REALISMO, NATURALISMO E PARNASIANISMO

1- INTRODUÇÃO

A partir da segunda metade do século XIX, os três movimentos aqui relacionados começam a surgir: Realismo, Naturalismo e Parnasianismo. Em meio ao cenário europeu desta época, conceitos como Evolucionismo (Darwim), Positivismo (Comte) e Determinismo (Taine) estão bem difundidos na sociedade européia, o que mais tarde se expandiria para o Brasil, trazendo também a reação anti-romântica desses movimentos. 

Este trabalho acadêmico tem por objetivo trazer conhecimento sobre o assunto ao realizador da pesquisa e obter a pontuação consequente.

Trataremos aqui sobre características, contexto histórico brasileiro e dos principais representantes de cada um destes períodos.

2- Realismo

O Realismo é considerado a pintura objetiva da realidade, uma forma de reação ao excesso e à espiritualidade.

No Brasil, o início do Realismo ocorre em duas direções. A primeira é relacionada aos problemas sociais, ambiente urbano e elementos do cotidiano. Já a segunda, aconteceu no flerte do realismo com o Naturalismo. Assumindo uma posição ideológica regionalista, na qual se elevou a cor local, a vida difícil no ambiente rural brasileiro e o determinismo, negando a existência do livre-arbítrio.

Teve seu início, oficialmente, em 1881, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de seu mais célebre autor, Machado de Assis.

No contexto histórico,  Brasil da época é um país com idéias liberais, republicanas, "modernas", no entanto, tem que conviver com uma estrutura político-econômica oligárquica, agrária, latifundiária e coronelista

Dentre os principais autores do Realismo no Brasil, estão Raul Pompéia, Visconde de Taunay e o principal deles, Machado de Assis.

3- Naturalismo

É uma ramificação do Realismo, baseando-se na observação fiel da realidade e na experiência. O homem é encarado como produto biológico passando a agir de acordo com seus instintos, chegando a ser comparado com os animais (zoomorfização)

A principal característica do Naturalismo é o cientificismo exagerado que transformou o homem e a sociedade em objetos de experiências.

Também se caracteriza pela descrições minuciosas e linguagem simples, utilização de temas polêmicos sem se preocupar com a reação do publico, e a tentativa de reformar a sociedade.

No Brasil, as primeiras obras naturalistas são publicadas em 1880, sendo influenciadas pela leitura de Émile Zola. O primeiro romance é O mulato (1881) do maranhense Aluísio de Azevedo, o escritor que melhor representa a corrente literária do naturalismo brasileiro, também autor de O cortiço.

No contexto histórico brasileiro, os escritores naturalistas ocupavam-se, principalmente, com os temas mais obscuros da alma humana (patológicos) e, por causa disso, outros fatos importantes da nossa história como a Abolição da Escravatura e a República foram deixados de lado.

Alguns representantes do Brasil foram Aluísio Azevedo, Horácio de Carvalho, Inglês de Souza, Julio Ribeiro, Emília Bandeira de Melo, Adolfo Caminha, Pápi Júnior, Rodolfo Teófilo, Carneiro Vilela, Faria Neves Sobrinho, Manoel Arão entre vários outros.