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Marca do cativeiro

Por:   •  9/12/2015  •  Resenha  •  562 Palavras (3 Páginas)  •  2.061 Visualizações

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Resenha do Livro: Marcas do Cativeiro- Trabalho escravo ontem e hoje das autoras Cândida Vilares e Vera Vilhena

 O livro conta a história que começa na sala de aula quando a professora de história do 9º ano resolve trabalhar com a sala sobre a escravidão , assim a professora pede para formar grupo para uma pesquisa sobre o tema. E é assim que esses dois jovens, Julia e Marcos, conheceram notícias do presente, como a da tecelagem que opera com escravos bolivianos do criadouro de escravos na fazenda Santa Clara histórias contadas por Dona Lidia. O avô da mesma contava-lhe historias do tempo da escravidão na fazenda de café.

 Julia, uma menina excluída, que preferia não manter muitas amizades e que morava com sua avó, Dona Lídia, já que sua mãe, uma repórter, vive viajando à trabalho com seu namorado. Acabou fazendo uma amizade bem grande com a pessoa que menos esperava. Marcos um menino como muitos outros, que não tinha uma relação boa com seus pais, mas com muitos amigos, adora jogar, etc. Uma amizade grande e verdadeira amizade, baseada em um trabalho de escola, que os levou até a viajar juntos, para a fazenda de café do avô de Lídia  

Quem pensa que trabalho escravo é uma dura jornada, com baixo salário, vai se surpreender com esta história. Trabalho não é castigo! Trabalho escravo é bem mais que isso! De acordo com a lei, configura-se trabalho escravo aquele em que o trabalhador não tem liberdade de se desligar do serviço, fica "preso"ao trabalho por dívida com o patrão ou trabalha em condições degradantes e desumanas.

    O livro é basicamente isso. Eu tive que ler esse livro para a escola, no começo eu confesso que não me interessei muito, mas tem partes que você fica muito ansiosa. O livro é interessante, não foi um dos melhores que eu li, mas aprendi muito o lendo.

  Com o decorrer da leitura podemos observar alguns dos muitos aspectos do que esteve para "além" da escravidão, no que se refere às experiências dos ex-escravos. E daqueles que ainda sofrem com esse tipo de prisão. Mesmo sendo proibido por lei, ainda hoje existe esse tipo de “castigo”.

O valor conferido à família e às relações comunitárias é um deles. A manutenção e a expansão dos laços construídos durante o período de cativeiro foi o primeiro passo para os libertos reorganizarem suas vidas após o fim da escravidão.

Todavia, os libertos anseiam por um espaço socialmente reconhecido e respeitado, e de serem inseridos no corpo social sem distinções, ou seja, como cidadãos, encontrou vários problemas, um exemplo deles é o racismo. O passado em cativeiro continuou por longos anos a atormentar a vida dos libertos, impondo uma imagem de inferioridade a eles.

A pesquisa deixa evidente o quanto a memória da escravidão continuou a ser um elemento qualificador do grupo de famílias da comunidade. O fardo da condição pretérita acompanhou a trajetória dos libertos, ainda referidos em documentos públicos por sua antiga condição, décadas após o fim da instituição escravista.

Havia, portanto, para a sociedade envolvente, uma forte identificação da comunidade com o cativeiro. Não obstante as operações jurídicas e institucionais, postas em andamento com o 13 de maio de 1888, as sombras da escravidão, as marcas simbólicas do passado, perduraram por longos anos, fazendo da liberdade um "terreno" profundamente contraditório e complexo.

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