, em geral, aumenta quando o peso molecular aumenta. Ademais, a relação não é tão linear ou padronizada, pois s também depende de f, que por sua vez depende do tamanho, formato e hidratação da macromolécula. Porém, se o peso da macromolécula for conhecido, o coeficiente de sedimentação pode ser usado para obter informações semiquantitativas sobre seu tamanho e formato. Como primeira aproximação, deve-se primeiro calcular o coeficiente de fricção, f, além de várias outras formas de interpretação de coeficientes de sedimentação existentes.
Para III, sabe-se que, demos ênfase em dizer que o coeficiente de sedimentação, por si só, não pode produzir um valor inequívoco para o peso molecular, isto ocorre pela presença do coeficiente de fricção que depende de maneiras complicadas em tamanho, formato e hidratação. Mesmo assim, é possível eliminar o f fazendo medições com o coeficiente de difusão. Em outras palavras, fazendo uma correlação entre os coeficientes, temos:
[pic 18]
Para IV, até aqui, lidamos apenas com um componente macromolecular isolado. Outrossim, na presença de múltiplos componentes, também é possível determinar todos os coeficientes de sedimentação e a quantidade de cada, fazendo com que seus limites possam ser resolvidos. O inimigo da resolução é a difusão, que burla limites e o faz ultrapassar fronteiras.
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