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Obras Adultas e Infantis

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Por:   •  11/11/2014  •  Artigo  •  1.862 Palavras (8 Páginas)  •  242 Visualizações

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Obras Adultas

• Urupês;

• Cidades mortas;

• Negrinha;

• Idéias de Jeca Tatu;

• A onda verde e O presidente negro;

• Na antevéspera;

• O escândalo do petróleo e Ferro.

Obras Infantis

• Reinações de Narizinho;

• Viagem ao céu e O Saci;

• Caçadas de Pedrinho e Hans Staden;

• História do mundo para as crianças;

• Memórias da Emília e Peter Pan;

• Emília no país da gramática e Aritmética da Emília;

• D. Quixote das crianças;

• O poço do Visconde;

• Histórias de tia Nastácia;

• O Picapau Amarelo e A reforma da natureza;

• O Minotauro;

• Os doze trabalhos de Hércules

Resumos:

• Urupês

Este livro de contos, considerado por muitos a obra-prima de Monteiro Lobato, tornou-se um clássico da literatura brasileira. É um fenômeno sem precedentes que provoca um terremoto literário, outro sociológico e outro político. A primeira edição, lançada em 1918, foi toda ilustrada pelo próprio Lobato. Junto com Saci, constitui a primeira experiência e também o primeiro êxito editorial de Lobato, financiada com recursos próprios. A terceira edição, em 1919, esgotou-se rapidamente, devido a uma longa referência ao Jeca Tatu, personagem central do livro, feita por Rui Barbosa, o que ensejou uma quarta edição. Lobato brinca com o idioma, adota o vocabulário doméstico do interior de São Paulo, cria palavras novas – como, por exemplo, “matracolejando gargalhadas” – muitas das quais estão hoje nos dicionários. São vários contos, retratando aspectos da realidade brasileira nos quais denuncia, numa linguagem vigorosa, o drama da exclusão social, que ainda persiste no Brasil pós-Lobato. “Velha Praga” é uma reportagem sobre os grandes incêndios – as queimadas – que produzem estragos na lavoura e na economia do País comparáveis aos de uma grande guerra. Buscando culpa, refere-se ao nosso caboclo como “funesto parasita da terra… inadaptável à civilização”. Em Urupês, ele contrapõe aos heróis da literatura indigenista o caboclo, o pobre Jeca, indiferente ao desenvolvimento do País. O livro provocou muita polêmica. Lobato mais tarde reconheceu que o retrato do caboclo era injusto, que a culpa não era do Jeca, mas sim daqueles responsáveis pela sua miséria e abandono.

• Idéias de Jeca Tatu

No prefácio à primeira edição da Revista do Brasil, em 1919, provavelmente redigido pelo próprio Lobato, afirma-se que “uma idéia central unifica a maioria destes artigos” …. Essa idéia é um grito de guerra em prol da nossa personalidade. Contém o artigo “Paranóia ou mistificação?”, uma crítica aos modernistas, diretamente a Anita Malfatti, que provocou polêmica e a ira dos amigos da pintora.

Ele não admitia que aqui se copiasse o que se produzia na Europa. Queria que o “vigoroso talento” de Anita produzisse coisas mais nossas. Anota o editor que nas numerosas páginas deste volume a terra aparece em suas ominadas expressões – o interior, a roça, a gente da roça, os costumes e comidas da roça. … Em Idéias de Jeca Tatu, “Monteiro Lobato aparece em mangas de camisa, integralmente ele próprio no pensamento e no modo de expressá-lo – vivo, alegre, brincalhão e com a ironia às vezes levada até à crueldade”.

• Reinações de Narizinho

O livro-mãe, a locomotiva do comboio, o puxa-fila. A saga do Picapau Amarelo começa. Aparecem Narizinho, Pedrinho, Emília, o Visconde, Rabicó, Quindim, Nastácia, o Burro Falante… e o milagre do estilo de Monteiro Lobato vai tramando uma série infinita de cenas e aventuras, em que a realidade e a fantasia, tratadas pela sua poderosa imaginação, misturam-se de maneira inextrincável – tal qual se dá normalmente na cabeça das crianças. O encanto que as crianças encontram nestas histórias vem sobretudo disso: são como se elas próprias as estivessem compondo em sua imaginativa, e na língua que todos falamos nessa terra – não em nenhuma língua artificial e artificiosa, mais produto da “literatura” do que da espontaneidade natural (1931).

• Caçadas de Pedrinho e Hans Staden

Pedrinho organiza uma caçada de onça e sai vitorioso, como também sai vitorioso do ataque das onças e outros animais ao sítio de dona Benta. Depois encontra um rinoceronte, fugido de um circo do Rio de Janeiro, que se refugiara naquelas matas – um animal pacatíssimo do qual Emília tomou conta, depois de batizá-lo de Quindim. Completa o volume a narrativa feita por dona Benta das célebres aventuras de Hans Staden. Esse aventureiro alemão veio ao Brasil em 1559 e esteve nove meses prisioneiro dos tupinambás, assistindo a cenas de antropofagia e à espera de ser devorado de um momento para outro. Mas se salvou e voltou para a Alemanha. Lá publicou o seu livro: o primeiro que aparece com cenário brasileiro e um dos mais pungentes e vivos de todas as literaturas (1933).

Monteiro Lobato, Malfatti e

a crítica aos modernistas

O artigo de Monteiro Lobato sobre a exposição de Anita Malfatti, em dezembro de 1917, é dessas peças que frequentam as histórias de arte e literatura sem que haja preocupação com um julgamento próprio – para quê? Já se sabe que é um ataque ao "modernismo" (cinco anos antes da Semana de Arte Moderna), que expressa o ponto de vista reacionário do autor em estética, que, com a resposta de Coelho Neto a Graça Aranha, na Academia Brasileira de Letras, constitui o espernear da arte e literatura antiga diante da nova arte e literatura, etc.

Entretanto, apesar de curto, quase não se conhece o artigo de Lobato. Talvez por isso, a repetição impune dessas asneiras-clichê.

Na época, registra Edgard Cavalheiro em sua biografia do escritor paulista, as principais críticas se concentraram no efeito – que teria sido terrível – da crítica de Lobato

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