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Naturalismo, Parnasianismo E Realismo

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Por:   •  29/11/2014  •  1.303 Palavras (6 Páginas)  •  718 Visualizações

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Naturalismo

Naturalismo é uma escola literária conhecida por ser a radicalização do Realismo,, baseando-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade. A escola esboçou o que se pode declarar como os primeiros passos do pensamento teórico evolucionista de Charles Darwin

O naturalismo como forma de conceber o universo constitui um dos pilares da ciência moderna, sendo alvo de considerações também de ordem filosófica.

Os romances naturalistas destacam-se pela abordagem extremamente aberta do sexo e pelo uso da linguagem falada. O resultado é um diálogo vivo e extraordinariamente verdadeiro, que na época foi considerado até chocante de tão inovador. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de se estar a ler uma obra contemporânea, que acabou de ser escrita. Os naturalistas acreditavam que o indivíduo é um mero produto da hereditariedade e o seu comportamento é fruto do meio em que vive e sobre o qual age.

Características do Naturalismo

- O mundo pode ser explicado através das forças da natureza;

- O ser humano está condicionado às suas características biológicas (hereditariedade) e ao meio social em que vive;

- Forte influência do evolucionismo de Charles Darwin;

- A realidade é mostrada através de uma forma científica (influência do positivismo)

- Nas artes plásticas, por exemplo, os pintores enfatizam cenas do mundo real em suas obras. Pintavam aquilo que observavam;

- Na literatura, ocorre muito o uso de descrições de ambientes e de pessoas;

- Ainda na literatura, a linguagem é coloquial;

- Os principais temas abordados nas obras literárias naturalistas são: desejos humanos, instintos, loucura, violência, traição, miséria, exploração social, etc.

Naturalismo francês

Emile Zola é considerado o idealizador e maior representante da literatura naturalista mundial. Foi muito influenciado pelo evolucionismo e pelo socialismo. Sua principal obra foi O Germinal (1885), onde aborda a realidade social nas minas de extração de carvão. Para escrever esta obra, Zola viveu com uma família de mineiros para sentir na pele a dura vida destes trabalhadores.

Naturalismo no Brasil

Este movimento chegou ao Brasil no final do século XIX. Os escritpres brasileiros abordaram a realidade social brasileira, destacando a vida nos corticos, o preconceito, a diferenciação social, entre outros temas. O principal representante do naturalismo na literatura brasileira foi Aluísio de Azevedo. Suas principais obras foram: O Mulato, Casa de Pensão e O Cortiço. Outros escritores brasileiros que merecem destaque: Adolfo Caminha, Inglês de Souza e Raul Pompéia.

Obras do Naturalismo

- Aluísio de Azevedo - romancista, contista, caricaturista, cronista e jornalista brasileiro. Considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil. Principais obras: O Mulato e O Cortiço.

- Adolfo Caminha - escritor cearense, considerado um dos principais autores da literatura naturalista brasileira. Principal obra: Bom Crioulo.

- Inglês de Souza - escritor, jornalista e professor paraense. Principais obras: Contos Amazônicos e O Missionário.

- Raul Pompéia - escritor carioca. Principal obra: O Ateneu.

- Adherbal de Carvalho - romancista, crítico literário e professor brasileiro. Principal obra: A Noiva.

Parnasianismo

Introdução

A Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, na metade do século XIX e se desenvolveu na literatura europeia, chegando ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo

O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega era o monte do deus Apólo e das musas da poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais se destacaram foram: Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José Maria de Heredia.

Características do Parnasianismo

- Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor parnasiano trata os temas baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção;

- Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos;

- Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em sí e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;

- O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas;

- Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;

- Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias parnasianas;

- Preferência pelos sonetos;

- Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;

- Uso e valorização da descrição das cenas e objetos.

Parnasianismo no Brasil

No Brasil, o parnasianismo chegou na segunda metade do século XIX e teve força até o movimento modernista (Semana da Arte Moderna de 1922).

Os principais representantes do parnasianismo brasileiro foram:

- Alberto de Oliveira. Obras principais: Meridionais (1884), Versos e Rimas (1895), Poesias (1900), Céu, Terra e Mar (1914), O Culto da Forma na Poesia Brasileira (1916).

- Raimundo Correia. Obras principais: Primeiros Sonhos (1879), Sinfonias(1883), Versos e Versões(1887), Aleluias(1891), Poesias(1898).

- Olavo Bilac. Obras principais: Poesias (1888), Crônicas e novelas (1894), Crítica e fantasia (1904), Conferências literárias (1906), Dicionário de rimas (1913), Tratado de versificação (1910), Ironia e piedade, crônicas (1916), Tarde (1919).

- Francisca Júlia. Obras principais: Mármores

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