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Realismo, Naturalismo E Parnasianismo

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Por:   •  14/5/2014  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  1.363 Visualizações

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Realismo, Naturalismo e Parnasianismo

Realismo

CONTEXTO HISTÓRICO

Surgiu a partir da segunda metade do século XIX. As ideias do Liberalismo e Democracia ganham mais espaço. As ciências evoluem e os métodos de experimentação e observação da realidade passam a ser vistos como os únicos capazes de explicar o mundo físico. Em 1870, iniciam-se os primeiros sintomas da agitação cultural, sobretudo nas academias de Recife, SP, Bahia e RJ, devido aos seus contatos frequentes com as grandes cidades europeias. Houve também uma transformação no aspecto social com o surgimento da população urbana, a desigualdade econômica e o aparecimento do proletariado.

O Realismo iniciou-se na França, em 1857, com a publicação de “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert.

No Brasil foi em 1881, com “Memórias Póstumas da Brás Cubas” de Machado de Assis e “O Mulato” de Aluísio Azevedo.

CARACTERÍSTICAS DO REALISMO

Oposição ao idealismo romântico. Não há envolvimento sentimental; Representação mais fiel da realidade; Romance como meio de combate e crítica às instituições sociais decadentes, como o casamento, por exemplo; Análise dos valores burgueses com visão crítica denunciando a hipocrisia e corrupção da classe; Influência dos métodos experimentais; Narrativa minuciosa (com muitos detalhes); Personagens analisadas psicologicamente.

PRINCIPAIS AUTORES

- Machado de Assis

É considerado o maior escritor do século XIX, escreveu romances e contos, mas também aventurou-se pelo mundo da poesia, teatro, crônica e critica literária. Como romancista escreveu: ”A mão e a luva”, “Ressurreição”, ”Helena” e “Iaiá Garcia”.

Embora sejam romances, essas obras também revelam algumas características que futuramente marcarão a fase realista e madura do autor, como a análise psicológica dos personagens, o humor, monólogos interiores e cortes na narrativa (uma das suas principais características).

“Memórias Póstumas da Brás Cubas” (considerado o divisor de águas na obra machadiana) “Quincas Borba”, “Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires”, revelam o interesse cada vez maior do autor de aprofundar a análise do comportamento do homem, revelando algumas características próprias do ser-humano como a inveja, a luxúria, o egoísmo e a vaidade, todas encobertas por uma aparência boa e honesta.

Como contista Machado escreveu: ”A Cartomante”, ”O Alienista”, ”O Enfermeiro”, ”O Espelho” dentre outros.

Embora suas peças teatrais não tenham o mesmo nível que seus contos e romances, ele nos deixou “Quase ministro” e “Os deuses da casaca”.

Outros Autores

Raul Pompéia: “O Ateneu”; Aluísio Azevedo: “O cortiço”, ”O Mulato”, “Casa de pensão”; Inglês de Souza: “O missionário”; Adolfo Caminha: “A normalista”, “Bom-Crioulo”; Domingos Olímpio: ”Luzia-Homem”.

Naturalismo

Século XIX. Nessa época surgiram novas concepções a respeito do homem e da vida em sociedade e os estudos da Biologia, Psicologia e Sociologia estavam em alta. Os naturalistas começaram a analisar o comportamento humano e social, apontando saídas e soluções.

Aqui no Brasil, os escritores naturalistas ocuparam-se, principalmente, com os temas mais obscuros da alma humana (patológicos) e, por causa disso, outros fatos importantes da nossa história como a Abolição da Escravatura e a República foram deixados de lado.

O Naturalismo surgiu na França, em 1870, com a publicação da obra “Germinal” de Émile Zola. O livro fala das péssimas condições de vida dos trabalhadores das minas de carvão na França do século XIX.

O naturalismo é uma ramificação do Realismo e uma das suas principais características é a retratação da sociedade de uma forma bem objetiva.

Os naturalistas abordam a existência humana de forma materialista. O homem é encarado como produto biológico passando a agir de acordo com seus instintos, chegando a ser comparado com os animais (zoomorfização).

Segundo o Naturalismo, o homem é desprovido do livre-arbítrio, ou seja, o homem é uma máquina guiada por vários fatores: leis físicas e químicas, hereditariedade e meio social, além de estar sempre à mercê de forças que nem sempre consegue controlar. Para os naturalistas, o homem é um brinquedo nas mãos do destino e deve ser estudado cientificamente.

CARACTERÍSTICAS

A principal característica do Naturalismo é o cientificismo exagerado que transformou o homem e a sociedade em objetos de experiências. Descrições minuciosas e linguagem simples. Preferência por temas como miséria, adultério, crimes, problemas sociais, taras sexuais e etc. A exploração de temas patológicos traduz a vontade de analisar todas as podridões sociais e humanas sem se preocupar com a reação do público. Ao analisar os problemas sociais, o naturalista mostra uma vontade de reformar a sociedade, ou seja, denunciar estes problemas, era uma forma de tentar reformar a sociedade.

PRINCIPAIS AUTORES

Aluísio Azevedo

Com a publicação de O Mulato (1881), Aluísio Azevedo consagrou-se como um escritor naturalista. A publicação dessa obra marca o início do Naturalismo brasileiro.

O livro (que não é a nossa obra naturalista mais marcante) causou impacto na sociedade, principalmente entre o clero e a alta sociedade de São Luís do Maranhão.

O Mulato aborda temas como o puritanismo sexual, o anticlericalismo e o racismo.

Em 1890, o Naturalismo atinge o seu ápice com a publicação de O cortiço (obra repleta de personagens marginalizados).

Inglês de Souza

Em 1891, Inglês de Souza publicou O

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