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Meios De Comunicação

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Por:   •  21/8/2014  •  1.307 Palavras (6 Páginas)  •  159 Visualizações

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Apresentação

Vivemos formas diferentes de comunicação, que expressam múltiplas situações

pessoais, interpessoais, grupais e sociais de conhecer, sentir e viver, que são

dinâmicas, que vão evoluindo, modificando-se, modificando-nos e modificando os

outros.

Há processos de comunicação superficiais -que expressam mais a exterioridade das

coisas - e outros mais profundos- que relacionam o exterior com o interior, que

desvendam quem somos, como pensamos, por que agimos de determinada forma.

Há processos de comunicação mais autênticos- que expressam o que somos, até

onde nos percebemos, que manifestam coerentemente a nossa percepção de nós

mesmos e dos outros. Há processos de comunicação inautênticos,que não

correspondem ao que percebemos, pensamos e sentimos, que servem a

determinados propósitos, que podem levar-nos a deturpar a leitura que os outros

fazem de nós - mais ou menos propositalmente.

Há processos de comunicação que produzem mudanças,que nos modificam e

modificam outras pessoas, enquanto outros processos não nos modificam, nos

deixam onde estávamos, nos confirmam em nossos universos mentais pessoais ou

grupais.

A comunicação aparente

É um processo de "comunicação" onde as pessoas falam e respondem, sem

prestarem verdadeiramente atenção ao outro e ao que ele está dizendo. Cada um

precisa "desabafar", ter alguém com quem conversar. Se a necessidade é forte e de

ambas as partes, a "comunicação" se transforma num diálogo animado, mas "de

surdos", porque cada um fala de si, extravasa suas ideias, sentimentos, necessidades.

Ambos falam, sem comunicar-se verdadeiramente. É um tipo de interação

importante, porque ajuda a desanuviar a tensão pessoal, a sentir-se vivo. É uma

comunicação unidirecional, de uma direção só: A fala para B e B fala para A, mas o

que dizem realmente é pouco significativo para o outro, porque este também

desabafa, está expressando suas necessidades.

Não há troca, mas a utilização do outro como interlocutor visível. Sirvo-me do outro

para dizer o que quero. A sua resposta não é significativa, não modifica o que digo,

porque na realidade estou mais atento ao que tenho a dizer do que ao que o outro

me está falando. Interessa falar, não tanto que o outro fale, mesmo que haja diálogo

aparente. Duas pessoas podem estar conversando durante horas dentro deste tipo de interação aparente.

Uma variante da comunicação aparente é a de duas ou mais pessoas que já estão

prevenidas em relação às outras e que já sabem de antemão (ou imaginam) o que

elas vão dizer, como pensam, que respostas vão dar. Com isso, não estão atentas a

qualquer informação nova, porque não a esperam de antemão. Vão para a interação

na realidade para um confronto ou para um convencimento. Eu vou mudar o outro,

não a interagir com ele. Vou impor o meu ponto de vista.

Muitas interações educacionais são deste tipo. O professor acha que a sua fala é

importante, e o aluno quer ser ouvido. Em determinados momentos se encontram e

pode acontecer um diálogo de surdos. O professor, que tem mais poder, pode sair do

encontro satisfeito por ter feito prevalecer os seus pontos de vista, por ter "ouvido"

os alunos. Mas provavelmente, eles saíram desiludidos, porque perceberam a

distância, a arrogância e a manipulação disfarçada na linguagem do professor.

Muitos casais conversam muito. Olhando de fora parece que interagem, mas se as

posições e expectativas já estão pré-definidas, a interação será muito mais aparente

que real. A interação dos que querem convencer-nos, dos donos da verdade, dos que

se acham superiores costuma ser aparente, porque ambos não se escutam. O que

quer convencer, repete sempre os mesmos argumentos; o outro faz que ouve e

continua "na dele".

Pais e filhos costumam, com frequência, ter interações superficiais baseadas na

avaliação prévia que uns têm dos outros. Há pais que consideram que seus filhos

precisam ser orientados em tudo, pela sua inexperiência. Por sua vez esses filhos

"acham os pais caretas", cheios de desconfiança e repetitivos: sempre dão os

mesmos conselhos. Neste caso, podem estar juntos, "conversar", mas será uma

conversa surda, que provavelmente terminará em fracasso.

A comunicação superficial

É uma interação limitada, com trocas previsíveis sobre temas socialmente definidos

e com limites pré-estabelecidos - culturalmente ou pelos grupos e indivíduos. São

trocas

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