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Livro O Ateneu

Artigo: Livro O Ateneu. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/2/2014  •  534 Palavras (3 Páginas)  •  359 Visualizações

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O livro “O Ateneu” consagra o Realismo brasileiro. Foi de caráter importantíssimo a essa arte, pois engloba as atitudes humanas nas figuras das personagens. A narrativa que se segue é enquadrada especificamente no realismo e o cenário é uma escola rígida, conservadora, onde a personagem principal, Sérgio, dá início à formação de seu caráter jovem.

Resumo do livro

O texto é em primeira pessoa e Sérgio, já adulto, relata a convivência em um internato, intitulado Ateneu, um ambiente corrupto e moralista, sendo dirigido pelo Dr. Aristarco, um homem que visava apenas o lucro e o ganho de bens materiais, então diretor do colégio. A cena pioneira do romance relata a ida do jovem para o internato. Seu pai o leva de encontro a um novo ambiente. Ele irá encontrar novas pessoas, até então imaturas nas suas ações, e Sérgio deve “encontrar o mundo” como afirmava o pai. É a típica cena de paternidade da época: o pai anseia em ver o filho pródigo com um futuro promissor, procura um internato para enquadrá-lo às cobranças de um mundo exigente e esmagador. “Coragem para a luta”, dizia seu pai.

Sérgio atende as necessidades do pai e, ao longo de toda a narrativa, relata seus medos, decepções, as disciplinas impostas duramente, os relacionamentos e as amizades. É nítida a crítica quanto ao modo moralista e severo das instituições de elite do século XIX. De forma irônica, Aristarco representa bem o que um típico ditador assume em seu caráter. O enredo está repleto de metáforas e isso contribui para enfatizar o caráter hiperbólico da obra, marcada pelos exageros da língua.

Como um diário de bordo, Sérgio não deixa perder nenhuma memória sobre os seus dois anos no internato. O seu cotidiano, como os lazeres, os encontros, as aulas e os banhos de piscina são retratados a partir de uma perspectiva particular. O naturalismo presente dá abertura a temas como o homossexualismo e do amor imaturo, já que em suas férias, contraiu sarampo e Dr. Aristarco ficou responsável pelo menino, assim conhecendo D. Emma, mulher do diretor, apaixonando-se e desejando sempre encontrá-la.

Em uma fatídica manhã, todos gritavam por fogo, um incêndio provocado supostamente pelo novo aluno, Américo. Deixado no internato contra sua vontade, o pai do jovem Américo faz um pedido ao diretor Aristarco: ele deseja ver seu filho disciplinado às normas rígidas, curando-lhe o mau comportamento. Com o incêndio, D. Emma desaparece misteriosamente. Junto com o Ateneu, que foi destruído pelo fogo, Sérgio encerra suas memórias sobre uma vida de aprendizagem na escola.

O que a obra “O Ateneu” nos impõe?

“O Ateneu” dá ênfase aos relacionamentos. A família é a primeira instituição a contribuir para a formação do caráter. O segundo patamar são as relações interpessoais, formando amigos na escola, conhecendo outros gostos e costumes. Assim, percebemos que Raul Pompeia mescla as relações e dá um nítido vínculo aos efeitos corruptos: um internato controlado por uma figura ostensiva e luxuosa. As amizades comprovam a gama de atitudes: são jovens mais imprudentes, como Américo, ou até os mais fraternais como os amigos mais íntimos de Sérgio: Bento Alves e Egbert. Raul Pompeia também ascende outros tipos de relacionamentos: o amor precoce por D. Emma e a mais íntima amizade entre

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