O ATENEU, Raul Pompeia
Trabalho Universitário: O ATENEU, Raul Pompeia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: caminiti • 16/11/2014 • 1.537 Palavras (7 Páginas) • 352 Visualizações
1. Quais os motivos que levaram a família de Sergio a “interna-lo” no ATENEU?
R: Os motivos que o levam a escolha do internato, se dá pelo comportamento do filho em relação as suas ações dentro de casa. Demonstra ser um menino tímido e inexperiente, que levam seus pais a uma decisão que é levá-lo para o internato para ter uma nova experiência de vida, tendo que enfrentar novos problemas e fazer novas escolhas ao decorrer do tempo, porém, a medida que o garoto Sérgio vai crescendo, ele se torna um rapaz sarcástico e céptico.
2. Qual a impressão geral causada pelo ATENEU?
R: O edifício do Ateneu era fechado e triste, apesar da natureza verdejante ao redor. No primeiro dia de aula, Sérgio foi recebido na sala do professor, e vislumbra as diferenças na recepção dada pelo professor aos alunos, de acordo com o grau de importância de sua família. Após se despedir do pai, Sérgio sentiu-se deslocado, mas foi de imediato recomendado pelo professor, Mânlio, a um dos melhores alunos, Rebelo, que lhe deu, então, inúmeras recomendações sobre o "microcosmo" do Ateneu – e as amizades que deveria evitar, as atitudes das quais deveria se esquivar, os tipos nos quais não deveria se transformar, sobretudo recomenda-o sobre as deturpações de gênero que se observam naquela realidade de colégio interno de rapazes, aconselhando-o a ser forte e não admitir protetores. E mais, entrada de Sérgio no Ateneu representa, para o próprio, a passagem para a idade adulta, por conta de seu afastamento dos pais, sobretudo dos carinhos e da proteção materna.
3. Em que sentido o tratamento conferido a Franco contrariava os princípios educativos defendidos por Aristarco?
R: Franco uma alma penada. Hoje é o primeiro dia, ali está de joelhos. Assim atravessa as semanas, os meses, assim o conheço nesta casa, desde que entrei. De joelhos como um penitente expiando a culpa de uma raça. O diretor chama-lhe cão, diz que tem calos na cara. Se não tivesse calos ao joelho, não haveria canto do Ateneu que ele não marcasse com o sangue de uma penitência. O pai é de Mato Grosso; mandou-o para aqui com uma carta em que o recomendava como incorrigível, pedindo severidade. O correspondente envia de tempos a tempos um caixeiro, que faz os pagamentos e deixa lembranças. A pior hipótese do sistema do pelourinho era quando o estudante ganhava o calo da habitualidade, um assassinato do pudor, como sucedia com o Franco.
4. Quais os argumentos usados por Dr. Claudio para justificar a existência de internatos como o ATENEU?
R: De fato, retornando ao Ateneu, o internato reflete a sociedade, como fala o professor Claudio, no decimo primeiro capitulo, ao pensar sobre a educação: "Ensaiados no microcosmo do internato, não há mais surpresas no grande mundo lá fora [...] não é o internato que faz a sociedade, o internato a reflete". O internato é uma continuação da sociedade e como tal a reflete. Assim, o limitado espaço do internato torna-se uma espécie de microcosmo da sociedade.
5. Caracterize socialmente os alunos que estudavam no ATENEU:
R: Sérgio: Personagem central, pois é a partir da sua ótica que a história é contada. Menino de onze anos, criado no aconchego do lar, sob os carinhos maternos, penetra no mundo do Ateneu com intensa fragilidade e inocência. Para ele, a escola representava um mundo de ilusões e fantasias: ele a vira em dias de festa. Mas, já como aluno interno, sozinho, toma contato com as leis que regem aquele lugar e aos poucos vai-se familiarizando e se fortalecendo. Assim, conhece a amizade, a força, o autoritarismo, o sexo, vivências que marcam sua vida, influenciando-o posteriormente. Em relação ao Ateneu, são incontáveis suas experiências e quanto a Aristarco, até conseguiu enfrentá-lo.
Aristarco: Aristarco Argolo dos Ramos é o diretor do Ateneu – e a encarnação do autoritarismo, da insensibilidade e da vaidade. Mostrava sua visão de negociante ao difundir a imagem do colégio, colocando-o numa vistosa vitrine, sob o olhar admirado da sociedade. Assim, ao exaltar o colégio, exaltava-se. Inicialmente, o narrador mostra sua face de educador dedicado aos alunos, um segundo pai; depois, mostra a outra face, a verdadeira, a mesquinha.
D. Ema: Nome tomado de empréstimo da personagem de Gustave Flaubert, escritor francês que imortalizou uma figura feminina com Ema Bovary. Em O Ateneu, D. Ema é a esposa do autoritário diretor e sua figura a ele se opõe: "bela mulher em plena prosperidade dos trinta anos de Balzac, formas alongadas por sua graciosa magreza, erigindo, porem, o tronco sobre os quadris amplos, fortes como a maternidade; olhos negros, pupilas retintas de uma cor só... de um moreno rosa que algumas formosuras possuem, e que seria a cor do jambo...Adiantava-se por movimentos oscilados, cadência de minueto harmonioso e mole que o corpo alternava. Vestia cetim preto justo sobre as formas, reluzente como pano molhado ..." Quando Sérgio fica doente, ela se mostra uma enfermeira maternal, faz-lhe carinhos. "Não! eu não amara nunca assim a minha mãe." Muitos meninos vêem D. Ema com olhos divididos: ora mãe, ora mulher (afinal, ela era a presença feminina junto àqueles adolescentes em processo de descoberta da sexualidade.)
Ângela: É uma empregada do colégio, "Grande, carnuda, sanguínea e fogosa" – é a materialização do sexo e da classe social inferior a serviço, quer no plano do trabalho ou no da sexualidade, de uma sociedade mais elevada. Embora seja bela, torna-se o símbolo do mal.
Os colegas: São apresentados como tipos, personagens nas quais se fixam características especificas que as definem. São personagens planas com comportamentos previsíveis.
Egbert: Um verdadeiro amigo: "Conheci pela primeira vez a amizade", "a ternura de irmão mais velho", disse Sérgio.
Rebelo: É o aluno modelo, exemplar, para o qual todos os demais são inferiores e sem importância.
Franco: É a vítima, o mártir, o alvo sobre o qual se descarrega toda a violência do internato, "a humildade vencida", "não ria nunca, sorria", "vivia isolado...".
Sanches: É o sedutor,
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