Memória da educação escolar no Brasil moderno

2. Memória da Educação escolar no Brasil Contemporâneo

Somos feitos de tempo? Sim, a autora Aranha (PLT 2013, p.19) faz a afirmação de que somos feitos de tempo, seres históricos, já que nossas ações e pensamentos mudam no tempo, à medida que enfrentamos os problemas não só da vida pessoal, como também da experiência coletiva. É assim que produzimos a nós mesmos e a cultura a que pertencemos.

Portanto podemos dizer que somos feitos de tempo é o mesmo que dizer que somos feitos de história, que somos pessoas históricas, pessoas que são feitas de passado vivendo o presente, para formar o futuro.

Tudo o que construirmos agora é o resultado de algo que foi construído ontem, resultado de um legado cultural deixado pelos nossos ancestrais. Estamos inclusos no tempo de algum modo, porque tudo o que vivermos no presente vai ser retratado no futuro, o passado não é somente passado, dessa forma o presente não acaba aqui, estamos sempre em processo de evolução. E ao reconstruirmos o passado e falar dos acontecimentos é o que dá sentido ao presente, para projetarmos o futuro e render a nós e a cultura a que pertencemos.

Toda a história acompanha a história da educação, já que o acontecimento educacional se projeta no tempo e se faz da mesma maneira componente da história.

A conservação da memória histórica, a remontagem dos acontecimentos não é continuamente igual em todos os períodos e em todas as regiões, porque através de acontecimentos sociais passados, experiências grupais e vividas ao longo dos anos, nos anunciam diferentes situações de como a história de cada geração é remontada. Com isso acontecem às transformações, e a história é escrita de forma diferente o tempo todo.

A História da Educação Brasileira cresce em fragmentos memoráveis e observados. O momento mais marcante foi com a chegada dos portugueses ao território do Novo Mundo. Com os portugueses vieram um modelo de educação da Europa, apesar dos povos aqui já terem o seu modo individual de se educar.

Com a chegada dos jesuítas ao Brasil vieram a moral, os costumes, a religião e os modelos pedagógicos praticados na Europa.

Atualmente têm ocorrido mudanças no plano educacional, ainda assim, a educação continua a ter os mesmos aspectos determinados em todos os países.

Estudar a história da educação é entender o presente, interferir no futuro através do estudo do passado, para não realizar os mesmos erros de nossos ancestrais. E para entender a história da educação, é fundamental situá-la na história geral.

3. A origem da educação escolar no Brasil – a ação dos jesuítas como parte do movimento da contrarreforma católica.

Com a chegada dos jesuítas, se deu a movimentação da contrarreforma católica. A educação dos jesuítas teve missão evangelizadora da fé católica e as atividades educativas. Constataram que eles não conseguiram doutrinar os índios sem saber, ler e escrever.

Os jesuítas não paravam por aí, além do curso elementar garantiam os cursos de letras e filosofia conceituados secundários e o curso de teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, formadas/feitas de novos sacerdotes.

Os jesuítas conseguiram sobreviver e garantir a educação Brasileira no decorrer de duzentos e dez anos, até 1759 por decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal primeiro ministro de Portugal em 1750 a 1777.

Os jesuítas foram expulsos de todas as colônias Portuguesa. Na época da expulsão eles já tinham conseguido 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários além de pequenos seminários há outras escolas de primeiras letras espalhada por todas as cidades onde existia casas da Companhia de Jesus.

Nessa época houve um rompimento da educação brasileira com o modelo educacional estabelecido anteriormente. Martinho Lutero figura mais notável da reforma religiosa, indignado com as divergências da igreja católica foi responsável pela reforma protestante.

O nascimento do protestantismo ocasionou implicações no âmbito social, econômico e politico. Na educação lutou pela implantação da educação primária para todos, solicitando as autoridades oficiais que assumissem e considera-la competência do Estado. Nessa proposta havia uma nítida desigualdade: para a classe trabalhadora a educação primária, enquanto para a classe privilegiada era garantida o ensino médio e superior. Apesar disso, defendia a educação universal e pública refletindo até os dias de hoje.

O Brasil se encontrava em um cenário pouco favorecido, diante disso os da elite iam para a Europa estudar e ter uma formação de qualidade, já que o Brasil não possuía capacitação mínima no que seria a educação pedagógica.

Quando os protestantes chegam ao Brasil dão um novo formato a base educacional brasileira, através de regras que valorizam o ensino, onde serão influenciados de forma direta na reforma da escola no Brasil.

Podemos dizer que o protestantismo cativou a população proletária, deixando a alta burguesia menos atraída. A educação é a forma encontrada pelos missionários para entrar na classe dominante. Para um legítimo protestante, a leitura das escrituras sagradas (Bíblia) se torna obrigatório, a classe pobre foram os mais beneficiados, pois tiveram a chance de aprender a ler nas escolas que estavam próximo a igreja.

O trabalho de realização deu seguimento, formando o ensino atual, basicamente quando se considera que a historia da educação é um método em constante mudança em termos de conhecimento.

Mas a educação não ficou somente por conta da escola, o desempenho pedagógico tem ocorrido através do tempo longe dessa organização, e por vezes com maior desempenho do que lhe é devido e, sobretudo para alguns grupos sociais em período definido. Para a colocação de homens e mulheres nas tribos culturais do mundo ainda se utiliza o trabalho, igreja, lazer, família, movimentos sociais de forma forte e bastante intensa.

4. A História da educação escolar no Brasil através de seus principais fatos histórico.

4.1 Quadro Cronologia da História da Educação Escolar no Brasil

PERÍODO JESUÍTA

Ano Acontecimento Fato Histórico

1534 São criadas as Capitânias Hereditárias Inacio de Loyola funda a Cia de Jesus com objetivos católicos

1541 Fundação do primeiro colégio da Companhia de Jesus, em Coimbra, pelo